COLUNA FOGO CRUZADO – POR INALDO SAMPAIO

Campanha eleitoral está sendo utilizada por alguns candidatos para desinformar a população

A disputa eleitoral pelo Governo de Pernambuco e as duas vagas no Senado começa a descambar para a demagogia e a desinformação. Campanha é algo saudável nas democracias porque dão oportunidade aos eleitores de escolher livremente os seus governantes e os seus representantes no parlamento. Essa conquista custou muito caro aos brasileiros, que após o golpe militar de 64 só puderam eleger os seus governadores em 1982, os prefeitos de capitais em 1985 e o presidente da República em 1989. Então, por que não zelar por essas conquistas, utilizando a disputa democrática para dizer a verdade à população? A campanha de Paulo Câmara, por exemplo, acusa o candidato Armando Monteiro de ser favorável ao “trabalho escravo” por ele ter votado a favor da reforma trabalhista, algo reivindicado há muitos anos pelos empresários progressistas para atualizar a CLT que uma lei da década de 30. Evidente que é uma acusação mentirosa, sendo que os marqueteiros que puseram isto no ar esquecem que o deputado Jarbas Vasconcelos, candidato a senador na chapa de Câmara, votou do mesmíssimo jeito. Por outro lado, temos o senador Humberto Costa desinformando a população sobre a reforma previdenciária dizendo que ela porá fim às aposentadorias e pensões. Além de mentirosa a informação, é também impatriótica porque todos os candidatos a presidente sabem, inclusive Fernando Haddad, do mesmo partido de Humberto, que essa reforma tem que ser feita sob pena de o Brasil quebrar como ocorreu com Minas, Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul. Por último, temos o candidato a senador Bruno Araújo dizendo na televisão que se for eleito vai retirar os impostos que incidem sobre os medicamentos. É querer fazer o eleitor de idiota, a menos que estivesse disputando a Presidência da República.

O encontro das torcidas

Será domingo, e não amanhã como se divulgou nesta coluna, a passeata pró Bolsonaro, na Avenida Boa Viagem, nas imediações do Hospital da Aeronáutica. Na mesma hora (10h), em frente ao Edifício Acaiaca, o candidato a governador Maurício Rands (PROS) reunirá a sua militância para dizer a ela que esta eleição “está em aberto” e que ela irá para o 2º turno.

Em silêncio – No debate do SBT, anteontem à tarde, o candidato Álvaro Dias (Podemos) referiu-se ao PT diversas vezes como “organização criminosa” e não foi replicado nenhuma vez por seu opositor Fernando Haddad. No entendimento popular, “quem cala, consente”.

Ação reprovável – Denunciar, a 10 dias das eleições, PMs que trabalhavam na Casa Militar por suposto desvio de recursos que seriam aplicados nos municípios da Mata Sul castigados pelas cheias é tão condenável quanto indiciar a vereadora Marília Arraes (PT) por suposto crime de peculato. Não custava nada esperar passar a eleição, para evitar uso político desses fatos.

Velha guarda – Da chamada “velha guarda” do MDB, estão garantindo suas reeleições os senadores Renan Calheiros (AL) e Eunício Oliveira (CE), mas a de Romero Jucá (RR) ainda é uma incógnita. Ele é o 4º colocado, mas a diferença para os três primeiros é pequena.

A inversão – Pela 1º nesta campanha, Humberto Costa (PT) apareceu à frente de Jarbas Vasconcelos (MDB) na disputa por uma vaga no Senado, segundo o Ibope: 32% x 31%. Para o governo, Paulo Câmara tem 35%, mesmo percentual dos seis candidatos da oposição, juntos.

 Voto casado – Eleitores do PT que votam em Haddad em Pernambuco (32%, segundo o Ipespe) estão votando também em Humberto Costa. É o chamado “voto casado”. Isso não se deve à força do partido, que não tem nenhum deputado federal no Estado, e sim ao prestígio de Lula.

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NOVA PESQUISA DO IBOPE PARA O GOVERNO DO ESTADO

O Ibope divulgou agora há pouco a sua quarta rodada de pesquisas para governador de Pernambuco. O candidato à reeleição Paulo Câmara (PSB) cresceu dois pontos e chegou a 35% das intenções de voto, Armando Monteiro (PTB) também cresceu dois pontos e agora tem 27%. Apesar da oscilação positiva dos dois candidatos, a diferença entre ambos segue em oito pontos percentuais como apontou o levantamento da semana passada. Julio Lossio tem 3%, os demais candidatos aparecem abaixo deste percentual e somam 4%.

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DEFENSORIA ESTADUAL DECLARA APOIO A HENRIQUE QUEIROZ PRA FEDERAL

O bezerrense José Fabrício, Defensor Geral do Estado de Pernambuco,este no ato de apoio a candidatura do Henrique Queiroz para Federal. Os Defensores Públicos do Estado, junto com a Associação dos Defensores Públicos do Estado de Pernambuco, representanda pelo presidente Edmundo Siqueira Campos, ofereceram café da manhã para ratificar apoio a Henrique Queiroz em sua candidatura ao Congresso Nacional. O apoio se dá devido a atuação de Henrique como parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco, que trabalha e luta para defender as causas da Defensoria, refletindo diretamente na melhoria do atendimento para a população.

O evento, prestigiado por número expressivo de associados, contou com a presença da senhora Nair Andrade dos Santos, Conselheira Titular da OAB/PE, que em seu discurso agradeceu a Henrique Queiroz “que vem exercendo seu cargo legislativo e vem trabalhando pelo bem desta humanidade”. Também esteve presente o Defensor Geral do Estado e Presidente do Conselho Superior da Defensoria Pública, José Fabrício Silva de Lima, que novamente ratificou apoio a candidatura de Henrique Queiroz, afirmando que ele “é um defensor dos defensores públicos, por ter sua história comprometida com o Judiciário e o povo pernambucano”.

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FOGO CRUZADO -POR INALDO SAMPAIO

O Brasil vive um clima de ódio e intolerância que teve início do impeachment de Dilma

O Ibope divulgou ontem o resultado de uma nova pesquisa sobre a eleição presidencial. Em relação à pesquisa do último dia 24, o resultado não se alterou. Jair Bolsonaro (PSL) continua em 1º com 27% de intenções de voto, seguido por Fernando Haddad (PT) com 21%. Ambos oscilaram um ponto percentual para baixo, ao passo que Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado, oscilou um ponto para cima. Tinha 11% e agora tem 12%. Geraldo Alckmin (PSDB) parece que não tem jeito de chegar aos dois dígitos. Continua com os mesmos 8% da pesquisa anterior e Marina Silva permanece no seu processo inexorável de encolhimento, tendo oscilado de 5% para 6%. A taxa de rejeição a Bolsonaro caiu de 46% para 44%, e a de rejeição a Haddad de 30% para 27%. Os dois deverão se enfrentar no 2º turno. Mas é perda de tempo os institutos de pesquisa querer detectar, hoje, qual dos dois seria o vencedor, pois não se capta o resultado do 2º turno antes da realização do primeiro. Ademais, ainda faltam 10 dias para a data do pleito e até lá muita coisa poderá ocorrer, ou simplesmente não ocorrer nada. Em todo caso, não seria bom para o Brasil um 2º turno entre o PT e um candidato assumidamente fascista. O país está dividido entre lulistas e não lulistas, e num clima de ódio e intolerância que teve início no impeachment de Dilma e ainda foi totalmente superado. Bolsonaro ou Haddad na Presidência da República enfrentará uma oposição intransigente no Congresso como foi a do PSDB no governo Dilma. Para distensionar o país e pacificá-lo, o futuro presidente não precisa necessariamente ser Geraldo Alckmin, mas deverá pelo menos ter um perfil parecido com o dele.

