Bilíngue e a arquitetura do cérebro

Dominar uma única língua já é uma tarefa complicada, mas saber se comunicar em dois ou mais idiomas pode ser um verdadeiro esforço para as nossas cabeças. Inclusive, há indícios de que pessoas bilíngues têm um modo de ver o mundo diferente do de outras pessoas.

Segundo estudos publicados pela Universidade Estadual da Pensilvânia, o bilinguismo tem diversas consequências cognitivas, e apenas o ato de decidir qual palavra será usada já serve como um “levantamento de peso” para os nossos cérebros.

Se você domina mais de um idioma, é bem possível que já tenha notado as palavras se embaralharem em sua cabeça em algumas situações, certo? Isso pode ser chamado de convergência das línguas, um processo que gera certa “competição” entre todas as informações que já absorvemos linguisticamente.

O desafio cognitivo constante que os bilíngues enfrentam pode ser responsável por uma melhora observada no que é chamado de função executiva ou capacidade de filtrar informações desnecessárias e tomar decisões. Então, para maximizar esses benefícios, a pessoa não deve se forçar a não misturar as línguas.

Por esse motivo temos sotaques, vocabulários diferentes e podemos errar alguns aspectos bobos. Porém, isso também significa que aprender uma segunda língua também altera a forma como pensamos o nosso primeiro idioma, visto que não temos duas mentes monolíngues operando ao mesmo tempo. Isso pode soar desconcertante e, por vezes, constrangedor, mas, no fim das contas, nosso cérebro está apenas trabalhando para ser cada vez mais forte e eficiente.

FONTE: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121446-ser-bilingue-muda-a-arquitetura-do-cerebro-diz-estudo.htm.

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