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Depois de oito dias de tratamento para pneumonia, ainda se encontra internado no hospital Jesus Pequenino, com infecção intestinal, o candidato a vereador Vânio. À reportagem, o candidato informou que amigos estão tomando conta de sua campanha. “Mas os meus familiares e amigos estão dedicados e muito empenhado na campanha que só faz crescer”. Vânio tem recebido muitas visitas de amigos e até de outros candidatos.

O nosso 25º entrevistado da série que levamos ao ar aos sábado é o Murilo Rocha, 45 anos, casado, pai de dois filhos, formado em administração, com experiência em contabilidade e fazendo pós em gestão pública. Ele é filho do advogado e ex-vereador Paulo Rocha (já falecido) e sobrinho do Félix Rocha (também falecido), candidato a prefeito em 82. Murilo participou da gestão da ex-prefeita Bete de Dael e fala sobre a participação sua e de sua família no processo político de Bezerros. A frente de administrações de UPAS no Estado, ele responde sobre a nossa Unidade de Pronto Atendimento, fala do governo Branquinho e opina sobre o cenário de 2016. A entrevista você confere a seguir:

BEZERROS HOJE- Você é filho de uma das figuras mais marcantes no cenário político de Bezerros, o advogado, escritor e ex-vereador de Bezerros Paulo Rocha.  O seu tio, Félix Rocha, foi candidato a prefeito em 82. Pode-se afirmar que a sua atuação no cenário político local é mais discreta, mais no campo técnico ou de bastidores?

MURILO ROCHA- Inicialmente agradecer pelo espaço, para contribuirmos democraticamente com a política de nosso Município. Mesmo ainda muito jovem, quando das eleições de 82,  sempre estava presente em todos os eventos acompanhando meu pai e meu querido tio Félix Rocha, homens de um espírito público de grande valor, nossa atuação no campo político inicia-se nas eleições de 2000, quando convidado pelo meu tio Valter Costa, trabalhamos elaborando os registros de candidaturas e prestações de contas dos candidatos de Lucas Cardoso e Samuel Domingos. A partir desse momento atuamos em todas as outras eleições sempre tecnicamente, pois tenho a formação contábil e os processos de prestação de contas eleitorais necessitava desse acompanhamento mais profissional.

BEZERROS HOJE- O seu pai sempre foi ligado ao grupo político de Amaro Rufino e você também o acompanhava. Em 2008, por questões políticas momentâneas, a candidata Bete de Dael (então vice-prefeita do ex-prefeito Marcone) eleita com o apoio desse grupo. Você exerce cargo na pasta de Finanças do Governo, mas o deixa em seguida. É complicado está à frente das finanças de um município do porte de Bezerros?

MURILO ROCHA-Ressalto que em outros momentos da política de nosso Município estivemos acompanhando as memoráveis campanhas de Dr. Rinaldo e de Marcone Borba, mas isso não quer dizer que na política você tem apenas um lado, pois tanto meu pai como eu sempre buscamos as melhores propostas para o desenvolvimento de nosso município, falando de 2008, era um momento diferente para a cidade, as ruas pediam mudança, vimos na candidata Bete de Dael uma proposta diferente, tanto que iniciamos o governo sendo convidado a fazer parte da pasta de finanças junto com o vereador Caca que trazia sua experiência e bagagem nessa área, nos governos de Amaro Rufino e Lucas Cardoso. Posso dizer que começamos bem, a então prefeita Bete tinha o apoio popular para efetuar as mudanças necessárias, tanto que no primeiro ano de governo (2009) a equipe formada tinha os melhores técnicos do Município, inclusive com pessoas que tinham trabalhado no governo de seu antecessor Marcone Borba, se olhar o retrospecto dos 04 anos de Bete de Dael, apenas o ano de 2009 teve as contas julgadas aprovadas, estávamos no caminho certo, porém desenhou-se aquilo que tanto combatíamos, trazer pessoas de fora que se diziam técnicos, porém o desfecho é o que já é sabido de todos, as contas de 2010, 2011 e 2012, todas julgadas irregulares, desmandos e outros coisas não favoráveis ao ambiente público. Nossa saída do governo no último dia de 2009, fora motivada por não concordar com a chefe do executivo na questão do pagamento de salário do funcionalismo, tínhamos dinheiro para pagar o salário de dezembro mais a prefeita não autorizou que fosse paga a folha, pois estava com o percentual acima, tecnicamente mostramos que mesmo deixando para pagar em janeiro do ano seguinte, tratava-se de despesa de dezembro, mas ela preferiu deixar o funcionalismo sem receber, então naquele momento disse para ela que não podíamos ter pão e circo, pois fazer festa sem pagar os salários não seria a decisão mais sensata. Agradeci a confiança em nosso trabalho e saí do governo.