Com uma cajadada só!

A política separou Jarbas (MDB) de Mendonça Filho (DEM), que passaram a se enfrentar não apenas no campo político, mas também pessoal. Anteontem, na Arcádia, o candidato a senador do DEM alvejou com uma só flecha Jarbas e Humberto Costa (PT). “Quero ser eleito para trabalhar por Pernambuco e não para ter uma aposentadoria ou para me livrar da Lava Jato”.

Pra ser feliz – Humberto Costa (PT) continua fazendo campanha no interior invocando o nome de Lula, que está preso em Curitiba. Anteontem, em Palmares, ele disse à multidão que o ouvia: “Queremos o Brasil de Lula de volta, para o povo ser feliz de novo”. Mas há controvérsias.

O desserviço – O senador tem conhecimento de que a reforma mais importante a ser feita hoje no Brasil é a da previdência, mas no intuito de ganhar votos e desinformar a população diz que o projeto ora em tramitação no Congresso “vai destruir as aposentadorias e pensões”. É mentira.

Por que faltou – Tadeu Alencar (PSB) informa que é o autor do projeto que incluiu o nome de Arraes no livro dos “Heróis da Pátria”. Mas não pôde comparecer à solenidade da sanção da Lei porque tinha “compromissos inadiáveis”. Se tivesse morrido um prefeito do grupo político do deputado, talvez ele adiasse esses “compromissos” para comparecer ao sepultamento.

À vitória – Luciano Bivar, candidato a deputado federal pelo PSL, marcou para o próximo sábado, às 9h, na Avenida Boa Viagem, próximo ao Hospital da Aeronáutica, a “carreata da vitória” do candidato Jair Bolsonaro. O PSL esperar elegerá 20 deputados nessas eleições.

Dois turnos – Sem Júlio Lossio (Rede) na disputa pelo governo estadual, a eleição deverá ser decidida no 1º turno, como aliás é da tradição de Pernambuco. Apenas em 2006, na 1ª eleição de Eduardo Campos, tivemos dois turnos. Se a Justiça não anular os votos dele, o 2º turno passa a ser possível.

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JARBAS SEM APOIO EM BEZERROS

O candidato ao senado, Jarbas Vasconcelos (PMDB), que lidera as pesquisas de intenções de votos em Pernambuco parece não ganhar a simpatia das lideranças no âmbito municipal. O prefeito Branquinho (PSB) e o seu grupo político declararam votos em Humberto Costa (PT) e Bruno Araújo (PSDB); já a ex-prefeita Bete (sem partido) e o ex-vereador e candidato a deputado estadual Neguinho de Israel (Avante) declararam apoio a Sílvio Costa (Avante). O vereador e candidato a estadual Gabeira (PP) vai de Bruno Araújo e Mendonça Filho, os mesmos candidatos ao senado de Lucielle Laurentino, que é candidata a deputada pelo DEM. Pelo menos nas redes sociais do candidato a deputado estadual Mikhail Gorbachiov (PCdoB) não é expresso o apoio a algum candidato ao senado.

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Fogo Cruzado -Por Inaldo Sampaio

Inaldo Sampaio

É assim que a Frente Popular homenageia Miguel Arraes?

Pode parece mentira, mas não é. Câmara e Senado aprovaram este ano, sem nenhum voto contra, o projeto que inscreve o nome de Miguel Arraes no Livro dos “Heróis da Pátria”, honraria a que tiveram direito até agora Dom Pedro I, Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Ana Néri, Joaquim Nabuco e Santos Dumont. O projeto foi de autoria da bancada federal do PSB como forma de homenagear o centenário de nascimento do ex-governador, que transcorreu em 2016. O relator do projeto na Comissão de Cultura da Câmara foi a deputada Luciana Santos, hoje candidata a vice-governadora na chapa da Frente Popular. O deputado Tadeu Alencar, contraparente do ex-governador, disse na ocasião que considera Miguel Arraes “o líder popular mais importante da história do Brasil”. Pois bem, a Lei foi sancionada ontem no Palácio do Planalto pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, então no exercício da Presidência da República. Estavam na solenidade a filha Ana Lúcia, ministra do TCU e o filho desta, Antonio Campos, além de outras autoridades como o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Nem sinal de Paulo Câmara, Luciana Santos, Tadeu Alencar, Geraldo Júlio, Sileno Guedes e outros próceres da Frente Popular que não se cansam de fazer uso da imagem e do nome do ex-governador em seus programas eleitorais. Ah, sim! Também estavam lá o publicitário Édson Barbosa, que atuou nas duas campanhas de Eduardo Campos e o ministro José Múcio Monteiro Filho, que apesar de ter sido derrotado por Arraes na eleição de 86 teve a grandeza de ir à solenidade para reverenciar a memória dele. São coisas difíceis de entender, mas acontecem.

Retrato do momento

Em que pese ainda encontrar-se em desvantagem no Ipespe em relação a Paulo Câmara (PSB), Armando Monteiro (PTB) disse ontem à sua militância que nunca esteve “tão animado” para ganhar esta eleição como está agora. Tem consciência de que seu guia eleitoral melhorou muito nos últimos 8 dias e de que acertou o “tom” do discurso em relação ao Governo do Estado.

O campeão – Se a eleição fosse hoje, o campeão de votos no Brasil para governador seria Camilo Santana (PT-CE, que, segundo o Ibope, teria 86% dos votos válidos. O candidato do senador Tasso Jereissati, General Teóphilo (PSDB), tem apenas 6% das intenções de voto.

Custo alto – Júlio Lossio, expulso da Rede mas ainda em campanha, tem informações de que Pernambuco gastou em 2017 cerca de R$ 1 bilhão apenas com vítimas de acidentes de moto. E que 43% desses acidentes ocorrem nos finais de semana, graças especialmente ao álcool.

Erro político – O senador e candidato à reeleição, Cristovam Buarque (PPS-DF), acha que seu partido cometeu um erro político ao se aliar ao PSDB para apoiar Geraldo Alckmin. Esse erro seria comparável ao do PSB de Pernambuco, que no 2º turno de 2014 apoiou Aécio Neves.

O novo PT – Como o brasileiro tem memória curta, Fernando Haddad já está sendo visto por representantes do setor financeiro com o homem que surgiu na hora certa para “renovar” o PT, depois que seus principais líderes, entre eles o ex-presidente Lula, foram parar na cadeia.

A neutralidade – Armando Monteiro (PTB) deu a entender ontem no debate da TV Jornal que não vai mais declarar apoio a nenhum candidato a presidente da República. Tem 4 partidos na sua coligação com “presidenciáveis” e se fizer opção por um deles pode perder votos.

