Pierre Pessoa lança livro no dia 19 de setembro

Falar Inglês nunca foi tão importante e necessário como nos dias de hoje. É possível chegar a essa fluência sozinho, utilizando de materiais alternativos? Embarque nessa obra e terá suas próprias conclusões.

De família simples e oriundo de escola pública, Pierre Pessôa desmistifica e simplifica de forma direta e objetiva com metodologia, técnicas, dicas e relatos da sua vida como ele conseguiu se tornar fluente em Inglês sendo quase um autodidata. Com muita disciplina e dedicação, o autor tornou-se não só fluente em Inglês, mas professor e proprietário da rede de escolas Smart Fluent, onde abriu unidades nas cidades de Bezerros, Sairé e Bonito/PE.

Preste a abrir outras escolas noutros municípios, ele se sente no dever de democratizar esse conhecimento, não só através das suas escolas, mas principalmente para aqueles que queiram seguir seus passos e tornarem-se fluentes em Inglês também.

Pierre Pessoa

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Distanciamento da vida

Artigo de George Trigueiro,
Médico e presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado de Pernambuco (SINDHOSPE), publicado no mês de julho no Diário e que merece o nosso registro.

As mudanças começaram após o carnaval. A dúvida era se continuava com a máscara do papangu de Bezerros ou com a recomendada pela OMS. Alguns palhaços, com todo respeito aos profissionais da arte, continuaram com suas fantasias e fazendo gracinhas. Não tivemos tempo nem noção, que se aproximava a Paixão de Cristo, diante de tantas expectativas e desencontros. São João nem pensar. Daqui a pouco chega o Natal. Somente “lives”. Continue lendo em Diário de Pernambuco.

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Consciência Política Bezerrense

A cidade de Bezerros possui aproximadamente 60 mil habitantes com quase 45 mil eleitores. Neste ano de eleições municipais está na mão da população bezerrense a escolha daqueles que irão administrar nossa cidade. Mas se está nas nossas mãos, por que muitas vezes atribuímos só aos políticos a responsabilidade pelo que vai bem ou mal em Bezerros? Será que estamos desempenhando adequadamente nosso papel de eleitores e antes de tudo, de cidadãos?

É comum nos depararmos com uma percepção generalizada de descrédito à política bezerrense como forma legítima de resolução de problemas sociais e políticos do nosso município. Essa percepção não está aí por acaso. Infelizmente, a história política de Bezerros é marcada por um “autoritarismo” no qual a elite econômica e política da cidade aliena a nossa população para que a responsabilidade de controlar e dirigir o nosso município mantenha-se exclusiva a esta mesma elite. Um dos mecanismos de alienação muito aproveitada por esta elite é a mentalidade de que tudo que diz respeito à política é repulsivo e negativo. Por efeito, a população é levada a se informa muito pouco da vida política e ter um baixíssimo grau de participação em organizações da sociedade civil (sindicatos, associações de bairro e partidos políticos), organizações estas que possuem a finalidade de buscar melhorias à nossa cidade. Dessa forma, a mentalidade de que a política “não presta” ou de que “só tem corruptos” é muito prejudicial, pois estimula a alienação da população sobre a atividade política e institucional, o que agrava ainda mais o distanciamento entre nossa classe política e a sociedade de Bezerros.

No regime político democrático o qual vivemos a soberania é exercida pela sociedade civil. Portanto, a democracia pressupõe, para o seu pleno funcionamento, o exercício de uma cidadania consciente e politizada. Nesse sentido, a possibilidade de construirmos a cidade de Bezerros de forma melhor só pode ser feita a partir da política, com a conscientização e participação mais ativa da nossa sociedade sobre o processo político. Todos nós, cidadãos, que utilizamos o serviço prestado pelo poder público, temos a melhor condição de dizer se há algo errado ou se o serviço está sendo prestado com legalidade e qualidade. Se todos nós nos interessarmos e buscarmos por informações sobre como interagir com a organização política, haverá então condições necessárias para conseguirmos melhorias constantes no controle da gestão de Bezerros e consequentemente, melhorias no próprio resultado da ação administrativa municipal. Temos que compreender que cada cidadão bezerrense é competente e responsável e deve ser ativo na construção de um município próspero e seguro. A política é um assunto muito sério para ser deixado exclusivamente nas mãos de políticos profissionais.

