Mês: abril 2015

“Conhecer o universo da dança popular brasileira com uma linguagem armorial e contemporânea”. Este foi o objetivo do Workshop sobre “Dança Brasílica” promovido pelo Papanguarte, no último final de semana, para os integrantes do balé. O evento aconteceu na escola Getúlio Vargas, localizada na praça do Tamarindos, em Bezerros. A atividade foi ministrada pelo mestre Pedro Pernambuco, coreógrafo, professor de dança popular, bailarino e integrante do balé popular do Recife, com larga experiência nacional e internacional  na área. Nos dois dias de encontro,  os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a história e o pé-de-dança de alguns folguedos do universo pernambucano, dentre eles: maracatu, caboclinhos e o frevo.

O encontro serviu, também, para reciclar os integrantes em relação ao nível de conhecimento sobre os folguedos e aprimoramento na forma de dançar. Para Pedro Pernambuco, o encontro foi muito positivo, porque deu para observar o quanto o grupo cresceu em relação à forma de dançar, expressar e valorizar a cultura pernambucana.” Foram 16 anos fora do país, mas sempre estudando e conhecendo o que de novo estava sendo feito no Brasil e acompanhei o Papanguarte neste período através de notícias enviadas pelo Face e pelo meu coreógrafo”. É muito bom ver um grupo crescer e se tornar referência nesta área. Fico feliz porque Carlos foi o meu mestre na área de teatro e um “irmão” que tenho e que deu continuidade a todo este processo na divulgação da dança brasílica  e que vem alcançando grandes méritos nesta área, finalizou Pedro”. Para o coreógrafo e fundador do grupo, Carlos Marques,” trazer o Pedro Pernambuco de volta a Bezerros é muito gratificante porque é resgatar este trabalho que iniciei em 1996 com o apoio dele e mostrar o quanto o grupo vem se aperfeiçoando e conquistando novos horizontes no cenário da dança popular pernambucana e brasileira”. Para a bailarina Maria Silvani, mais conhecida por Kika, “a oficina foi muito gratificante porque aprendi detalhes e conhecimentos dos  folguedos estudados e que servirão para aplicar junto as minhas alunas. Já para Edmilson Leite, o workshop não trouxe somente novidades mas informações significativas na forma de dançar e se expressar.

No final do encontro, o arte-educador Carlos Marques, agradeceu  em nome de todos do grupo e também da prefeitura de Bezerros pelo brilhante trabalho e parabenizou o mestre pela grande contribuição e o carinho que tem pelo Papanguarte.

A partir desta quarta feira, dia 15 de abril de 2015, A Associação dos Artesãos de Bezerros, (AAB) estará oferecendo a seus associados, em parceira com o SEBRAE, oficinas de aperfeiçoamento para artesãos que trabalham na arte de confeccionar bonequinhas de pano e designer para melhorias de qualidade nos produtos, máscaras de papangus e brinquedos de madeira. O SEBRAE enviará o instrutor de designer enquanto a própria associação oportunizará a uma dos suas associadas, Luciene Correia, ser a oficineira de mascaras e brinquedos.
A Associação dos Artesãos de Bezerros (AAB), conta atualmente com 55 associados e periodicamente realiza diversas oficinas para os artesãos, e nestas oficinas que começam amanhã, deverá contar com as participações de pelo menos 30 artesãos, sendo 15 para a oficina de bonequinhas de pano e outros 15 para mascaras de papangus e brinquedos em madeira, conforme nos informou o Sr José Pedro Soares, presidente da AAB.

Uma das principais obras do autor uruguaio, As palavras andantes, tem uma relação especial com o Estado. Ao conhecer o trabalho do xilogravurista J. Borges, em uma exposição no Rio de Janeiro, Galeano se encantou com a habilidade e sensibilidade do cordelista de Bezerros. Na abertura do livro, Galeano descreve o ambiente que viu em Bezerros: “O ar cheira a tinta, cheira a madeira. As pranchas de madeira, em pilhas altas, esperam que Borges as talhe, enquanto as gravuras frescas, recém-impressas, secam dependuradas no arame de um varal. Com sua cara talhada em madeira, Borges me olha sem dizer nada. Continue lendo aqui

Bezerros ficou órfão de mais um talentoso filho, que partiu deixando um importante legado no cenário artístico local. José Antônio de Oliveira, ou o Zito de Jeremias, como era popularmente chamado, morreu aos 66 anos de vida, e deixa uma história na defesa da cultura e da arte. O artista foi o responsável pelas memoráveis  decorações luminosas das praças e da igreja matriz de São José. Quem não aguardava o final de ano em Bezerros para ver o jogo de luzes na fachada da bicentenária Igreja Matriz? Mas Zito não fazia arte apenas com a eletricidade, ele foi um grande motivador da cultura do papangu, exibindo idéias de máscaras de papel machê e tela, além das decorativas. Era uma homem discreto, preferia o anonimato e, talvez por isso,  recusava várias propostas para exibir seu talento lá fora. Zito de Jeremias também era funcionário público, serviu por mais de 30 anos a Câmara de Vereadores de Bezerros.

Ele faleceu na última sexta-feira e teve o corpo velado na Câmara de Vereadores. O sepultamento aconteceu no sábado, onde familiares, amigos e admiradores puderam prestar as últimas homenagens. Fica aqui o nosso registro.