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COLUNA FOGO CRUZADO – POR INALDO SAMPAIO

Jornalista Inaldo Sampaio

Silvio Costa acredita que sua lealdade a Lula e a Dilma será suficiente para elegê-lo

 Com raras exceções, os governadores eleitos em Pernambuco arrastaram consigo os dois senadores de suas chapas. Os exemplos mais conhecidos são os de 1986 (Arraes, Mansueto de Lavor e Antonio Farias), 2002 (Jarbas, Marco Maciel e Sérgio Guerra) e 2010 (Eduardo, Humberto Costa e Armando Monteiro). Hoje, como há uma disputa apertada pelo governo estadual entre Paulo Câmara e Armando Monteiro, a briga pelas duas vagas do Senado está embolada entre Jarbas Vasconcelos, Mendonça Filho e Humberto Costa. Jarbas se mantém até agora na primeira colocação, mas a distância entre ele e seus dois competidores é muito pequena. Significa que se o atual governador conseguir descolar do patamar em que se encontra, em direção aos quatro dígitos, pode puxar os dois senadores de sua chapa, que são Jarbas e Humberto Costa. Se, todavia, Armando Monteiro continuar na tendência de crescimento detectada pelo Datafolha na semana passada, tem boas chances de levar consigo pelo menos um candidato a senador, que é o deputado Mendonça Filho. Bruno Araújo só seria eleito por um milagre, dado que entrou tarde na campanha e faz um programa eleitoral burocrático, que nem o projeta do ponto de vista administrativo e muito menos político. O deputado Sílvio Costa é o quarto colocado em todas as pesquisas. Mas continua acreditando na vitória devido à sua lealdade aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff , o que talvez seja um equívoco.

Para não desanimar a tropa

A campanha para o Governo do Estado continua “fria” na maioria dos municípios porque os prefeitos da Frente Popular (que controlam 80% das prefeituras) nada receberam de Paulo Câmara em termos de ajuda financeira. Para tentar motivá-los e criar um “clima de vitória”, todos foram chamados para uma reunião, ontem à noite, na casa de eventos Rose Beltrão.

O engajamento – Velhos amigos de Eduardo Campos resolveram entrar na campanha de Antônio Campos (Podemos) para deputado estadual. Muitos gostariam de ajudá-lo, mas ficam com receio de desagradar ao PSB que controla o governo estadual e a prefeitura do Recife.

Na campanha – Júlio Lossio está tão convencido de que sua expulsão da Rede será anulada pela Justiça Eleitoral que continua fazendo campanha como se nada tivesse acontecido. O nome dele estará na urna eletrônica, assim como o de seus dois candidatos a senador.

O desânimo – É visível o desânimo dos tucanos de Pernambuco em relação à possibilidade de Geraldo Alckmin (PSDB) passar para o 2º turno da eleição presidencial. Ele talvez seja o “homem certo” na hora errada, pois também é palpável o enfraquecimento do PSDB em SP.

A herança – Há menos que ocorra um “tsunami”, o 2º turno será disputado por Haddad (PT) e Bolsonaro (PSL). O petista herdaria a maioria dos votos de Ciro (PDT), Marina (Rede) e Boulos (PSOL), e Bolsonaro os de Alckmin (PSDB), Meirelles (MDB) e Álvaro Dias (Podemos).

Gol contra – A tropa pernambucana de Bolsonaro (PSL), que promoveu uma marcha em favor dele domingo passado, em Boa Viagem, fez um gol contra. O “funk” ofensivo às “mulheres de esquerda” viralizou nas redes sociais e deve ter irritado profundamente o candidato do PSL.

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Pesquisa – Mendonça cresce e aparece tecnicamente empatado com Jarbas Vasconcelos

O instituto Time Big Data divulgou mais uma rodada de pesquisa para disputa pelo Senado. O novo cenário apontou um crescimento de Mendonça Filho (DEM) que agora chega a 30%. Jarbas Vasconcelos (MDB) chega aos 33%, Humberto Costa (PT), tem 26%, Bruno Araújo (PSDB) tem 14%, Silvio Costa (Avante) 11%, Pastor Jairinho (Rede) 4%, Adriana Rocha (Rede) 2%, Outros 2%. Indecisos Voto 1, 9%, Brancos/Nulos Voto 1, 15%, Indecisos Voto 2, 33%, Brancos/Nulos Voto 2, 21%.

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Nova pesquisa: Paulo 34%, Armando 30%

O Instituto Real Time Big Data divulgou a segunda rodada de pesquisas para governador e senador de Pernambuco. Foram 1.000 questionários entre os dias 21 e 22 de setembro e possui margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. O registro da pesquisa é: PE-03887/2018.

No cenário espontâneo para governador, Paulo Câmara (PSB) aparece com 22%, Armando Monteiro (PTB) 19%, Maurício Rands (PROS) 2%, Julio Lossio (Rede) 2% e Dani Portela (PSOL) 1%, Brancos e nulos 15% e indecisos 39%. Simone Fontana (PSTU) não pontuou.

Na pesquisa estimulada Paulo Câmara aparece com 34% das intenções de voto contra 30% de Armando Monteiro, Julio Lossio 5%, Maurício Rands 4%, Dani Portela 2%, Outros 1%, Brancos e nulos 15%, indecisos 9%.

No segundo turno Paulo Câmara teria 40% contra 38% de Armando Monteiro, brancos e nulos 17% e indecisos 5%.

No quesito rejeição Paulo Câmara teria 45%, Armando Monteiro 30%, Maurício Rands 19%, Julio Lossio 17%, Simone Fontana 17%, Dani Portela 17%, Ana Patricia Alves 15%.

Em instantes você acompanha as intenções de voto para o Senado Federal.

Blog Edmar Lira

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Fogo Cruzado -Por Inaldo Sampaio

Jarbas votou em Lula apenas uma vez, em 1989, no segundo turno, contra Collor de Mello

Eleitor de Alckmin nessas eleições, tal qual foi de FHC em 1994/1998, de José Serra em 2002, do próprio Alckmin em 2006, de Serra de novo em 2010 e de Aécio Neves em 2014, sempre contra candidatos do PT, Jarbas Vasconcelos deverá encerrar sua vida pública como aliado de Lula e do petismo, pois, do contrário não estaria defendendo o 13º para a Bolsa Família. Como senador entre 2007 e 2014, e como deputado federal entre 2015 e janeiro deste ano, foi um dos mais implacáveis críticos de Lula e do PT, mantendo uma coerência que se iniciou em 1994 quando Lula perdeu a eleição para FHC. Jarbas votou em Lula contra Collor, em 1989, mas apenas no 2º turno. No 1º votou em Ulysses Guimarães. Agora, por.ém, aos 76 anos de idade, aliou-se ao PT por injunções da política local. Não gosta da Câmara dos Deputados e sente saudade do Senado. E o único jeito que encontrou para ser senador foi se aliar ao PT, que por sua vez se aliou ao PSB para tentar renovar o mandato de Humberto Costa na chapa encabeçada por Paulo Câmara. Portanto, independente de ser eleito ou derrotado, Jarbas não tem mais idade para trocar de lado. Tem para trocar de partido. Caso vá para o Senado, como indicam as pesquisas, estará moralmente obrigado a se juntar à bancada petista. Mas, mesmo que não seja eleito, não tem mais como desvencilhar-se de Paulo Câmara e Humberto Costa, dado que seu rompimento com Mendonça Filho e Bruno Araújo está muito recente para cicatrizar.

Lossio pediu para ser expulso

Lossio disse que, em eleição, nenhum candidato rejeita votos, venham de onde vierem, no que tem razão. Ele foi procurado por bolsonaristas de Pernambuco, querendo oferecer-lhe apoio à sua eleição para governador, e de pronto aceitou a oferta. Porém, ao permitir que sua fotografia fosse impressa junto à de Bolsonaro, deu pretexto à direção da Rede para expulsá-lo.

