Bloco do eu sozinho

Em quase todas as classes sociais e faixas etárias são comuns declarações de que não se gosta de política. Na prática, porém, a história é diferente. Fala-se de política o tempo todo e em todos os lugares. Estamos a pouco mais de um ano das eleições para presidente, governador, senador e deputados estaduais e federais. Aumenta as especulações em torno de nomes para a disputa. Com a crise institucional que vive o país, o cenário é incerto e fica difícil fazer qualquer previsão, pois tudo pode acontecer.

Nos bastidores também há movimentações em torno da longínqua eleição para prefeito e vereador, que só acontecerá em 2020. Todo dia surgem chapas e nomes. Há pessoas que, como não são lembradas, elas próprias se insinuam pra ver se cola.

É sabido que uma candidatura, a qualquer cargo, não nasce somente da vontade do postulante. É preciso um conjunto de coisas. Carece de combinações imprescindíveis e o alinhamento de um conjunto de fatores. Também tem um tempo preciso. Não é data. É tempo. Há de se fazer a leitura exata e identificar o momento certo. Nem antes, nem depois.

A candidatura tem que dizer algo. Chegar às pessoas e motivá-las. O que faz uma candidatura se avolumar é o seu programa. O seu discurso. Somente o nome do candidato é muito pouco. O que vinga é a ideia e o encaixe da proposta.

O enciclopédico Ulisses Guimarães, seguramente um dos personagens mais importantes da história política do Brasil, dizia que “tem que se ouvir a voz rouca das ruas”.

A autossugestão não funciona. Candidato de si mesmo não decola.

Nivaldo Santino é advogado

Último artigo publicado: A solidão do Chapolin Colorado

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