BEZERROS HOJE- Você responde hoje por uma OS, que administra um importante hospital de Pernambuco, mais algumas UPAS. Sabemos que Bezerros construiu a sua Unidade de Pronto Atendimento. Você teria uma receita de como melhor administrá-la à frente da nossa realidade?

MURILO ROCHA-Faço parte da equipe que hoje administra a OSS Hospital do Tricentenário, que gerencia oito unidades de saúde no Estado de Pernambuco e 01 hospital no Estado de Sergipe, a realidade da gestão de saúde não é fácil, sempre comentei publicamente que a construção da UPA, não só em Bezerros como em qualquer outro município, traria problemas para a gestão municipal, pois o repasse do Ministério da Saúde para o custeio de UPA não corresponde a 30% da despesa para sua manutenção, o restante o município terá que bancar, também sempre disse que essa conta não fecha, pois o que vem acontecendo é que o município que inaugura sua UPA fecha os outros serviços, então ao invés de incrementar a oferta de serviços, apenas troca de lugar. Posso dizer com propriedade que no caso das UPAS pertencentes à Secretaria Estadual de Saúde geridas pelas OSSs são outra realidade, pois o Estado complementa o valor repassado pelo SUS, porém também existe já problemas de fluxo financeiro e aumento de atendimentos além das metas estabelecidas. A solução para a gestão da UPA BEZERROS é aproveitar os quadros técnicos já existentes, aperfeiçoar a gestão e tentar junto ao Governo do Estado um incentivo para ações de urgência e emergência que venha complementar o custeio da unidade.

BEZERROS HOJE- Mesmo um pouco fora de Bezerros, você tem nos auxiliado com importantes informações de Brasília que interessa ao município. Principalmente no tocante a emendas parlamentares, como Bezerros poderia estar colecionando mais investimentos com esses recursos?

MURILO ROCHA-Tenho dito aonde  passo que mesmo estando trabalhando fora de Bezerros, sempre tenho o olhar pelo bem de minha cidade. No início do governo atual comentava com um ex-secretário que o resultado das eleições municipais de 2012, credenciava a gestão a conseguir recursos de emendas para obras e investimento no Município, no entanto esse trabalho de articulação é constante, necessita de pessoas técnicas e conhecedora do processo, quando circulo em Brasília observo que falta ao Município de Bezerros um técnico que visite os gabinetes parlamentares e os ministérios com projetos que viabilizem recursos para nosso município. Sempre me disponibilizei a ajudar a gestão municipal quando de minhas viagens a Brasília, lembro de um momento que junto com o ex-secretário Josevânio de Miranda e o vereador eleito Gabeira, estivemos visitando Gabinetes de Deputados Federais, quando fazia o trabalho de captação de emendas para a entidade filantrópica que trabalho, nessas ocasiões pleiteei junto a assessoria do Deputado Kaio Maniçoba, que fosse viabilizado recurso para a Serra Negra, posteriormente, no período de indicação das emendas foi estabelecido o contato entre o parlamentar e o vice- prefeito Breno Borba, que solicitou a emenda carimbada para obras de infra-estrutura turística no Distrito de Serra Negra no valor de R$ 300.000,00. Observo que a atual gestão priorizou os recursos do FEM, trazendo muitas obras de pavimentação para a cidade, o que é muito positivo, porém Bezerros com sua importância turística e cultural no Estado conseguiria mais recursos se hoje tivesse em sua estrutura uma Secretaria de Convênios com técnicos capacitados.

