Uma das principais obras do autor uruguaio, As palavras andantes, tem uma relação especial com o Estado. Ao conhecer o trabalho do xilogravurista J. Borges, em uma exposição no Rio de Janeiro, Galeano se encantou com a habilidade e sensibilidade do cordelista de Bezerros. Na abertura do livro, Galeano descreve o ambiente que viu em Bezerros: “O ar cheira a tinta, cheira a madeira. As pranchas de madeira, em pilhas altas, esperam que Borges as talhe, enquanto as gravuras frescas, recém-impressas, secam dependuradas no arame de um varal. Com sua cara talhada em madeira, Borges me olha sem dizer nada. Continue lendo aqui