Coluna Fogo Cruzado – por Inaldo Sampaio

Os brasileiros voltarão às ruas neste domingo (28) para escolher o seu presidente da República. Mais uma vez, estamos diante de dois caminhos, a mudança com Jair Bolsonaro ou a volta do governo petista com Fernando Haddad. Havia outras opções de mudança bem mais palatáveis ao país como Geraldo Alckmin, Ciro Gomes e Álvaro Dias. Mas a maioria dos eleitores levou ao segundo turno um candidato assumidamente de direita e outro que é o “mais tucano” dos petistas, segundo definição do ex-presidente Lula. Bolsonaro lidera as intenções de votos em todas as pesquisas e continua sendo o favorito para ganhar a eleição, apesar do seu passado homofóbico, racista, totalitário, saudosista da ditadura militar, e de sua idolatria pelo falecido coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o único brasileiro que o judiciário reconheceu até hoje como torturador. Ele soube capitalizar como competência o voto “antipetista” que é palpável em todas as classes sociais, dando uma pitada de “segurança” ao seu discurso, prometendo enfrentar os marginais com mão de ferro e tratar o MST como “movimento terrorista”. Já Haddad prometeu aos brasileiros um governo desenvolvimentista como o do ex-presidente Lula, que lançou vários programas sociais que beneficiaram a população mais pobre como o Bolsa Família, por exemplo. Neste final de semana, Haddad se animou com a “virada” em São Paulo, onde Bolsonaro venceu com folga no primeiro turno. Mas ainda não se sabe se esta onda vai contaminar o resto do país. Seja qual for o vencedor, o Brasil terá dias difíceis a partir de janeiro. Se der Bolsonaro, como as pesquisas indicam, ele terá uma oposição raivosa e enfurecida tanto no Congresso Nacional como fora dele. E se o vitorioso for Haddad, os bolsonaristas podem ressuscitar a tese de que as urnas eletrônicas não são confiáveis e partir para aquilo que o deputado Eduardo Bolsonaro (1,8 milhões de votos em São Paulo no primeiro) prometeu em Curitiba três meses atrás: fechar o Supremo Tribunal Federal com apenas um cabo e dois soldados.

Uma despedida aquém do esperado

Foi fraco o último programa eleitoral dos dois candidatos a presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Repetiram imagens e falas de programas anteriores. O último programa deveria ter sido utilizado apenas com a imagem dos dois candidatos falando ao “coração” dos brasileiros, mas passaram batido.

O aniversário – Neste domingo, o Aeroporto de Petrolina estará completando 37 anos de administração pela Infraero. Ele se tornou um dos principais modais de distribuição de frutas do Vale do São Francisco, segundo maior produtor de frutas do país. Entre janeiro e agosto deste ano, foram exportadas 1.069 toneladas de frutas para o exterior.

Vapt-vupt – O ministro Raul Jungmann (Segurança Pública) desembarcará neste sábado no Recife apenas para votar em Fernando Haddad (PT). Assim que cumprir este compromisso ele voltará imediatamente a Brasília para coordenar a central de segurança das eleições.

A Resolução – O TCE publicou em seu Diário Oficial Eletrônico no último dia 24 Resolução TC nº 37/2018 relativa à execução de serviços contábeis de natureza permanente. A Resolução se originou de uma representação do Ministério Público de Contas devido à contínua prática de contratação temporária de contadores e escritórios de contabilidade, não respeitando a natureza técnica e contínua dos serviços.

Dinheiro no bolso – Mesmo com o prefeito Lula Cabral (PSB) preso, a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho pagou nesta sexta-feira o salário de seus servidores aposentados e pensionistas. Aliás, desde que voltou à prefeitura, o prefeito sempre pagou em dia o salário do seu pessoal.

À educação – O deputado federal eleito Tulio Gadelha (PDT-PE), namorado da apresentadora Fátima Bernardes, pretende dedicar seu mandato à causa da educação. Ele fez uma visita ao senador não reeleito Cristovam Buarque (PPS-DF), que faz desse tema sua razão de viver.

Tese errada – Do prefeito de Itapetim, Adelmo Moura (PSB) sobre opinião do diretor-presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, de que eleitor de estado que já elegeu seu governador não tem o mesmo interesse na eleição presidencial: “É falso. Eleição no interior é uma festa e aqui em Itapetim o povo da zona rural bota a melhor roupa para vir votar”.

De palavra – Paulo Câmara (PSB) cumpriu integralmente seu acordo com o PT celebrado nessas eleições. Empenhou-se na reeleição do senador Humberto Costa (PT) e deu a alma pela eleição de Fernando Haddad (PT), quando governadores do próprio PT desaceleram suas militâncias.

As críticas – Jarbas Vasconcelos (MDB) continua recebendo críticas pelas redes sociais por ter declarado voto em Fernando Haddad (PT). Porém, mesmo sendo crítico histórico do PT, ele alega que não tinha outra alternativa: ou ficava com a “civilização”, mesmo corrupta, ou com a “barbárie”, marcada pelo autoritarismo.

O azar – Assessores de Bolsonaro não gostaram da fala dele dizendo que já está como a “mão na faixa”. Lembram que em 1985 o então candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Henrique Cardoso, sentou na cadeira, antes do tempo, a pedido de revista “Veja”, e perdeu a eleição para Jânio Quadros. Essas antecipações costumar dar azar.

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