BEZERROS HOJE- Como auxiliar do ex-prefeito de Barra de Guabiraba, o Bebeto, você teve à frente de uma equipe que cuidava justamente em atrair esse tipo de investimento. Procede a informação?

MURILO ROCHA-Tivemos a oportunidade de trabalhar com o ex-prefeito Bebeto, inclusive formamos a equipe e fazíamos um trabalho nesse sentido, tanto que Barra de Guabiraba, conseguiu nos últimos anos trazer obras estruturais como a pavimentação asfáltica, o saneamento e uma creche padrão, todas com recursos provenientes de emendas federais, após a saída do ex-prefeito Bebeto e de nossa equipe, posso dizer com propriedade que a atual gestão não viabilizou recursos de emendas federais, apenas concluindo as obras iniciadas na gestão anterior.

BEZERROS HOJE- Você estava à frente do DEM de Bezerros e não permitiu que o partido coligasse com nenhuma das candidaturas apresentadas em 2012. Por que?

MURILO ROCHA-Nas eleições de 2012 tínhamos a expectativa para a Câmara de Vereadores, pois o DEM que sucedeu ao antigo PFL, tinha em seus quadros bons nomes, foi o partido dos ex-prefeitos Amaro Rufino e Lucas Cardoso, teve por muito anos o vereador Gaspar como presidente, há época tinha 02 vereadores (Tom e Caca), quando fomos indicado pelo Deputado Mendonça Filho para presidir o partido no Município era no sentido de reestruturá-lo, porém as candidaturas nas foram viabilizadas, o vereador Caca e o ex-presidente do partido Sandro da UESB filiaram-se ao PSD e o vereador Tom não candidatou-se a reeleição, diante dessas circunstâncias nosso projeto não seria concretizado, então decidimos pela não participação no pleito, estive a frente do partido, conseguimos organizar a parte legal, constituído a provisória, hoje estamos transferindo a documentão para o empresário Alysson, que já responde pelo Comissão Provisória do Partido.

BEZERROS HOJE- Na sua avaliação, o governo Branquinho está correspondendo frente à tão alardeada crise?

MURILO ROCHA-Posso falar do Prefeito Branquinho, não só pela confiança do voto nas eleições de 2012, mas também por ser seu afilhado, e por meu pai ter trabalhado na sua primeira gestão como Secretário, ocasião em que se tornaram amigos. Observo que para o Município de Bezerros ter um prefeito que foi eleito com um resultando tão expressivo e detentor de uma vida sempre pautada no zelo pela coisa pública, credenciava Bezerros junto a Gestão Estadual para trazer grandes investimentos para nossa cidade, pois a administração em si, faz parte da obrigação de todo gestor público. O diferencial é inovar e conseguir sobreviver em tempos de crise, falta de emprego e desconfiança da população na classe política. No quesito geração de emprego e renda o prefeito vem junto ao Governo do Estado estruturando o Município para a instalação de grandes indústrias, realidade hoje com a HERVAL, pois temos que desmistificar que a PREFEITURA é a grande indústria e geradora de empregos de um município, no quesito investimentos em obras estruturais, observamos que com recursos do FEM, a prefeitura conseguiu pavimentar muitas ruas, melhorando a qualidade de vida da população, porém, posso afirmar que esperava mais da gestão, a crise é realidade não só em Bezerros como em todo país, mas como disse anteriormente, quando se capta recursos para investimentos, recursos de custeio são otimizados no atendimento dos serviços essenciais, também esperava no primeiro ano de governo uma ação diferenciada na questão do tributo municipal, pois como o prefeito é advindo de um órgão de contas do Estado, tem pleno entendimento que as receitas próprias poderiam incrementar as finanças municipais,  mas observamos que ainda se tem a cultura de não pagar IPTU, apenas quando se vende o imóvel ou necessita regularizar junto ao cartório. Por fim, não vivencio a realidade interna das finanças do Município de Bezerros, mas como observador, visitando o portal da transparência municipal, entendo que a folha de pagamento da Prefeitura Municipal poderia está enquadrada nos limites da LRF  se não existisse ainda nomeações e contratações de pessoal para atendimento de indicações políticas.