Gabriel Laurentino – Psicologo social

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Separando o joio do trigo

A pandemia do Corona Vírus 19 provocou uma importante mudança na escola pública brasileira: apresentou-lhe de vez a tecnologia. No entanto, ainda há muitos descasos e mentalidade retrógrada em alguns seguimentos.
Diante dos desafios do isolamento social, professores se reinventaram, estudaram, pesquisaram, trocaram figurinhas e começaram a usar os REDs – Recursos Educacionais Digitais para fazer o que tanto amam: está conectados com os alunos e possibilitar aprendizagens significativas.
Em pouco tempo, conceitos como: Educação Maker, Ensino Híbrido, Gamificação e tantos outros, tornaram-se prática docente. Ferramentas digitais e plataformas educacionais ganharam novos usos e adquiriram valor didático inseparável da atuação no magistério.
Contudo há alguns joios no meio desse trigo. São aquelas entidades que não se desapegam de uma lista de frequência preenchida manualmente e/ou só vislumbram o livro didático como único instrumento de aula. Não há mais possibilidades de visão? Ou estão negando a realidade?
É impossível negar que ainda temos um longo caminho a trilhar para termos uma escola conectada. Todavia não dá mais para voltar atrás. Há evidências reais que a educação se transformou na quarentena. Portanto, há mais trigo que joio. Colhamos!

Natalícia Xavier – Professora

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SOBRE O DIA DO COMERCIÁRIO

ONTEM EM TODO O PAíS SE COMEMORA O DIA DO COMERCIANTE. ESTE DEDICADOS PROFISSIONAIS LIBERAIS INDEPENDENTES LUTAM COM TODAS A SUAS  FORÇAS DEDICAÇÃO PARA FAZER O RAMO DE NEGOCIO PROSPERAR E GERAR EMPREGOS E RENDAS. A PROFISSÃO TÃO NOBRE QUE VEM DESDE DE DATAS ANTES DE CRISTO, NEM SEMPRE É VISTA E ASSISTIDA PELOS GOVERNOS CONDIGNAMENTE. O COMERCIANTE NÃO PODE SER E NEM TEM JEITO DE SER DESONESTO, POIS O COMERCIO É SEU HABITAT . ZELAM PELA QUALIDADE DOS PRODUTOS E  SEMPRE QUEREM VER O CLIENTE SEMPRE SATISFEITO COM SUAS VENDAS E SEU ATENDMENTO. É O COMERCIO QUE REALMENTE GERA O IMPOSTO QUE É ARRECADADO PELOS PODERES MUNICIPAIS ESTADUAIS E FEDERAL. EM ATO SEGUINTE ESTA ARRECADAÇÃO VOLTA AO MUNICÍPIO PARA SEREM APLICADAS EM OBRAS QUE DEVEM BENEFICIAR A TOTALIDADE DOS MUNICIPES. PORTANTO HOJE RENDEMOS AS NOSSA HOMENAGENS AOS EMÉRITOS COMERCIANTES !!!( EDLIFE JORN.REPORT FOT. DRT/RJ 14.584)

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Como andam as aulas remotas no nosso município?