A defesa – Lossio foi expulso pela Rede sem o “devido processo legal”, como exige a lei, mas será defendido na Justiça Eleitoral por sua prima (em segundo grau) Luciana Lossio, que é advogada em Brasília e já pertenceu aos quadros do TSE por indicação de Dilma Rousseff.

O campeão – Mais uma vez, o deputado Cleiton Collins (PP) está pintando como campeão de votos à Assembleia Legislativa. Ocupa um espaço privilegiado no tempo do PP com aval do presidente Eduardo da Fonte. Em Jaboatão, faz “corpo a corpo” contra Manoel Ferreira (PSC).

Cinco na luta – Arcoverde lançou cinco candidatos a deputado estadual: o deputado Eduíno Brito (PP), o ex-deputado Israel Guerra, a vereador Cybele Roa (PR), o ex-vereador Luciano Pacheco (PROS) e Régis Capoteiro. A prefeita Madalena Brito apoia Waldemar Borges (PSB).

O alvo – Convicto de que Haddad (PT) está no 2º turno, Alckmin se nega a admitir o mesmo em relação a Bolsonaro (PSL), que é o 1º nas pesquisas. Seus marqueteiros acham que o capitão ainda pode cair, explorando-se a defesa que ele fez da tortura e do fuzilamento de FHC.

Sem ninguém – A tendência de Armando Monteiro (PTB), hoje, é não declarar apoio a nenhum candidato a presidente. Alega-se que sem atrelamento a nenhum candidato, sua campanha vive um bom momento e qualquer opção que fizesse agora poderia contrariar alguns aliados.

Última visita – Haddad (PT) só virá agora a Pernambuco no 2º turno. Sua passagem pelo Estado neste final de semana (Recife, Caruaru e Petrolina) foi tida como “exitosa” por seus aliados, que recomendam agora dar “carga” em SP, onde Alckmin perde para Bolsonaro.

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FOGO CRUZADO -POR INALDO SAMPAIO

Por que indiciar a vereadora Marília Arraes faltando apenas 15 dias para a data das eleições?

Recentemente, ao determinar o relaxamento da prisão do ex-governador do Paraná, Beto Richa, o ministro Gilmar Mendes criticou a “falta de prudência” dos agentes públicos envolvidos na operação (membros do Ministério Público e do Poder Judiciário) pelo fato de o tucano ser candidato a senador nas próximas eleições. Como é sabido, prender um agente político que é candidato a senador a 30 dias da data do pleito significa destruí-lo do ponto de vista eleitoral. Por esse motivo, aliás, o Conselho Nacional do Ministério Público está apurando a conduta dos promotores que fizeram a denúncia, posto que há vedação para que isto aconteça durante o período eleitoral. Vimos esse filme em Pernambuco na campanha municipal de 2016. O então candidato do PDT à prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, Manoel Neco, era o franco favorito para vencer a eleição no segundo turno. Mas após ter sua casa invadida por agentes da Polícia Federal, cumprindo mandado de busca e apreensão, a partir do dia seguinte inviabilizou-se eleitoralmente e foi derrotado pelo atual prefeito Anderson Ferreira. A mesma “imprudência” criticada pelo ministro do STF aplica-se à delegada Patrícia Domingos, da Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) ao indiciar a vereadora recifense Marília Arraes, por peculato, supostamente por empregar servidores fantasmas em seu gabinete. A vereadora já desmentiu a acusação. Mas mesmo assim teve sua imagem arranhada pela notícia, dado que é candidata a deputada federal. Se essa investigação ainda está em curso, por que torná-la pública a 15 dias da eleição? É por essas e outras que é preciso apoiar a aprovação de uma Lei de Abuso de Autoridade, cujo projeto já tramita no Congresso, sob pena de a Polícia, o Ministério Público e o Judiciário se transformarem-se num “superpoder” acima dos outros.

Prejuízo eleitoral

O deputado André de Paula (PSD) perdeu o apoio do ex-prefeito de Vitória, Elias Lira (PSD), que agora está apoiando para a Câmara Federal o conterrâneo Paulo Roberto, seu ex-secretário de Cultura, Turismo e Esportes e dos maiores empreendedores do município. Por baixo, André perdeu com essa troca pelo menos 6 mil votos. Paulo Roberto é candidato pelo Patriota.

isputa – Quem também disputa uma cadeira na Câmara Federal pelo Patriota é o empresário olindense André Siqueira, filho do ex-vice-prefeito Arlindo Siqueira. Todos os dias ele faz caminhada no município no intuito de ter mais votos que o ex-prefeito Renildo Calheiros (PCdoB).

ignidade – Por solicitação da cúpula estadual do PSB, a ex-prefeita de Salgueiro, Creusa Pereira, está disputando um mandato de deputada estadual. Trata-se, simplesmente, de uma das mulheres mais dignas e mais honradas de Pernambuco. Foi prefeita do seu município três vezes e ninguém jamais lhe fez uma acusação no campo moral.

As vices – Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) foram felizes na escolha de seus vices, as senadoras Ana Amélia (PP) e Kátia Abreu (PDT), respectivamente. Esta última foi o melhor ministro da Agricultura que o Brasil já teve nos últimos 30 anos, apesar de ter ficado apenas dois anos no cargo durante o governo de Dilma Rousseff.

Time em campo – Haddad (PT) será recebido hoje em Petrolina pela tropa que apoia a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB): o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) e os deputados estaduais Odacy Amorim (PT) e Lucas Ramos (PSB). Todos têm muito prestígio no Sertão do São Francisco.

Discrição – Não poderia ter sido mais discreta a passagem de Geraldo Alckmin (PSDB) ontem pelo Recife. Ele foi recebido pelos deputados Bruno Araújo e Betinho Gomes, pelo prefeito Joaquim Neto (Gravatá) e pelos ex-governadores João Lyra Neto e Joaquim Francisco. Mas o PSDB de Pernambuco não marcou nenhum ato de rua até agora com a presença dele.

Nota 10 – O programa político de Geraldo Alckmin (PSDB) exibido na TV na última quinta-feira (20) associando Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) ao ex-presidente da Venezuela, Hugo Chavez, e à situação crítica em que se encontra aquele país, com o povo indo embora para outros lugares para não morrer de filme, foi uma das peças de marketing mais bem feitas que já se produziram no Brasil em campanhas eleitorais.

Novo rumo – O candidato Armando Monteiro (PTB) parece finalmente dar encontrado um rumo para sua campanha. O guia de ontem sobre a péssima situação em que se encontram as estradas de Pernambuco, inclusive a BR-232, foi talvez o melhor de sua campanha até agora.

A turma – Aparentemente estacionário nas pesquisas, Paulo Câmara (PSB) também vai mudar o tom de seus programas eleitorais. A ordem é massificar que Armando Monteiro (PTB) votou a favor da reforma trabalhista e que Mendonça Filho e Bruno Araújo (PSDB) são da “turma do Temer”. O assunto é velho, mas vá lá.