BEZERROS HOJE- Você consegue analisar o cenário político no município pra 2016 ou está muito confuso?

MURILO ROCHA-Mesmo não militando diretamente nas questões da política local, sempre conversamos sobre o futuro político de nosso município, observo que o cenário político municipal só será desenhado no apagar das luzes, pois o atual prefeito tornou publico que não pretende candidata-se a reeleição, nesse cenário desperta o nome do atual vice-prefeito Breno Borba, herdeiro político do ex-prefeito Marcone Borba, detentor de um grande capital eleitoral, porém ainda não sabemos se as demais forças políticas de Bezerros conseguirão se aglutinar em torno de um novo projeto político, pois a conjuntura não favorece os atuais governantes, pois observa-se problemas principalmente na saúde pública, além da falta de dinheiro que compromete até mesmo a pontualidade no pagamento dos servidores municipais, todos esses problemas refletem no cenário político não só local, como a nível nacional, porém, sabemos que Bezerros precisar do surgimento de novos lideres, pois a alternância de poder é benéfica para o serviço público, novos ideais e novos projetos.

BEZERROS HOJE- Suas considerações finais…

MURILO ROCHA-Agradecer ao Bezerros Hoje na pessoa de Flávio Melo, pela oportunidade de explanar nossa visão sobre a gestão municipal e a política de Bezerros, sempre pautado na responsabilidade com o que falamos e escrevemos, pois não temos em momento algum a intenção de atingir a ninguém, afirmando nossa disposição de continuar a ajudar naquilo que possível aos que nos procuram, sem qualquer pretensão política, pois não pleiteamos nenhum cargo. Desejo a todos os bezerrenses um feliz natal, que 2016 seja de conquistas, muita paz e saúde a todos.

Como o vereador Elissandro Pedro (PcdoB) não enviou em tempo hábil as respostas das perguntas formuladas pela redação, resolvemos promover um bate papo com o nosso diretor, Flávio Melo. Afinal a série de entrevistas é algo muito sério e precisa continuar. As perguntas, claro, foram feitas pelos internautas, através do grupo do WhatSapp e facebook. Flávio Melo tem 34 anos, fundou o Jornal Bezerros Hoje, em 2003. Em 2007 lançou a versão digital através do site bezerroshoje. É funcionário público, faz curso de letras pela Fadire e promove pelo 3º ano o bloco Bezerros Folia. Além disso, resolveu  se articular no PSOL juntamente com outros amigos da imprensa local.

JEAN FERREIRA- O Bezerros Hoje era um sonho? Superou as expectativas com a proporção que tomou durante esses anos ou ainda há outras metas a superar?

Flávio Melo: Foi uma grande sonho realizado. Morava no sítio onde o único meio de comunicação que tínhamos era um rádio antigo de pilha que só sintonizava emissoras AM. O tio do meu pai, o tio Apolônio (que faleceu com quase 100 anos) guardava jornais que lia durante a semana  e me enviava aos sábados. Surgiu aí essa paixão pela comunicação impressa e o desejo de ver Bezerros dotado de um canal de comunicação mais abrangente. O nome Bezerros Hoje surgiu em minha mente em meados da década 90 e fui maturando. Em 2000 passei no concurso público de Gravatá e os primeiros salários que ganhei passei a investir na impressão do jornal que tinha um custo muito elevado. Sentir lá atrás que a internet estava provocando uma mudança de comportamento, onde o leitor passa a ser também protagonista da informação. A rapidez com que os fatos acontecem não podiam esperar para ser publicado no final do mês. Isso fez com que migrássemos para a nossa versão digital e os números que atingimos hoje não se compara aos que eram alcançados com a versão impressa. A meta alcançada, acredito eu, é a própria linha adotada no sentido de propor e abrir o espaço para todas as opiniões.  Incutir na agenda dos políticos de Bezerros projetos importantes na base do comprometimento é algo gratificante. A estrada de Serra Negra foi um exemplo marcante nesse sentido.