Na verdade elas não andam, elas estão engatiando.
Essa é a sensação que temos ao analisarmos a aplicabilidade das aulas remotas em Bezerros.
A verdade é que esse novo sistema de ensino continua causando em nós professores, frustrações, angustias e muito estresse. Estresse porque nos sentimos impotentes diante das situações adversas que vem agregando a essa prática.
Podemos elencar, dentre outros, a falta de recursos tecnológicos, a falta de habilidade no manuseio dessa nova ferramenta de ensino, a exposição de nossa imagem e o desgaste na produção de vídeo aula que exigem muito de nós.
Com tudo isso, há um sentimento que é mais latente e esse sim, nos faz refletir sobre o papel social da Educação, que nos permite fazer um questionamento. A Educação é para todos, ou para alguns?
Sem dúvidas, essa nova forma de ensino é Excludente, e isso podemos confirmar a cada vídeoaula que é produzida e um número muito reduzido de alunos é que vem acompanhando nossas aulas.
E os outros?
Os outros são crianças e adolescentes que ficaram de fora, porque não foram lembrados, pensados, analisados. São crianças e jovens que estão de fora porque não tem um aparelho celular, não tem um notebook, nem acesso a internet. E assim, estão à margem, estão fora do nosso novo sistema de ensino.
Assim, como grande massa de alunos, muitos professores também estão de fora, porque não se sentem preparados para atuar com essa metodologia.
Então vamos tocando o barco. É verdade, existe por parte da S.M.E, alguns profissionais que realmente estão buscando dá suporte aos educadores e que passam noites preparando exercícios complementares para a melhor aplicabilidade. Porém, têm outros que preferem fazer de conta que está tudo bem. Não se colocam no lugar dos professores angustiados e dos alunos excluídos.
Concluo afirmando novamente: Aulas Remotas, podem dá certo para muitos, mas não para todos.

Professora -Elisângela Silva

Ex-secretária de Educação de Bezerros

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Mulheres em Pauta

ELAS NA POLÍTICA (II)

ELAS NA POLÍTICA (II)
Olá pessoal! Tudo bem?
No texto anterior trouxemos um pouco da trajetória política das mulheres bezerrenses e questionamos a importância da representatividade das mulheres na política. Mas de fato, que MULHERES queremos na política? Será que só a representatividade do gênero é válida?
Em outros momentos já mostramos exemplos de mulheres que apesar de serem mulheres, lutam contra os nossos direitos. Isso é muito preocupante porque estamos às vésperas das eleições municipais e parece que a PAUTA das mulheres virou moda, o oportunismo chega as falas descaradamente, como se a luta das mulheres fosse algo prioritário para candidatos e candidatas. Será que na prática e principalmente nos espaços de decisão e poder essa representatividade será efetiva? Se é que podemos chamar de representatividade.
Precisamos estar muito atentas/os pois nesse períodos as promessas de mudanças aparecem de todas as partes. Acredito que todas e todos que lutam e torcem para ver uma mulher em nossa câmara representando não só as mulheres mais o povo, querem ver mais do que apenas uma pessoa do sexo feminino, porque já se provou que não basta ser mulher para defender nossos direitos.
Defendemos sempre a necessidade de ocuparmos espaços na política, não é mais possível que os espaços de poder sejam dominados apenas por homens e em sua maioria brancos. Só que presença feminina, por si só, não nos garante representatividade e o fortalecimento da luta coletiva.
Quando lutamos incansavelmente por mais mulheres na política e em todos os espaços de poder, estamos nos referindo a mulheres comprometidas em defender nossos direitos e enfrentar as desigualdades. É muito importante ter isso claro, pois são tempos sombrios, tempos que inimigos usarão isso contra nós.
Estamos presenciando mulheres em espaços de poder negando direitos a outras mulheres e pessoas negras negando direitos à população negra. E vem acontecendo todos os dias e muitas vezes sem que a gente note. Vamos acordar?
Precisamos lembrar que se lutarmos juntas por essa representatividade tão sonhada para nossa cidade, futuramente também colheremos os frutos JUNTAS. A soma disso tudo nos faz persistir e provar para nossa sociedade que os direitos de todas as pessoas importam.

Michelle Silvestre – Mulheres em Pauta.
81 99457-7862

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Descaso com Encruzilhada

Encruzilhada Bezerros .
Triste e lamentável essa situação ver esse polo de comida típicas abandonado ao lixo ao descaso com os empreendedores daqui .
Tantos os restaurantes como as barracas e da onde sai o sustento de muitas famílias .
São esses comércios esses empreendedores que faz a diferença de encruzilhada .
Aqui não se tem um poder legislativo atuante ,mais sim um povo de garra que são esses pais de família esses empreendedores que faz a diferença Encruzilhada.