Blog do Inaldo Sampaio

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FOGO CRUZADO – POR INALDO SAMPAIO

Inaldo Sampaio

Pela última pesquisa do Datafolha, o cenário em Pernambuco é de uma eleição em dois turnos

A pesquisa do Datafolha divulgada ontem é indicativo de que teremos em Pernambuco grandes emoções nesses 16 dias que nos separam das eleições de 7 de outubro. Os dois principais candidatos a governador, Paulo Câmara e Armando Monteiro, chegaram à reta final da campanha tecnicamente empatados, o primeiro com 35% de intenções de voto e o segundo com 31%. Esses números por si só são empolgantes porque mostram uma tendência de acomodação do candidato do PSB e uma tendência de crescimento do candidato petebista. Isso na reta final da campanha mexe com os nervos dos marqueteiros porque, por trás dela, há uma conta fácil de ser feita: ganhará a eleição quem errar menos. Claro que o cenário ainda é de dois turnos, entre os dois candidatos que lideram as prévias, e que o segundo escrutínio é uma nova eleição. Mas mesmo numa eventual nova disputa é possível detectar com certa antecedência em que direção o vento vai soprar, se no da mudança (Armando) ou no da continuidade (Paulo). A partir de agora, o governador terá que rever o seu discurso, que já apresenta sinais de cansaço, dado que sua aliança com o PT já deu o que tinha que dar. Tem que inventar novo discurso até para manter os eleitores que já conquistou. Já o senador, se sua tendência for realmente de crescimento, não precisa rever nada e sim continuar com o mantra “se você não mudar, fica tudo como está”. Seja como for, qualquer erro cometido por um dos dois nesses próximos 15 dias pode ser fatal.

Infiltração na Rede

Julio Lossio, candidato da Rede a governador, chama de “fofoqueiros sem votos” os membros do partido que pediram sua expulsão por ter recebido apoio do mais notório “bolsonarista” de Pernambuco, coronel Luiz Meira, candidato a deputado federal pelo PRP. Lossio continua fechado com Marina e diz que seus delatores estão na Rede, mas a serviço do PSB.

Ato coletivo – Amanhã, a partir das 10h, o prefeito Izaías Régis (PTB) promoverá uma grande carreata em Garanhuns com presença de Armando Monteiro, Mendonça Filho e Bruno Araújo. Todos os prefeitos do Agreste Setentrional que não votam em Paulo Câmara foram convidados.

O empurrão – Paulo Câmara examina também com seus assessores fazer um grande ato político na área metropolitana para dar um “empurrão” em sua campanha nesta reta final. O palco poderá ser Paulista, dado o grande poder de mobilização do prefeito Júnior Matuto (PSB).

Em aberto – Mesmo com 2% de intenções de voto, Maurício Rands (PROS) tem convicção de que a eleição para o Governo do Estado “está em aberto”. Ele chama Paulo Câmara de “o mais do mesmo” e Armando Monteiro de porta-voz da “oposição conservadora” de Pernambuco.

Favoritos – O PSDB pode ganhar os governos de SP (João Doria) e MG (Antonio Anastasia), mas vai perder três que conquistou em 2014: PR, GO e PA. Já o DEM é favorito no RJ (Eduardo Paes) e em GO (Ronaldo Caiado), e o MDB em AL (Renan Filho) e PA (Hélder Barbalho).

Cabo eleitoral – Lula, preso, foi peça fundamental para impulsionar as campanhas dos três petistas que administram estados do Nordeste: Rui Costa (BA), Camilo Santana (CE) e Wellington Dias (PI). Todos estão liderando, com folga, as pesquisas de opinião.

Voto burro – Álvaro Dias, candidato do Podemos a presidente, chama de “burro” o chamado “voto útil”. Diz que o eleitor tem a opção de votar em branco em vez de escolher o “menos pior” para evitar o “péssimo”. Tem lógica.

Blog do Inaldo Sampaio

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Datafolha Senado: três tecnicamente empatados

Folha de S.Paulo

Na disputa ao Senado, Jarbas (MDB), Mendonça Filho (DEM) e Humberto Costa (PT) encabeçam as preferências do eleitor, com 36%, 31% e 30% das intenções de voto, respectivamente.

Em seguida, aparecem Bruno Araújo (PSDB), com 12%; Sílvio Costa (Avante), com 11%; Pastor Jairinho (Rede), com 6%; Adriana Rocha (Rede), com 3%; Hélio Cabral (PSTU) e Lidia Brunes (PROS), com 2%; e Eugênia (PSOL), Alex Rola (PCO) e Albanise Pires (PSOL), com 1%.

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Pesquisa Datafolha em Pernambuco: Paulo Câmara, 35%; Armando Monteiro, 31%

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (20) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto para o governo de Pernambuco:

Os candidatos Paulo Câmara e Armando Monteiro estão empatados tecnicamente.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”. É o terceiro levantamento Datafolha realizado depois da oficialização das candidaturas na Justiça Eleitoral.

No levantamento anterior, feito de 4 a 6 de setembro, os percentuais de intenção de votos eram os seguintes:

  • Paulo Câmara (PSB): 34%
  • Armando Monteiro (PTB): 25%
  • Julio Lossio (Rede): 2%
  • Maurício Rands (PROS): 2%
  • Ana Patrícia Alves (PCO): 1%
  • Simone Fontana (PSTU): 1%
  • Dani Portela (PSOL): 1%
  • Branco/nulo: 26%
  • Não sabe: 6%

Sobre a pesquisa desta quinta-feira, 20

  • Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos
  • Quem foi ouvido: 1.232 eleitores de 50 municípios de Pernambuco, com 16 anos ou mais
  • Quando a pesquisa foi feita: 18 e 19 de setembro
  • Registro no TSE: PE-09351/2018
  • O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro

Espontânea

Na modalidade espontânea da pesquisa Datafolha (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candidatos), o resultado foi o seguinte:

  • Paulo Câmara (PSB): 19%
  • Armando Monteiro (PTB): 13%
  • Outros: 10%
  • Branco/nulo/nenhum: 19%
  • Não sabe: 39%

Rejeição

A Datafolha também mediu a taxa de rejeição (o eleitor deve dizer em qual dos candidatos não votaria de jeito nenhum). Nesse item, os entrevistados puderam escolher mais de um nome, por isso, os resultados somam mais de 100%. Veja os índices:Simone Fontana (PSTU): 33%

  • Dani Portela (PSOL): 32%
  • Paulo Câmara (PSB): 31%
  • Julio Lossio (Rede): 31%
  • Ana Patrícia Alves (PCO): 30%
  • Maurício Rands (PROS): 29%
  • Armando Monteiro (PTB): 23%
  • Rejeita todos/não votaria em nenhum: 10%
  • Votaria em qualquer um/não rejeita nenhum: 1%
  • Não sabe: 9%

Simulações de segundo turno

• Paulo Câmara (PSB): 42% x 39% Armando Monteiro (PTB) (branco/nulo: 15%; não sabe: 4%)

A Datafolha também ouviu eleitores em Pernambuco a respeito da disputa para o Senado.