LUCIANA TORRES- A corrupção não é exclusividade do PT e o Mensalão pode não ser o maior escândalo de corrupção da história do Brasil, agora mas um caso com o presidente da Câmara Eduardo Cunha. Mas não é exemplar que essas pessoas estejam presas?

O maior dano que a corrupção provoca é na sociedade. As pessoas olham para Brasília e se indagam sobre sua vida correta. A política da esperteza entre as pessoas fica ainda mais aguçada na sociedade e isso é muito ruim. O PT não é o pai da matéria, mas tinha o combate a corrupção como bandeira de luta, pois carregava a esperança de um país justo. Não se tem um Brasil justo com tanta corrupção e desmandos, daí toda essa frustração e descrédito. O Eduardo Cunha, o Renan Calheiros já deveriam ter saído há muito tempo. Estão lá porque ora atendem caprichos da oposição, ora do governo.

LÉO KNOWLES- Qual é a sua opinião com relação a política e a atual gestão da cidade de Bezerros?

FLÁVIO MELO- A situação política não difere muito da nacional. Os partidos não pensam Bezerros, apenas acomodam as pessoas com seus projetos pessoais. Na proporcional o jogo é juntar pessoas para formar cauda eleitoral e reeleger vereadores que em uma grande parte não representam os anseios da população, embora tenham sido eleito por ela. Quanto a gestão municipal, o próprio prefeito Branquinho tem tido um comportamento de autocrítica que o favorece. Por vezes, ao se dirigir à imprensa revela que o seu governo não está bom, que poderia estar fazendo mais. Isso atenua de certa forma a inquietação social em relação a temas como saúde e segurança pública, porque quando o gestor se intitula o melhor de todos os tempos, diante de toda problemática sentida na pele pelas pessoas, provoca indignação. Um melhor entrosamento da equipe daria uma resposta mais rápida sobre as ações do dia-a-dia no município. No campo de atração de empresas, o prefeito tem se colocado a disposição de empresários que demonstram interesse pelo município.

LEANDRO LIMA-Você seguiria a carreira política?

Eu sou apaixonado pela boa política, pelas ideias coletivas, pelo realizar. Não acho que para isso acontecer você tem que, necessariamente, se enveredar na política partidária. Me sinto realizado como cidadão através do trabalho que desenvolvo, mas também entendo que há a necessidade de fazer com que a população esteja mais a par do processo político. As pessoas precisam atentar ao fato de que não é apenas ir votar que ela cumpre o seu papel, porque essa faze corresponde apenas a finalização de um jogo que está sendo orquestrado agora. É tempo de buscar pessoas de bem para entrar no processo de filiação de partidos sérios, porque com isso podemos oportunizar alternativas de escolhas no dia da eleição.  Sempre desejei entrar numa disputa, mas, após conhecer e  entender o que viria a ser cauda eleitoral (onde os candidatos de maior poder aquisitivo acabam se beneficiando da votação dos pequenos), vi que não daria a contribuição que desejaria. Uma candidatura nunca esteve fora de cogitação, mas é preciso antes um projeto político para representá-lo.

GILVAN JR. Seu partido PSOL que tem como Presidente da provisoria municipal, Máximo Neto, a nível estadual e federal, segue uma linha de oposição inclusive esse mesmo partido faz oposição em várias cidades do agreste aos prefeitos do PSB. Ano que vem você segue o seu partido ou fará o que na politica chamamos de prática de infidelidade partidária e ficara com o grupo da situação?

Partido político no país virou uma sopa de letrinhas de tantos que existem, grande maioria sem nenhuma causa coletiva.  Mas é preciso entender que eles são importantes, porque sem eles não há como disputar um cargo eletivo. Uma boa reforma política poderia dá uma arrumada nisso tudo, expondo melhor a identidade de cada um. Já militei no PSB, PT e PSDB em todos há boas e más intenções quando o assunto é poder. Não é porque você milita em um partido que você vá concordar em 100% com sua ideologia. Para mim, o importante é defender as causas sociais, o respeito as individualidades  e focar no bem coletivo. O PSOL é um partido novo que representa esses anseios. É contra o fisiologismo, a corrupção e defende a liberdade individuais, além de nos dar uma autonomia no município.  Estarei onde o partido estiver, sendo candidato ou não. Há um projeto maior que é reunir as pessoas que desejam fazer a política do desprendimento e a minha história mostra isso. Eu gosto de acreditar nas pessoas, embora sejam inevitáveis as frustrações. O próprio partido apresenta  algumas restrições de alianças e isso será respeitado.