Valquiria Assis-

Pré candidata a vereadora do bairro

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Mulheres em Pauta

ELAS NA POLÍTICA (I)


Olá pessoal! Tudo bem? Se você é leitor/a do Mulheres em Pauta, deve ter percebido que nossa missão é defender e fortalecer os direitos das mulheres nos mais variados espaços. Entendo que a política local nos oportuniza a construção de representatividade, coletividade e protagonismo das mulheres bezerrenses, é mais do que urgente, refletirmos sobre algumas questões referentes a nossa realidade.
E por falar em política, vamos pensar na Câmara Municipal da nossa cidade. Vocês mulheres, já pararam para se perguntar se o legislativo composto majoritariamente por homens as representam? Será que todos os nossos anseios, medos, inquietações, dificuldades, e outros estão sendo discutidos cotidianamente neste espaço? Será que estão dialogando sobre questões referentes a violência que sofremos todos os dias, aos nossos direitos sexuais e reprodutivos, a equidade de gênero, saúde da mulher, inserção no esporte, na cultura, entre outros assuntos que pertencem as nossas vidas?
Pois bem, trazendo um pouco da nossa história política, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, nós tivemos em todos esses anos, apenas duas vereadoras de mandato, Luzia Arruda em 1974 e Rosa Soares em 1997, há 20 anos não elegemos vereadoras. Deixo aqui meu questionamento, se olharmos a nossa volta veremos que existem inúmeras mulheres na nossa terra que poderiam ocupar não apenas uma cadeira na câmara municipal, mas, exercer representatividade e posições de luta.
Ainda de acordo com pesquisa realizada pelo Diário de Pernambuco em 2017, Bezerros aparece como um dos municípios que não votam em mulheres, na eleição de 2016 das 39 candidatas a vereadoras, 19 sequer conseguiram 10 votos. Acreditamos que isso seja fruto de uma prática onde se colocam mulheres apenas para completar a cota de gênero ou servir de escada para os candidatos. Mas será que é pra isso que nós realmente servimos?
As poucas que ousaram sair candidatas, externam que sempre escutaram piadas preconceituosas do tipo, “Não vou votar em você porque sei que não ganha mesmo”, “Lugar de mulher é no fogão e não na política”, entre outras que sabemos bem que existem e ainda são acompanhadas de sorrisos irônicos, como se nós mulheres não fossemos capazes de ocupar com maestria esses espaços. Subestimam sempre nossa competência, nossa autonomia, nossa individualidade e principalmente nossa coragem.
Acreditamos que todas as pessoas que vem acompanhando a busca incansável de mulheres da nossa cidade por protagonismo, estão esperançosas de que esse ano de 2020 possamos avançar ainda mais com a chegada de mulheres no legislativo, e que estas o tornem mais transparente para organizações, imprensa e sociedade bezerrense no que se refere aos nossos direitos.
Nossas pautas precisam ser discutidas, mas, discutidas com espaço garantido para nossa intervenção. Não podemos deixar uma câmara composta por homens legislar nossas vidas por nós.
Se você gosta do nosso conteúdo, compartilhe esse texto com os/as amigos/as e pessoas em geral. Companheiras, sozinha ando bem, mas com vocês ando melhor. Porque JUNTAS sempre seremos mais fortes e dias MULHERES virão.


Michelle Silvestre – Mulheres em Pauta.
81 99457-7862

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LANÇAMENTO: UM ASSASSINO EM MINHA VIDA

O bezerrense e amigo Lunas Costa publicou recentemente seu novo livro, o qual prefaciei orgulhosamente, pois trata-se de uma ótima opção de leitura e reflexão sobre situações comuns vivenciadas por muitas pessoas. Confira o prefácio abaixo:

Quantas verdades sofríveis, quantas perdas dolorosas, quantas partidas bruscas, tristes, inesperadas, que poderiam ter sido evitadas, e, entretanto, não impediram que a vida de alguém chegasse ao fim. De fato, quantas histórias incríveis e finais inimagináveis!

Com uma narrativa clara e coloquial, explorando fatos, aspectos e evidenciando detalhes tão cotidianos e expressivos, Lunas Costa entrelaça intrigantemente ao redor de um personagem central os contos dessa obra, retratando a vida como ela é, em meio a diversos cenários e circunstâncias, sem ocultar a aspereza que alguns dias e situações têm, e sem superficializar a insensatez e desatenção que algumas pessoas possuem durante o trajeto de suas vidas. 


