Fogo Cruzado -por Inaldo Sampaio

Brejinho, de apenas 7 mil habitantes , conseguiu colocar todas as suas crianças na escola

Numa hora em que a “segurança” é a principal bandeira de campanha do candidato a presidente, Jair Bolsonaro, que está, como ele próprio diz, com uma “mão na faixa”, alegra saber que em 11 pequenos municípios de Pernambuco, quatro dos quais localizados no Pajeú, não se registrou nenhum crime de morte de janeiro a setembro deste ano. Foram eles Quixaba, Santa Terezinha, Calumbi e Brejinho. O que ainda amedronta a população desses municípios é o risco de explosão de caixas eletrônicos, o que a deixa sem serviços bancários por longo tempo. Todavia, no que diz respeito aos assassinatos, está prevalecendo a cultura da paz. Não era à toa, por exemplo, que Miguel Arraes considerava o Pajeú a região “mais politizada” do Estado. Impressionava-o, sobretudo, a quantidade de artistas que existem na região, especialmente cantores, escritores, compositores e poetas populares, apesar do seu déficit de representação na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.

Historicamente, vota-se mais em “candidatos de fora” do que em “candidatos da região”, mas isso é outra história. Conforta saber que um município pequeno como Brejinho, com pouco mais de 7 mil habitantes, na divisa com a Paraíba, passou mais de uma década sem registrar um único homicídio e que tem todas as suas crianças na escola. Essa cultura de paz que há no município foi iniciada há mais de 20 anos pelo ex-prefeito José Vanderley e teve continuidade com a atual, Tânia Maria. Ambos são do PSB.

Pergunta-se, então: se Brejinho, que sobrevive apenas do FPM, conseguiu zerar sua taxa de homicídios este ano e pôr todas as suas crianças na escola, por que os municípios grandes não podem fazer o mesmo?

TSE cassaria a chapa?

O PDT vai requerer ao TSE a anulação do 1º turno da eleição presidencial depois que a Folha de São Paulo noticiou que empresários bolsonaristas gastaram 12 mil para comprar um pacote de “fake news” para divulgar nas redes sociais. Há 2 anos, por 4 votos contra 3, o TSE manteve o registro da chapa Dilma/Temer. Mas iria ao extremo de cassar a chapa Bolsonoro/Mourão?

Muito prazer! – Erick Lessa (PP), deputado estadual eleito, conhecido em Caruaru como “Delegado Lessa”, já esteve na Assembleia Legislativa para conhecer suas instalações. Foi recebido pelo colega reeleito, Joaquim Lira (PSD), filho do ex-prefeito de Vitória, Elias Lira.

O gesto – O ex-deputado Ayrinho (PSB) não esquece um “gesto humanitário” do governador de SP e candidato à reeleição, Márcio França (PSB). Foi diagnosticado no Recife com uma doença degenerativa e, por sugestão de Eduardo Campos, foi a SP em busca de tratamento. Lá, França arranjou-lhe hospital e colocou um carro à sua disposição.

A fusão – O presidente da Contag, Aristides Santos, irmão do deputado federal eleito Carlos Veras (PT), presidente da CUT-PE, acha que a proposta de Bolsonaro de fundir o Ministério da Agricultura como do Meio Ambiente “não dará certo”. E vai provar que está com a razão.

Às ruas – Mesmo Bolsonaro tendo sido majoritário no Recife, no 1º turno, os partidos da Frente Popular, que apoiam Haddad, pretendem fazer uma “passeata de arromba” no centro da cidade, na próxima 5ª feira, com a presença do petista. Todos os prefeitos do PSB foram convidados.

Pelo mandato – O deputado federal eleito, João Campos (PSB), já avisou ao partido que não aceitaria eventual convite de Paulo Câmara para integrar o seu secretariado. Quer exercer seu mandato, em Brasília, a fim de conhecer os “meandros do Congresso”, como fez o seu pai.

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