Professora que perdeu a paciência em vídeo que viralizou se justifica

Micaelly conta que ficou assustada de início, mas que agora está “curtindo a fama do momento”.

NE 10 interior

Trabalhando há 15 anos na educação infantil no Instituto Pequeno Príncipe, em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, Micaelly Miranda ficou assustada depois que viu sua imagem viralizar nas redes sociais nas últimas semanas. Ela aparece em um vídeo mostrando casinhas de emborrachado aos alunos, e os personagens que moravam nelas. Porém, as casinhas começam a cair, e cada vez que a professora coloca uma de pé, a que está ao lado cai. Perdendo a paciência, Micaelly joga todas para cima e destrói o cenário que montou para a aula. As informações são do NE10interior.

Micaelly conta que ficou assustada de início, mas que agora está “curtindo a fama do momento”. Com a pandemia do novo coronavírus, que fez as aulas presenciais serem suspensas em todo o Estado, a professora precisou gravar as lições para os pequenos do Infantil 3.

O problema é que, pega de surpresa, ela não tinha os equipamentos necessários para fazer as gravações: o celular não tem memória suficiente e o display está com problema. A solução foi pedir o apoio do sobrinho e de duas amigas, que participam com ela das gravações.

Durante a semana, Micaelly prepara o que vai falar nas aulas e passa um dia inteiro gravando, para depois disponibilizar os vídeos em uma plataforma de acesso exclusivo aos pais e responsáveis dos alunos.

No momento do vídeo, a professora gravava uma aula para falar sobre a moradia. “Eu estava gravando seis vídeos, aquele era o último. Eu já estava cansada de estar lá gravando parada e as casinhas caindo”, relembra.

Depois do momento inesperado, todos riram e em seguida continuaram a gravação da aula, que aí sim foi disponibilizada para as crianças. O vídeo dos bastidores foi compartilhado com o grupo de professores no WhatsApp e após a autorização da direção do instituto, foi divulgado em outras plataformas e viralizou.

Nova rotina

Enquanto muita gente achou engraçado e se identificou com a professora, Micaelly diz que recebeu alguns comentários negativos, mas que se prende aos positivos e de apoio à profissão que exerce há 15 anos. Mãe de um menino de quatro anos, ela precisa se dividir entre as tarefas da casa e o novo formato da profissão. “Sou esposa, mãe e profissional, então tenho que conciliar essas três e fazer todas as funções com maestria”, declarou.

Para ela, houve dificuldade de adaptação no início, mas com o tempo foi conseguindo se ajustar ao novo formato de ensino. “O comum é o calor da criança, estar em contato com eles. Mas a gente não pode deixar eles sem aula, eu tenho que abraçar o que está sendo oferecido para mim e oferecer o melhor de mim aos alunos, preparando os materiais com carinho”, disse.

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