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Fogo Cruzado -Por Inaldo Sampaio

Dirceu não coenta nada de relevante em seu livro de memórias que comprometa Lula

Houve um governador em Pernambuco (Moura Cavalcanti) que costumava dizer que nos últimos 6 meses do seu mandato, até o cafezinho que era servido no Palácio das Princesas chegava à sua mesa frio. José Dirceu, espécie de 1º ministro da República no primeiro governo do presidente Lula, foi um dos homens mais poderosos do Brasil. Todas as decisões importantes do governo passavam por ele, incluindo nomeações para empresas estatais e indicações de ministros para tribunais superiores. Nessa época, os petistas brigavam para servir-lhe cafezinho quente. Por ironia da política, o ex-ministro da Casa Civil teve o nome envolvido no “mensalão”, que culminou com a cassação do seu mandato de deputado, e depois na “Lava Jato” que resultou em sua condenação a 30 anos de cadeia. Por tudo isso, poderia ter-se transformado num novo Palocci, que num gesto de oportunismo e canalhice resolveu delatar o ex-presidente, que o escolheu para ser seu ministro da Fazenda, quando poderia ter escolhido um dos economistas do partido (Palocci é médico). Lembra-se isto para dizer que José Dirceu esteve ontem no Recife a fim de lançar o 1º volume do seu livro de memórias. Nele, apenas mágoas do governo e do PT, contadas de forma superficial, mas nada de bombástico que arraste Lula para a roda. Na entrevista que deu anteontem, ficou a impressão de que recebeu com serenidade a pena a que foi condenado, e que espera, um dia, provar à Justiça a sua inocência. A maioria dos petistas que o bajulavam, sobretudo os que estão disputando as eleições deste ano, correm dele como o diabo da cruz, o que lembra o cafezinho frio de que falava o ex-governador.

Dilma para presidente?

Entrevistado anteontem no programa “Roda Viva Pernambuco”, Maurício Rands (PROS) contou que era líder da bancada do PT na Câmara quando circularam as primeiras informações de que Lula apresentaria Dilma como candidata a sua sucessão. Ficou tão escandalizado com a notícia que foi conferir a sua veracidade com os ministros Tarso Genro e José Eduardo Cardoso.

Sem preparo – Rands achava Dilma “despreparada” e “arrogante” e o tempo provou que tinha razão. Hoje, estranha que petistas como Humberto Costa falem mal apenas de Michel Temer, esquecendo que ele (Temer) foi o vice de Dilma e que foi Lula quem escolheu os dois.

A decência – Rands disse que voltou à vida pública “por idealismo” (renunciou ao mandato de deputado em 2012) a fim de mostrar às novas gerações que a política não tem só “canalhas”. E citou Roberto Magalhães como um dos “políticos mais decentes” que conheceu na Câmara.

Bolsa família – Jarbas (MDB) foi contra o “bolsa família” no passado e chegou a dizer à revista “Veja” que o considerava o “maior programa de compra de votos do mundo”. Hoje, reconciliado com o PT, diz que quer ser senador para ajudar Paulo Câmara a conseguir os recursos para pagar o 13º desse programa, que é uma de suas promessas de campanha.

A massificação – A ordem do “marketing” de Armando Monteiro (PTB) é massificar a frase “se a gente não mudar, fica tudo como está”, pois pesquisas qualitativas indicam que ela está sendo bem assimilada pelos eleitores, sobretudo do Recife e cidades da área metropolitana.

A expulsão – Ao se deixar fotografar ontem no Recife ao lado de um cartaz com um retrato de Jair Bolsonaro (PSL), Júlio Lossio pode ter dado pretexto à Rede de Marina Silva para expulsá-lo do partido. Anteontem, o PSB expulsou o prefeito de Chapecó (SC) pelo mesmo motivo.

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FOGO CRUZADO – POR INALDO SAMPAIO

Inaldo Sampaio

O pensamento de “direita” em Pernambuco sempre foi forte desde a fase anterior ao golpe de 64

Bolsonaro tem hoje em Pernambuco 17% das intenções de voto, segundo a última pesquisa do Ibope divulgada pela TV Globo. Ele perde apenas para Fernando Haddad, que tem 26% e ainda com chão para crescer, graças ao apoio do ex-presidente Lula. Isso significa que o PSL se equivocou ao não lançar o seu próprio candidato ao governo estadual. Provavelmente perderia, mas poderia eleger uma boa bancada de deputados federais e estaduais na esteira do “bolsonarismo”, que se manifesta forte em Pernambuco. Aqui, o pensamento de “direita” sempre foi forte desde o período que antecedeu o golpe militar de 64. Apenas os políticos identificados com esse pensamento tinham vergonha de se assumir como “de direita” para não serem apontados como co-responsáveis pela queda do governador Miguel Arraes, as prisões arbitrárias, as torturas e a supressão das liberdades que se seguiram àquele período. Agora, não. Quem é de “esquerda” se assume como tal, e quem é de “direita”, idem. E não há nada demais nisso, pois seria inadmissível que num país com 200 milhões de habitantes as concepções de mundo fossem as mesmas. Assim, o coronel PM Luiz Meira, se não tivesse sido impedido de disputar, poderia estar hoje com 5% ou 6% de intenções de voto, o suficiente para levar a disputa ao 2º turno e arrastar consigo pelo menos dois deputados federais e quatro estaduais.

Novo livro de Magalhães

Será lançado em meados de outubro o novo livro de Roberto Magalhães intitulado “Lições do passado e desafios do século XXI”. Ele externa suas impressões sobre parte da história do Brasil, e de Pernambuco, em particular, exaltando todos os nossos mártires. E conclui: “Nós, brasileiros, devemos nos envergonhar do Brasil de hoje, e nos orgulhar do Brasil do passado”.

Bom debate – O debate entre Paulo Câmara (PSB), Armando Monteiro (PTB), Maurício Rands (PROS) e Dani Portela (PSOL) promovido ontem pela Rádio Liberdade (Caruaru) teve grande audiência no Agreste porque foi transmitido por um “pool” de emissoras daquela região.

A desgraça – Do advogado Paulo Henrique Maciel, defensor de presos políticos durante o regime militar: “A pior desgraça que há na política brasileira, hoje, é esse Jair Bolsonaro, que teve a insensatez de fazer elogios ao general Carlos Alberto Brilhante Ustra, o único torturador brasileiro reconhecido pela Justiça”.

Com tudo – A tropa de Paulo Câmara (PSB) começa a ocupar, a partir de hoje, todas as cidades da área metropolitana para tentar evitar um 2º turno entre ele e Armando Monteiro (PTB). É voz corrente na Frente Popular que se Paulo não vencer no 1º, pode se complicar no segundo.

De volta – Se as pesquisas estiveram certas, Renan Calheiros (AL) e Eunício Oliveira (CE) estarão de volta ao Senado a partir de fevereiro, assim como Jarbas Vasconcelos (PE). Quem não está muito bem em Roraima é Romero Jucá (3º colocado). Todos pertencem ao MDB.

Aviso prévio – Por equívoco, a coluna informou ontem que os candidatos a senador do prefeito do Cabo, Lula Cabral, eram Jarbas Vasconcelos e Bruno Araújo (PSDB). Na verdade, são Bruno e Humberto Costa (PT). Lula avisou previamente ao governador que não apoiaria Jarbas.]

