CENÁRIO POLÍTICO DE HOJE/POR INALDO SAMPAIO

Lei de Anistia

Tem um grande significado político a decisão tomada pelo Exército, a Marinha e a Aeronáutica no sentido de abrir uma sindicância para apurar os casos de tortura praticados em suas unidades durante o regime militar. As Forças Armadas, por meio dos seus chefes, sempre se recusaram a admitir o envolvimento de militares na violação dos direitos humanos, por mais robustas que sejam as provas em sentido contrário. Agora, porém, devido aos avanços obtidos pela Comissão Nacional da Verdade, que já conseguiu esclarecer a morte por tortura de muitos opositores da ditadura, entre elas a do ex-deputado Rubens Paiva, os chefes militares mudaram de opinião. Eles chegaram à conclusão de que mais cedo ou mais tarde essa história teria que ser contada e que não valeria a pena esconder fatos que a opinião pública sabe serem verdadeiros. O próximo passo dessa luta será a revisão da Lei de Anistia para a responsabilização penal dos torturadores.

Sem federal em Caruaru

Prestes a assumir o governo estadual, o vice-governador João Lyra Neto (PSB) ainda está sem candidato a deputado federal em Caruaru. Ele apoiou Wôlney Queiroz (PDT) em 2010. Mas como brigou com o prefeito José Queiroz (PDT) a aliança entre os dois não se repetirá. O candidato que tiver a sorte de obter esse apoio sairá daquele município com cerca de 15 mil votos, podendo passar dos 20 mil se fizer uma dobradinha com a deputada Raquel Lyra (PSB).

Agenda – O PSB levará a “Agenda 40” para Ipojuca, no próximo sábado, para apresentar seus candidatos majoritários aos líderes políticos da região. O vice-prefeito Pedro Mendes (PSB) está à frente da programação. O candidato derrotado à prefeitura, Romero Sales (PMDB), que perdeu para Carlos Santana (PSDB) por apenas 215 votos, aderiu a Armando Monteiro (PTB).

A bênção – Como já advogou para o PT, Virgínia Pimentel tem o apoio dos principais líderes do partido em Pernambuco para integrar o TRE ou o Tribunal Regional Federal da 5ª região.

Lamento – Embora já esteja fechada com Paulo Câmara, a bancada estadual da Frente Popular ainda lamenta o fato de o candidato a governador não ter sido Tadeu Alencar (Casa Civil).

Despedida – O ex-governador Roberto Magalhães deverá encontrar-se hoje com o governador Eduardo Campos a fim de despedir-se dele antes da renúncia ao mandato, prevista para amanhã.

História – Diz o ex-deputado Maurílio Ferreira Lima (foto) que o 2º e o 3º governos de Miguel Arraes não acrescentaram nada à biografia dele. Arraes entrou para a História, garante, por ter mediado no Palácio das Princesas em 1963 o célebre “acordo do campo”.

Planalto – A decisão do PRB de apoiar Armando Monteiro (PTB) para o governo estadual foi influenciada pelo Palácio do Planalto, já que para presidente da República está apoiando Dilma Rousseff. O PRB é ligado a uma força que tem muitos votos: Igreja Universal.

Acordo – Por questão de sobrevivência, Augusto Coutinho (SDS) talvez seja obrigado a romper o acordo que tinha com o cunhado, Mendonça Filho (DEM), no sentido de marcharem juntos na próxima sucessão estadual. Coutinho não vê espaço para reeleger-se na chapa da Frente Popular e deve se aliar ao PTB. Já Mendonça está mais próximo da candidatura de Paulo Câmara (PSB).

Roteiro – O PSB vai montar uma agenda em SP para Eduardo Campos a fim de torná-lo mais conhecido por parte dos eleitores paulistanos. Só 30% do eleitorado já “ouviram falar” no nome do governador, o que significa que há espaço de sobra para ele crescer nas próximas pesquisas. Além do mais, não há ninguém de São Paulo este ano disputando a Presidência da República.

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