Qual é o sentido da vida?

Muitas vezes me peguei questionando o sentido da vida… quem nunca? Algumas reflexões que costumo fazer: haverá vida consciente após a morte? Lembraremos de quem fomos? Voltaremos a essa existência? Por que estamos aqui? De onde viemos e para onde vamos?

Muitas religiões abordam esses pontos. Algumas respondem essas questões mais detalhadamente, outras nem tanto e ainda, aquelas que simplificam dizendo: tudo é um mistério.
Deixarei meu ponto de vista religioso de lado, para trabalhar o que temos certeza e sabemos o que acontece aqui e agora: a vida!

Numa das minhas “sessões” de ansiedade e questionamentos existenciais percebi o quão egoísta e ingrato tenho sido no decorrer da minha vida. Sim, tenho sido extremamente egoísta por não perceber que o fato de existir já é o bastante. Se a gente encara a não existência depois da morte, e acha isso injusto, por que não ficamos gratos com a vida que ganhamos?

Biologicamente falando nosso surgimento foi quase impossível de acontecer. Ganhamos a “corrida” entre milhões de espermatozoides. Ao nascer entramos num mundo cheio de belezas e coisas para experimentar. Já percebeu como é maravilhoso poder caminhar? Espirar? E sentir diferentes texturas? Quantos cheiros diferentes e quantos sentimentos produzimos? Já viveu a experiência de estar totalmente desperto no momento que saboreia sua comida favorita?
Percebi que se eu tivesse apenas um dia para vivenciar e sentir todas essas coisas já seria o bastante para ser eternamente grato. Geralmente temos mais de um dia de existência aqui, não é? Vivamos cada dia grato pelo milagre de simplesmente existir. Ao perguntar à Monja Coen “qual é o sentido da vida”, ela simplesmente responde: VIVER!

Se no fim dessa existência nada mais existir encare assim: já tive esse presente impagável que recebemos totalmente de graça, se nada mais acontecer não tem problema, tive o privilégio de existir. Essa gratidão precisa acontecer, primeiro, por já receber tudo antecipadamente. Segundo, se a vida continuar acontecendo depois da morte, ótimo, um bônus que receberemos. Que maravilha não? Contudo, caso ela acabe junto da nossa morte, também não terá problema algum, pois será impossível ficar decepcionado. Que tal se a gente viver cada dia agradecendo cada instante que temos, ajudando o próximo a perceber essa dádiva maravilhosa que recebemos? Sejamos mais solidários, compassivos e tolerantes. Como Jesus disse: amemos mais. Quando a gente passa a viver e aproveitar cada segundo do presente, do agora que acontece, nesse exato momento, o depois será só uma continuação e o que importa de verdade é: VIVER.

Pierre Pessôa ( Smart Companny)

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