Fogo Cruzado -por Inaldo Sampaio

Almir Reis, Alexandre Vasconcelos e Flávio Bonfim debateram a reforma previdenciária

A campanha eleitoral se encerra hoje, pelo menos no rádio e na TV, sem que os dois candidatos a presidente tenham apresentado à nação o que propõem para enfrentar seu mais grave problema na atualidade, talvez até mais grave que o desemprego: a reforma previdencária. Isso vale também para os estados, onde os candidatos eleitos e não eleitos passaram ao largo dessa questão. Alega-se que é um tema “impopular” e que quem tocasse nele perderia votos. Pode ser. Porque o PT demonizou essa reforma dizendo que ela tiraria direitos dos trabalhadores. Porém, nada é mais popular e urgente do que um debate em torno de um problema que diz respeito à vida de todos os brasileiros. Adiar o enfrentamento do problema, aí sim, obrigar o governante de plantão, seja ele quem for, a tomar medida duras, pois o dinheiro do OGU não pode ser integralmente destinado ao pagamento de aposentadorias e pensões. Essa reforma não foi debatida em Pernambuco nem por Paulo Câmara nem por Armando Monteiro, pelo menos com a profundidade que merecia. E foi tratada superficialmente por Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Enquanto isso, ela foi debatida ontem nos estúdios da Rádio CBN, com objetividade, profundidade e seriedade por três especialistas em Direito Previdenciário – Almir Reis, Alexandre Vasconcelos e Flávio Bonfim. Os dois presidenciáveis teriam tirado bom proveito se porventura tivessem assistido ao debate, travado em alto nível do início ao fim.

A favor da democracia

Historicamente antipetistas, os ex-governadores Jarbas Vasconcelos (PE) e Alberto Goldman (SP) decidiram votar em Haddad neste 2º turno da eleição presidencial. Alegam que o outro candidato, Jair Bolsonaro, é uma “ameaça à democracia”. Goldman é um dissidente no PSDB de SP. Votará em Márcio França (PSB,) e não em Doria (PSDB), com quem brigou em 2016.

A costura – Deve-se aos três senadores de Pernambuco o acordo celebrado com as bancadas da Bahia na Câmara e no Senado que permitiu a prorrogação, até 2025, dos incentivos fiscais às montadoras instaladas no Nordeste. Sem eles, Pernambuco poderia perder a Fiat e, a Bahia, a Ford.

O diálogo – O ministro Dias Toffoli, presidente do STF, chamou para uma reunião hoje em Brasília os ministros do TCU e todos os presidentes de Tribunais de Contas. O de Pernambuco, Marcos Loreto, viajou ontem. Toffoli deseja aproximar o STF dos órgãos de controle.

Bodas de prata – Batizada com o nome de Joaquim Arcoverde, a Inspetoria do TCE localizada em Arcoverde completa hoje 25 anos de fundação. Joaquim Arcoverde, nascido na vila de Cimbres, então município de Pesqueira, foi o primeiro cardeal da América Latina.
A gratidão – Reeleito deputado estadual com mais de 60 mil votos, Lucas Ramos (PSB) começou a visitar seus municípios para agradecer os votos recebidos. O primeiro foi Surubim, onde foi majoritário, após 35 dias de campanha, com apoio da prefeita Ana Célia Farias (PSB).

O comício – Haddad encerrará sua campanha hoje, no Recife, no mesmo local em que se realizou em 1989 o maior comício da história da cidade nos últimos 50 anos, quando se enfrentaram Lula e Collor. Lula, estrela do comício, tinha o apoio de Arraes, então governador.

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