Aparecida-Cida- Ultimamente a cidade de Bezerros está passando por um momento difícil na área de segurança publica . Como você analisa isso para as próximas festas e em breve o seu evento no mês de novembro ?

É uma problemática que atinge todo o país e não é uma peculiaridade de Bezerros. Aqui o fato é muito ligado ao fator político porque foi pauta de promessas de campanha, mas sabemos que é um tema do Estado, onde o governo federal deveria abraçar, porque as drogas entram pelas fronteiras e alimentam o mercado em todo o país.  Essa venda nas periferias provocam as mortes que tanto assistimos pela imprensa (dívidas, disputas, etc).   No quesito violência também destaco essa cultura louca da ostentação, onde jovens desejam ter aquilo que suas condições não permitem. Sem uma base familiar consolidada eles acabam influenciados por uma vida mais fácil.  Isso é um tema amplo. Quanto ao evento de rua sempre há uma preocupação no quesito da segurança. Todos os órgãos públicos já foram antecipadamente informados, porque sempre tem uma logística quando o assunto é evento de rua.  É preciso entender que a segurança presente inibe fatos de desordem e isso estamos cuidando. Deixar de realizar a festa é dizer que  o Estado teme os bandidos  e acredito no Estado Democrático de Direito. A festa é um momento de lazer e alegria para juventude e toda a comunidade.

LUCIANA TORRES- As próximas eleições serão no próximo ano, qual o cenário politico que se apresenta em Bezerros?

Há uma dúvida generalizada sobre quem vai ser candidato a prefeito tanto na oposição quanto no governo. No governo, a definição sai com mais tranquilidade porque está nas mãos do prefeito Branquinho. Ele diz que não é candidato a reeleição, mas as vezes tem atitudes que deixam os curiosos da política em dúvida. O nome de Breno foi referendado como vice-prefeito em 2012 e caso seja o nome do grupo, sem dúvida que será competitivo. Na oposição, o nome hoje declarado é o de Neguinho de Israel, mas fala-se ainda na possibilidade do ex-vice-prefeito Carlinhos (PTB). Acho que a oposição só terá alguma chance se tiver alguém com capacidade para agregar a todos. No PSOL, algumas pessoas defendem que se lance uma chapa completa.

JOSÉ BATISTA: E o futuro? Quais seus planos e metas?

Acredito que trazemos consigo um propósito. As vezes me pergunto se falta algo a fazer e sempre há. Na vida em comunidade me inquieta a forma com que as pessoas assistem passivamente as articulações políticas e depois reclamam pela falta de alternativas. Cidadania é participação direta!  As pessoas precisam ser mais autênticas,  sem se preocupar com julgamentos de terceiros. Voltei a estudar após treze anos, algo que achei maravilhoso porque ampliei meus conhecimentos de visão de mundo. A meta é procurar estar bem comigo mesmo todos os dias. O ser humano tem esse desafio constante porque lidamos com emoções e razões e as vezes tomamos atitudes  equivocadas. Acho que publicaria um livro sobre o que vivi durante a minha passagem por esta vida.

Considerações finais…

Agradecer as perguntas formuladas por pessoas que julgo importantes em Bezerros e também na região. Espero ter passado algo que acrescente as pessoas. Pedi desculpas pela não publicação da entrevista que seria a anunciada, a do vereador Elissandro Pedro (PCdoB). O mesmo foi comunicado assim como os demais e aceitou ser o entrevistado do sábado. Ainda ontem o lembrei do compromisso para com vocês internautas. Abaixo a justificativa do vereador enviada pelo canal do faceboook.