Preservando a mesma maestria com a qual o autor sempre elucidou atrativamente suas outras criações literárias, nesse trabalho conseguirá também despertar a atenção e a curiosidade imediata do leitor sobre cada capítulo, diante de cada novo relato e de cada acontecimento, que, embora com términos indesejáveis e inimagináveis, nos oportuniza um válido aprendizado, ao mergulharmos em profundas reflexões, que nos servirão de alerta sobre as consequências danosas, a longo ou curto prazo, resultantes dos nossos passos e dos nossos atos impensados e despreocupados.

“Um assassino em minha vida”, não é apenas, ou mais um, livro de contos com relatos inspirados nas experiências cotidianas, trata-se, sobretudo, de uma ferramenta indireta de informação e orientação sobre o valor da vida humana e sua fragilidade, ao despertar em nós a percepção sobre alguns contextos ao longo da nossa própria vida e na relação das pessoas umas com as outras. 

Eis a lição desta interessante obra, pequenas particularidades ou significativos pormenores que ceifam a vida assim de repente,  perante as escolhas imprudentes ou decisões erradas, precipitações, euforias desnecessárias e atos irresponsáveis, ou simplesmente pela prática de determinados hábitos e valores deturpados.


Todos os cenários apresentados em cada capítulo conservam em sua  narração os fiéis aspectos da linguagem simples, cotidiana, e por vezes bucólica, em minuciosos e ricos detalhes que nos transportam ao contexto dos fatos.


Atrativo enredo e oportunos relatos – duros, tristes, comuns, surpreendentes, às vezes até engraçados – propícios para revelar ou indagar a nós quem de fato ou o quê, poderá ser o assassino de nossa vida.


Por: Mariana Helena de Jesus

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Lacunas na disponibilização dos dados da covid-19 em Bezerros

Getúlio Batista, Graduando em Gestão da informação – UFPE, Membro do Observatório COVID – 19 

A ausência de informação clara, atualizada e disponível em tempo real, hoje é uma questão que preocupa não só os cientistas, mas também os políticos, empresários e a sociedade em geral. Essa preocupação advém, devido ao fato de que em meados de dezembro de 2019 a China ter detectado um novo coronavírus (COVID-19), que ultrapassou fronteiras e tornou-se a maior crise de saúde no mundo em um século. É notório que para conter a rápida disseminação do vírus ao redor do mundo é necessária a percepção da população sobre a gravidade da situação, a coerência nas decisões do governo e as particularidades das diversas regiões do globo. Para isso, toda decisão a ser tomada, depende da disponibilidade de informações que sirvam para subsidiar o desencadeamento de ações. A qualidade destas informações, por sua vez, depende da adequada coleta de dados, que são gerados no local onde ocorre o evento sanitário (dado coletado). É Também nesse nível que os dados devem primariamente ser tratados e estruturados, para se constituírem em um instrumento para tomada de decisão.
Apesar de Bezerros ter um discurso que a transparência é e sempre será sua aliada, observa-se que na prática os boletins epidemiológicos divulgados quando comparados a outras cidades da IV região de saúde, pouco trazem informações, Limitando-se apenas a divulgar “Casos suspeitos”, “Casos confirmados”, “Recuperados”, “Óbitos Confirmados”, “Óbitos em investigação”, “Síndrome gripal” “Monitoramento domiciliar concluído”. Além disso, os boletins epidemiológicos deveriam ser também disponíveis em formato não proprietário, sem que nenhuma entidade ou organização possua seu controle exclusivo. De igual modo, os dados devem ser publicados sob uma licença aberta, sendo livre de patentes ou qualquer outro dispositivo legal que restrinja sua utilização e replicação. Adicionalmente, devem estar disponíveis e indexados na Web, em formato compreensível por máquina?homens, para que se viabilize sua reprodução e reutilização .
Entretanto, do ponto de vista prático, a realidade que se apresenta é de uma grande massa de dados e informações públicos não tratados e não disseminados de forma pública. Cada município deve publicar não o que acha certo, mas sim, segundo critérios legais e de interesse público. Além disso a transparência não é apenas um número X ou Y ela deve ser entendida como uma ferramenta de controle social que permite entender melhor o funcionamento do governo sob diversas perspectivas.
Logo, a produção e publicação de dados e informações sobre o avanço da pandemia da Covid-19 em Bezerros encontra algumas dificuldades, por não apresentarem informações completas, nem trazer dados por exemplo que represente o avanço da doença nos mais diversos bairros do município. Além da ausência de indicadores oficiais como por exemplo: Qual a taxa de letalidade no município? Qual a quantidade de leitos e respectiva ocupação? Estamos vivenciando o pico da doença? A doença está concentrada em qual faixa etária/sexo? Regiões menos favorecidas socialmente concentram os maiores números de casos? Os lugares mais remotos do município que por acaso foram atingidos, tiveram suas populações testadas?
Como resultado, a extração de informações e produção de conhecimentos, que poderiam ser úteis para a sociedade e a própria gestão municipal, não acontece com a agilidade e eficácia necessárias para lidar com questões tão urgentes. Apesar do conceito “Dados da Covid-19” estar em evidência, o planejamento e sua disponibilização pela secretaria de saúde de Bezerros ainda é um desafio a ser explorado, ao nos depararmos com os lacunas apresentadas ao decorrer desta análise, podemos perceber que muito precisa ser feito acerca do planejamento e disponibilização de dados públicos em formatos abertos para a população bezerrense.