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Fogo Cruzado – Por Inaldo Sampaio

Inaldo Sampaio

Lula Cabral e Júnior Matuto, ambos do PSB, não estão apoiando o senador Humberto Costa

A assessoria de Mendonça Filho calcula que 70 prefeitos da Frente Popular o estão apoiando para senador, porém essas contas devem ser vistas com reservas. O apoio da maioria deles é apenas da boca para fora, pois nada fizeram até agora para traduzir esse apoio em votos. Um desses prefeitos é o de São José do Egito, Evandro Valadares, filiado ao PSB. Dia 27 do mês passado, ele e outros 13 prefeitos da Frente Popular almoçaram com Mendonça, no Recife, a pretexto de declarar-lhe apoio. Muito bem. Sábado passado, ele recebeu em sua cidade o governador Paulo Câmara e seus candidatos a senador Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa. Reuniu seus aliados num clube e se deixou fotografar com a chapa completa. Dia seguinte, após a divulgação de que havia abandonado Mendonça, ele gravou um vídeo declarando apoio “ao meu amigo particular Mendonça Filho”. Dá para acreditar em políticos assim? Apoio de verdade é o do prefeito do Cabo, Lula Cabral (PSB), a Bruno Araújo e a Jarbas Vasconcelos. Lula fez domingo uma carreata gigante e avisou previamente à Frente Popular: “Não tragam o senador Humberto Costa”. O mesmo fez o prefeito de Paulista, Júnior Matuto, sexta-feira da semana passada. Ele reuniu cerca de 500 pessoas no Hotel Amoaras (entre secretários, secretários adjuntos, diretores de empresas, vereadores e suplentes) para apresentar Mendonça como um de seus candidatos (o outro é Jarbas). E, num inflamado discurso, declarou: “Esta aqui é a minha tropa, Mendonça! E quem não estiver com você não está comigo”. Mendonça, às lágrimas, agradeceu o apoio com essas palavras: “Júnior, você sempre foi um cara muito correto comigo. Uma coisa é ter apoio, outra é vestir a camisa como você está fazendo. Nunca vou esquecer o seu gesto”. Como Valadares existem muitos, e como Matuto há muito poucos. E o próprio Mendonça deve saber disto.

Segunda tentativa

Fernando Monteiro (PP) candidatou-se a deputado federal em 2014, ficou na 2ª suplência mas assumiu devido à convocação de 4 deputados para o secretariado de Paulo Câmara. Agora, tem o apoio de prefeitos que não tinha: Botafogo (Carpina), Humberto Mendes (Santa Maria da Boa Vista), Chico Siqueira (Ipubi), Arquimedes Valença (Buíque), Rafael Cavalcanti (Afrânio) e Tato (Itamaracá).

O trato – Bruno Pereira (PTB), prefeito de São Lourenço, vai votar em Guilherme Uchoa Júnior (PSC) para deputado estadual. O compromisso era com o pai mas devido à morte dele no último mês de julho resolveu votar no filho. O federal é do seu partido: Zeca Cavalcanti.

A arrancada – Candidata a deputada estadual pelo PP, a vereadora Aline Mariano acha que consolidou sua vitória após o apoio do prefeito de sua terra (Afogados da Ingazeira), José Patriota (PSB), que é também presidente da Amupe, que leva consigo 9 dos 11 vereadores.

Adesão – Impedido de disputar o governo estadual pelo PRP, o coronel Luiz Meira fará amanhã um almoço adesão a sua candidatura de deputado federal no Spettus do Derby. À noite, o advogado Antônio Campos (Podemos) fará um jantar de adesão no Manny Deck Bar (Olinda).

A batalha – Paulo Câmara (PSB) e Armando Monteiro (PTB) estão cientes de que a batalha pelo governo estadual será travada na RMR, que tem 3 milhões de eleitores. O governador insistirá na tese da “continuidade” e o senador no “se você não mudar, fica tudo como está”.

Alie-se! – Vera Magalhães, comentarista da Rádio Jovem Pan (SP), inclui Jarbas Vasconcelos (MDB) na categoria dos políticos que seguem esta máxima: “Quando você não pode vencer um adversário, junte-se a ele!”. Jarbas aliou-se a Eduardo Campos em 2014, e a Lula em 2018.

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FOGO CRUZADO POR INALDO SAMPAIO

Maioria dos aliados de Armando Monteiro defende o apoio ao candidato Ciro Gomes

Pressionado por correligionários para definir logo quem será o seu candidato a presidente da República, o senador e candidato petebista ao governo estadual, Armando Monteiro, pediu mais uma semana de prazo para refletir. Como ele descarta apoio a Fernando Haddad, a Marina Silva e a Jair Bolsonaro, concluiu-se que está entre duas opções do seu campo político: Geraldo Alckmin e Ciro Gomes. Alckmin lhe criaria menos problemas na sua coligação, pois já é o candidato dos seus senadores Mendonça Filho e Bruno Araújo, da prefeita Raquel Lyra e dos ex-governadores João Lyra Neto, Joaquim Francisco, Roberto Magalhães e Gustavo Krause. Mas é também o candidato de Jarbas Vasconcelos e do vice-governador Raul Henry e isso certamente geraria confusão na cabeça de muitos eleitores. Ciro Gomes, o candidato preferido pela maioria dos “armandistas”, também seria uma solução de natureza heterodoxa, pois o PDT está na coligação de outro candidato a governador, que é o ex-deputado Maurício Rands. Em todo caso, o candidato petebista terá que fazer opção por um dos dois, e qualquer que seja a sua escolha lhe trará algum tipo de desconforto. Alckmin é o candidato do equilíbrio, da ponderação, da serenidade. Mas o PSDB nunca foi bem visto em Pernambuco e parece estar meio saturado em São Paulo, onde sempre teve o seu maior reduto. Já Ciro nasceu no Nordeste e tem a vantagem de ser o candidato preferido pela maioria dos petebistas. Adiar este anúncio por mais uma semana poderá deixá-lo sem nenhuma repercussão nos meios políticos.

Passeata sem Jarbas

O prefeito do Cabo, Lula Cabral (PSB), arrastou milhares de pessoas ontem numa caminhada que teve a presença de Paulo Câmara (PSB) e Humberto Costa (PT), e de sua filha, Fabíola Cabral (PP), que disputa uma cadeira na Assembleia Legislativa. Jarbas Vasconcelos (MDB) não participou do evento porque o segundo senador do prefeito é Bruno Araújo (PSDB).

Em Olinda – Após participar, em Olinda, da inauguração do comitê de Antônio Campos, candidato a deputado estadual pelo Podemos, Armando Monteiro (PTB) voltou lá ontem para fazer uma caminhada ao lado de Izabel Urquiza (PSC), também candidata a estadual.

Sem agenda – Se depender dos seus assessores, Alckmin (PSDB) não virá mais nenhuma vez ao Nordeste até o final do primeiro turno. A “energia” que ele gastaria aqui, com pouca chance de crescer, prefere gastar no Sul e no Sudeste, onde continua perdendo para Bolsonaro (PSL).

É cedo – Cid Gomes, irmão de Ciro, ex-governador do Ceará e candidato ao senador pelo PDT com mais de 60% de intenções de voto no Ibope, estava com viagem marcada sábado ao Recife para conversar com Armando Monteiro. Mas o senador pediu que o encontro fosse adiado.

O equívoco – Um grande empresário de Pernambuco, amigo de Mendonça e de Jarbas, chegou a dizer que era capaz de apostar a própria vida como o primeiro não enfrentaria o segundo na disputa pelo Senado. Mendonça não só está enfrentando, como batendo forte no ex-aliado.

O poste – Fernando Haddad, que deve vir a Pernambuco na próxima semana, é o melhor quadro de que o PT dispunha para concorrer ao Planalto: ex-ministro da educação, ex-prefeito de São Paulo e professor da USP. Agora, só apresentar-se como “candidato de Lula” é muito pouco. É preciso dizer a que veio, e que não será um “poste” como Dilma foi.

