Greve geral dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem poderá ser deflagrada
Em busca de maior valorização e contra a precarização das condições de trabalho, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem vinculados à rede estadual realizaram uma paralisação de 24h, nesta segunda-feira (09/12). Durante o ato, que ocorreu em frente à Secretaria de Administração, na Avenida Antônio de Goes, no Pina, os trabalhadores decidiram agendar uma assembleia geral, ainda este ano, para uma possível greve, após ouvir resposta insatisfatória do representante da pasta.
A suspensão das atividades, que ocorreu até às 00h00 desta terça (10) contou com efetivo de 50% dos profissionais nas urgências e emergências para garantir o funcionamento mínimo nas unidades hospitalares. A paralisação, organizada pelo Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (SATENPE) também foi aderida pelos profissionais que estão nas unidades do Agreste e do Sertão.
“Entre os motivos da paralisação estão a falta de isonomia salarial tendo em vista que o Estado possui quatro faixas distintas de remuneração. O salário-base da categoria é de R$774, inferior ao salário mínimo, o reajuste salarial que não acontece há mais de 10 anos, estruturas precárias nos hospitais e ausência de insumos básicos para o atendimento à população são outros problemas enfrentados”, detalhou o presidente do SATENPE, Francis Herbert.
Segundo ele, essa paralisação foi para sensibilizar o Governo de Pernambuco diante dessa realidade que, a cada dia, tem deixado o profissional de nível médio doente por falta de condições dignas de remuneração e de trabalho. “Os Auxiliares e Técnicos em Enfermagem são a porta de entrada nos hospitais. São eles que recebem toda a carga dos pacientes. Fomos recebidos pela Secretaria de Administração, mas não houve nenhuma negociação ou sensibilidade. A grande participação dos trabalhadores demonstrada tanto pela presença no ato quanto nos hospitais reflete a insatisfação crescente por tantos desmandos. Continuaremos mobilizados para a realização de uma assembleia geral e, assim, decidirmos sobre a construção da greve geral”, completou.
Apesar do Governo de Pernambuco afirmar em resposta à imprensa que está disposto ao diálogo e à negociação, ainda de acordo com Francis, a verdade é que os resultados até agora apresentados pela mesa de negociação permanente não levaram em consideração os péssimos salários pagos aos profissionais de nível médio da enfermagem. ”A paralisação de 24h na rede estadual é um dos sintomas da doença que o governo do PSB transmitiu aos profissionais de nível médio e, certamente, vai contagiar à população pernambucana com baixo nível da assistência à saúde”, concluiu. (Fonte: Blog do Mário Flávio)
Aliança pelo Brasil é lançado em Pernambuco
A primeira reunião do Aliança Pelo Brasil/PE, realizada no Hotel Jangadeiro, após mudança do local, aconteceu na noite desta segunda-feira (9), no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
Ao todo, cerca de 150 pessoas estiveram presentes no encontro, no qual foram apresentados aos líderes e apoiadores os objetivos da Sigla e as respectivas estratégias referente a coleta de assinaturas (meta de 5 mil e objetivo de 10 mil em Pernambuco) e sua regulamentação.
No mesmo ato, também foram falados das criações de “comitês” que servirão como pontos de apoio para a sociedade e equipes de captação das assinaturas: a expectativa é que haja várias unidades distribuídas nos principais municípios de Pernambuco.
Prefeitura cumpre acordo com MPPE, nomeia aprovados em concurso e lança novo edital para 1.270 cargos
Desde 2013 que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vem atuando na intenção de que os gestores municipais sanassem as irregularidades identificadas no provimento de cargos da Prefeitura Municipal de Goiana, seja na tentativa extrajudicial, na judicialização de ação civil pública, como, posteriormente, na assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Os atuais gestores municipais cumpriram o acordado com o MPPE, com a nomeação dos aprovados no concurso realizado no ano de 2010 e abertura de novo concurso público, no último dia 2 de dezembro, para preencher 1.270 vagas na Prefeitura de Goiana, em vários níveis de escolaridade.
Em 2010, a gestão realizou e nomeou vários aprovados. Na troca de gestão, as nomeações não avançaram e, após tentativas extrajudiciais, o MPPE ajuizou ação civil pública, em 2014, para a exoneração dos contratados temporariamente e a nomeação dos aprovados no concurso público de 2010 pela Prefeitura de Goiana, cujo prazo de validade estava em vigor por força de liminar judicial proferida na referida ação.
Em 2017, apesar da judicialização da demanda, o MPPE continuou na busca de uma solução consensual para a demanda e, com a mudança para a atual gestão municipal, fora firmado um TAC, em 2018, para que fosse criado um cronograma de nomeação dos restantes do concurso de 2010 (a validade se estendeu por força de liminar) e novo concurso fosse lançado, o que de fato aconteceu, com a publicação dos Editais nº 001/2019, nº 002/2019 e nº 003/2019.
Para a 1ª promotora de Justiça de Goiana, Patrícia Ramalho, essa construção coletiva, buscando uma solução no direito consensual, trouxe efetividade para assegurar direitos constitucionais, como a forma de ingresso no serviço público, com cumprimento de TAC pela Prefeitura de Goiana. “Houve algumas intercorrências no prazo de cumprimento total do acordo, também diante da inexistência de vagas para diversos cargos, que posteriormente foram criados, mas segue sendo cumprido, reafirmando que o direito consensual mostra-se importante também na área de proteção ao patrimônio público”, reforça a promotora de Justiça.
Segundo governo possibilidade de greve por parte dos caminhoneiros é quase remota
Conforme informações do porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, em coletiva de imprensa na manhã de ontem (9), o governo tem mantido uma dialogo com os caminhoneiros para o encaminhamento das demandas do setor.
Na semana passada, representantes do governo, empresários, sindicatos e federações de caminhoneiros se reuniram em Brasília para tratar de temas como o custo do frete. Foi a 35ª Reúnião do fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas (Fórum TRC). O Fórum TRC representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas, 1.584 sindicatos e 75 federações. O governo federal acredita que são pequenas as chances de uma nova greve nacional dos caminhoneiros, como a ocorrida em 2018.
A primeira ameaça de greve foi anunciada em novembro e voltou a ser cogitada por algumas lideranças. A decisão, porém, não está fechada na categoria. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) não a respalda, pois teria conotação política, na opinião de representantes de federações. A insatisfação com a burocracia e a demora do governo em solucionar as demandas, contudo, é comum a classes e seus comandos.
Da redação do Portal com informações da Agência Brasil