Getúlio Batista, Graduando em Gestão da informação – UFPE, Membro do Observatório COVID – 19 – Plataforma aberta e social para monitoramento da Covid – 19 criada pela UFPE – CIN (centro de informática) e pesquisador pela mesma instituição.

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EMPATIA TAMBÉM É NÃO JULGAR OUTRAS MULHERES

As mulheres em situação de violência, geralmente, são julgadas por manterem os relacionamentos em que são agredidas. Após pedidos de perdão e promessas de mudanças (fase conhecida como “lua de mel” dentro do ciclo de violência), muitas mulheres passam a criar esperanças de melhoras na relação.
A violência não costuma cessar, mesmo com a relação é rompida, elas continuam sendo aterrorizadas e perseguidas. Quem acha que é fácil sair de situações como essas, com certeza nunca sentiu na pele. Para muitas mulheres morrer é lucro, devido ao sofrimento que vivem cotidianamente. Chegam a desacreditar delas mesmas, quando já não há mais nem familiares, nem amigos e amigas, nem política pública que ofertem apoio.
Acreditamos, na força e na fala das mulheres como exemplos para as outras. Para aquelas que conseguiram sair da situação de violência e sentem-se à vontade em compartilhar suas histórias, façam. As dores unidas e as histórias partilhadas propiciam reflexões e encorajamento para aquelas que por algum motivo, ainda vivem relações violentas. O fortalecimento da coletividade e o trabalho em grupos reflexivos é condição de mudança e transformação social para todas as mulheres.
Praticar empatia também passa por não julgar outras mulheres. Não é papel nosso julga-las, os sofrimentos de cada uma por vezes são invisíveis aos nossos olhos. Quer contribuir de alguma forma? Pensem em saídas e possibilidades juntas, o que mais essas mulheres precisam é de apoio para quebrar o ciclo de violência.
Estamos vivendo um tempo em que o isolamento social para aquelas que não residem com o agressor é um refúgio, o medo de morrer é maior que o medo do coronavírus. Para as que residem com os agressores, a situação é bem mais complicada, pois ficar em casa aumenta sua vulnerabilidade e é um risco para suas vidas. Não podemos fingir que a violência contra as mulheres não está acontecendo, mesmo quando são invisíveis.
Pensando nessas mulheres e tentando contribuir de alguma forma, deixaremos aqui sugestões de como ajudar mulheres que possa estar em risco durante a quarentena. Se você conhece uma mulher que já tem um histórico de violência ou que sinaliza que pode estar em risco na convivência com o companheiro, ex-companheiro ou familiar, ofereça ajuda. Porém, é importante fazer isso de maneira cuidadosa para não se colocar em risco.
Vamos as dicas?
• Fiquem alertas a todos os sinais de violência, então o que custa se tu tens uma vizinha, amiga ou até familiares que tu sabes que sofre ou já sofreu esse é o momento de ficar alerta e colocar em prática a nossa sororidade.
Se mantenha próxima dela e faça contatos frequentes para saber como está;
• Não critique, nem force uma atitude imediata. Isso pode fazer com que ela silencie, então se mostre disponível para contribuir caso ela precisa;
• Só ofereça sua casa se você puder garantir que vai ser uma opção segura para ela;
• Caso ela vá para sua casa, não divulgue essa informação, para que o(a) agressor(a) não possa colocar você e sua família em risco;
• Procure os serviços disponíveis de acolhimento as mulheres existentes na sua cidade, pois esses fazem o atendimento especializado;
• Estabeleça códigos de emergência, sinais, gestos, palavras, objetos na janela que alertem para situações de crise;
• Escutou grito suspeito, notou hematoma visíveis na sua vizinha, é hora de ajudar o Ligue 180 garante o anonimato.
A última dica reforça a principal reflexão desse texto, não julgar as outras mulheres, existem muitas razões para uma mulher não conseguir romper uma relação de violência: DEVE-SE ENTENDÊ-LA, SEM SEGURANÇA E APOIO ISSO É MUITO DIFÍCIL.
Nunca é tarde para fazer nossa força se manifestar nas redes de solidariedade, com capacidade propositiva podendo gerar uma onda irresistível de mobilização feminina, que começa agora, e não terminará com fim do isolamento social, pelo contrário continuará mais forte.


