Por: Jefferson David dos Santos
Moradores do distrito de Sapucarana pertencente ao município de Bezerros – PE, estão em pânico com a mais nova doença expressa na comunidade – a leishmaniose. A atenção para a doença mobilizou o estado após ser confirmado que a morte de uma mulher da comunidade se deu pela doença leishmaniose visceral.
Segundo o site da Agência Fiocruz de Notícias:
“O que é a doença?”
“As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae. De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral (ou calazar), que ataca órgãos internos.”
A IV GERES (Secretaria de Saúde do Estado) foi até o distrito de Sapucarana (que se situa na zona rural de Bezerros)para realizar exames, constatou-se que em um sítio: metades dos cachorros estavam contaminadas pela doença da leishmaniose e que mais duas pessoas já havia contraído a doença. Esses dados foram proferidos na palestra realizada pelo mesmo órgão na quinta feira dia 18/06/2015 na Escola Municipal Intermediária Rufina Borba do distrito de Sapucarana.
Ainda de acordo com o site da Agência Fiocruz de Notícias:
“A leishmânia é transmitida ao homem (e também a outras espécies de mamíferos) por insetos vetores ou transmissores, conhecidos como flebotomíneos. A transmissão acontece quando uma fêmea infectada de flebotomíneo passa o protozoário a uma vítima sem a infecção, enquanto se alimenta de seu sangue. Tais vítimas, além do homem, são vários mamíferos silvestres (como a preguiça, o gambá, roedores, canídeos) e domésticos (cão, cavalo etc.).”
Vale salientar que a leishmaniose não é uma doença que pode ser transmitida pelo contato ou presença de seres que a tem com outros seres vivos, ou seja, não é uma doença contagiosa. A transmissão da doença se dá pelo vetor transmissor, como ressaltou a Fiocruz. Ainda de acordo com a IV GERES, estes relataram que os cachorros que foram identificados como portadores da doença terão que ser sacrificados e que essa é a única maneira de se iniciar o combate à doença.
Os sintomas da doença se expressam da seguinte forma segundo a Fiocruz:
“[…] As leishmanioses tegumentares causam lesões na pele, mais comumente ulcerações e, em casos mais graves (leishmaniose mucosa), atacam as mucosas do nariz e da boca. Já a leishmaniose visceral, como o próprio nome indica, afeta as vísceras (ou órgãos internos), sobretudo fígado, baço, gânglios linfáticos e medula óssea, podendo levar à morte quando não tratada. Os sintomas incluem febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço, hemorragias e imunodeficiência.”
Não há vacina contra a leishmaniose humanas. As medidas mais utilizadas para o combate da enfermidade se baseiam no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde.
Enquanto isso, a comunidade está totalmente assombrada com tantos focos dessa doença no distrito. Para se ter uma ideia, hoje, sexta-feira, não teve aula na Escola Municipal Intermidiária Rufina Borba, para que a escola fosse pulverizada. A IV GERES informou durante a palestra dada na escola, que está agindo para combater o surto da doença em Sapucarana. O tema também está sendo alvo de debates nas postagens de facebook por alguns moradores da comunidade e páginas de facebook com nomes do distrito. É possível observar que em algumas falas unânimes que as pessoas querem uma ação mais rigorosa no combate ao mosquito, cobram principalmente também ação dos parlamentares, de funcionários da saúde e escola, numa ação conjunta.
Referência
AGÊNCIA FIOCRUZ DE NOTÍCIAS. Leishmaniose. Saúde e Ciências para Todos. Disponível em: http://www.agencia.fiocruz.br/leishmaniose, acesso em: 19/06/2015 as 11:00.