Maioria dos aliados de Armando Monteiro defende o apoio ao candidato Ciro Gomes

Pressionado por correligionários para definir logo quem será o seu candidato a presidente da República, o senador e candidato petebista ao governo estadual, Armando Monteiro, pediu mais uma semana de prazo para refletir. Como ele descarta apoio a Fernando Haddad, a Marina Silva e a Jair Bolsonaro, concluiu-se que está entre duas opções do seu campo político: Geraldo Alckmin e Ciro Gomes. Alckmin lhe criaria menos problemas na sua coligação, pois já é o candidato dos seus senadores Mendonça Filho e Bruno Araújo, da prefeita Raquel Lyra e dos ex-governadores João Lyra Neto, Joaquim Francisco, Roberto Magalhães e Gustavo Krause. Mas é também o candidato de Jarbas Vasconcelos e do vice-governador Raul Henry e isso certamente geraria confusão na cabeça de muitos eleitores. Ciro Gomes, o candidato preferido pela maioria dos “armandistas”, também seria uma solução de natureza heterodoxa, pois o PDT está na coligação de outro candidato a governador, que é o ex-deputado Maurício Rands. Em todo caso, o candidato petebista terá que fazer opção por um dos dois, e qualquer que seja a sua escolha lhe trará algum tipo de desconforto. Alckmin é o candidato do equilíbrio, da ponderação, da serenidade. Mas o PSDB nunca foi bem visto em Pernambuco e parece estar meio saturado em São Paulo, onde sempre teve o seu maior reduto. Já Ciro nasceu no Nordeste e tem a vantagem de ser o candidato preferido pela maioria dos petebistas. Adiar este anúncio por mais uma semana poderá deixá-lo sem nenhuma repercussão nos meios políticos.

Passeata sem Jarbas

O prefeito do Cabo, Lula Cabral (PSB), arrastou milhares de pessoas ontem numa caminhada que teve a presença de Paulo Câmara (PSB) e Humberto Costa (PT), e de sua filha, Fabíola Cabral (PP), que disputa uma cadeira na Assembleia Legislativa. Jarbas Vasconcelos (MDB) não participou do evento porque o segundo senador do prefeito é Bruno Araújo (PSDB).

Em Olinda – Após participar, em Olinda, da inauguração do comitê de Antônio Campos, candidato a deputado estadual pelo Podemos, Armando Monteiro (PTB) voltou lá ontem para fazer uma caminhada ao lado de Izabel Urquiza (PSC), também candidata a estadual.

Sem agenda – Se depender dos seus assessores, Alckmin (PSDB) não virá mais nenhuma vez ao Nordeste até o final do primeiro turno. A “energia” que ele gastaria aqui, com pouca chance de crescer, prefere gastar no Sul e no Sudeste, onde continua perdendo para Bolsonaro (PSL).

É cedo – Cid Gomes, irmão de Ciro, ex-governador do Ceará e candidato ao senador pelo PDT com mais de 60% de intenções de voto no Ibope, estava com viagem marcada sábado ao Recife para conversar com Armando Monteiro. Mas o senador pediu que o encontro fosse adiado.

O equívoco – Um grande empresário de Pernambuco, amigo de Mendonça e de Jarbas, chegou a dizer que era capaz de apostar a própria vida como o primeiro não enfrentaria o segundo na disputa pelo Senado. Mendonça não só está enfrentando, como batendo forte no ex-aliado.

O poste – Fernando Haddad, que deve vir a Pernambuco na próxima semana, é o melhor quadro de que o PT dispunha para concorrer ao Planalto: ex-ministro da educação, ex-prefeito de São Paulo e professor da USP. Agora, só apresentar-se como “candidato de Lula” é muito pouco. É preciso dizer a que veio, e que não será um “poste” como Dilma foi.

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Coluna Fogo Cruzado – por Inaldo Sampaio

Prefeito de Paulista deixa Humberto Costa de lado e marcha com Mendonça Filho

A assessoria de Mendonça Filho está divulgando que ele já tem o apoio de mais de 50 prefeitos da Frente Popular. É o chamado “apoio da gratidão”, pois quando ele estava à frente do Ministério da Educação arranjou recursos para todos os prefeitos que o procuraram, fossem do governo ou da oposição. No entanto, a maioria desses prefeitos o apoiam apenas formalmente, como é o caso do de São José do Egito, Evandro Valadares (PSB). Declarou apoio ao ex-ministro, participou de um almoço com ele, no Recife, mas não moveu uma palha até agora no sentido de mandá-lo para o Senado. Quem está apoiando de verdade faz como o prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), que reuniu ontem no auditório do Hotel Amoaras, em Maria Farinha, todos os seus secretários, diretores, dirigentes de empresas, etc, para fazer uma determinação: “Quem não estiver com Mendonça, não está comigo”. E pediu a todos para, a partir de ontem, vestirem a camisa do candidato, indo às ruas pedir votos para ele. Isto, sim, é que é apoio de verdade. Só dizer que estar apoiando sem fazer uma reunião com seus liderados para apresentar o candidato é apenas um apoio de faz de conta.

Cadê a UPA?

Durante sua passagem, hoje, por São José do Egito, o governador Paulo Câmara será cobrado pela promessa feita, e não cumprida até agora, de construir uma UPA no município. Muitas UPAs foram prometidas, e construídas, mas algumas delas permanecem fechadas por falta de recursos para o seu funcionamento.

A diferença – O candidato da Rede ao governo estadual, Júlio Lossio, diz em seus discursos pelo interior que prometer hospitais é fácil e que difícil é mantê-los. “Com 40 milhões de constrói um hospital de tamanho médio, mas isso é o que se gasta para mantê-lo durante 1 ano”.

As mulheres – Bolsonaro (PSL) continua liderando as intenções de voto para presidente da República mas só vencerá a eleição no segundo turno se conseguir reduzir sua taxa de rejeição pelo eleitorado feminino, que é enorme.

A reeleição – Eriberto Medeiros (PP), presidente da Assembleia Legislativa, desistiu da eleição para deputado federal porque achou mais cômodo permanecer na Casa de Joaquim Nabuco. Se for reeleito, já partirá forte para disputar de novo a presidência da Alepe.

 Segundo turno – Se Fernando Haddad (PT) chegar a 20% das intenções de voto no final deste mês, irá disputar o segundo turno com Bolsonaro (PSL) e terá o apoio de Ciro Gomes (PDT).

Tio e sobrinha – Fabíola Cabral (PP), filha do prefeito do Cabo, Lula Cabral e candidata a deputada estadual, é sobrinha do deputado e candidato à reeleição Everaldo Cabral (PP).

Litoral norte – Este ano, o litoral norte conta com dois candidatos a deputado federal: Severino Ninho (PSB) e Flávio Barros (PSB). Este último é vereador em Paulista mas não tem o apoio do prefeito Júnior Matuto (PSB), que apoia João Campos (PSB).

É fraquinha – Cada vez que Marina Silva (Rede) dá entrevista, perde votos em sua campanha presidencial. Ela só diz o óbvio e embora tenha deixado o discurso ambientalista em plano secundário, “entende” tanto de economia como Bolsonaro.

De carro – Como diz o poeta Diomedes Mariano, seria bom que o governador Paulo Câmara fosse hoje, de carro, para o sertão do Pajeú. Gastaria pelo menos 1h30 para andar na buraqueira da estrada que liga Sertânia a Tuparetama, mas pelo menos veria com os próprios olhos o estado de degradação em que a rodovia se encontra.

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