Michelle Silvestre – Mulheres em Pauta.

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As Aulas Remotas no Município de Bezerros

Está programada para o dia 15 de junho o inicio das aulas no nosso Município. Na sexta-feira houve reunião onde gestores e coordenadores explicaram aos professores como dará o seu funcionamento, as escolas, estão organizadas com Plano de Ação que nortearão o trabalho de nós professores. A S.M.E criou um blog onde os educadores produzirão os vídeos.

No entanto, é possível observar a inquietação de muitos educadores com relação a essas aulas, tais como: os professores têm recursos para produzir as aulas remotas? O aluno tem condições de participar, tem recursos para isso? Tem espaço? Será que não vai colocar o professor em situação vexatória, constrangedora? Ainda vou mais além. Os alunos vão conseguir aprender com essas aulas? Ou podemos parafrasear esse momento como “eu finjo que ensino e você finge que aprende”.

O fato é que não podemos fugir dessa realidade. O país está passando por isso, e nós como profissionais da Educação, temos que nos moldar a esse novo modelo de ensino, onde, o principal instrumento é a tecnologia. Mas toda essa situação me leva a fazer uma reflexão que quero compartilhar com os queridos leitores. Será que essa nova metodologia de ensino ela é includente? Se as aulas remotas são mesmo includentes, então, onde aparecem os alunos com necessidades especiais? Eles deixaram de existir? Estão fora do sistema de ensino? Ou vão ficar para depois, depois e depois, porque nas escolas eles são acompanhados por cuidadores, mas e agora? Eles vão se virar sozinhos? Porque só os alunos das salas de AEE foram incluídos?

E se a S.M.E está pronta para auxiliar o professor e compreende todas essas dificuldades, por que então está impondo que o professor só possa realizar as aulas remotas no blog criado por ela, visto que vários professores já vinham realizando através de aplicativo de WhatsApp ou de outra ferramenta que acharam mais fácil para realização das aulas, e foram proibidos. Cadê a liberdade e o apoio ao professor?

Concluindo, aulas remotas chegaram para reafirmar que a Educação nunca será uma prioridade em nosso País, que o desenvolvimento do Saber não é interessante para as “Classes Dominantes” e que a tela fria de um computador tem mais serventia para os “dominadores” do que a oportunização do debate, da troca de idéias, da exposição de pensamentos, do construtivismo, das emoções, da empatia e do calor humano.

É tempo de silenciar?

É tempo de distanciamento social no processo educativo?

É tempo de exclusão?

Isso sim, é a verdadeira pandemia na Educação. Professores reflitam! É importante que escutemos, mas não perquemos a nossa voz. Que realizemos, sem permitir que nos usem. Que amemos, sem deixar que abusem do nosso coração. Que confiemos, mas não sejamos ingênuos.

Professora Elizângela.

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