Manifestantes pelo país exigem nas ruas soluções para mazelas que jornais, revistas e sites de notícia abordam com frequência há anos
O Globo
A histórica e inédita onda de protestos que se espalhou pelo país nas últimas duas semanas cobra soluções para questões que há anos estão nas páginas e nos sites dos veículos de comunicação: os gargalos nos transportes, a falta de recursos para Saúde, os resultados preocupantes na Educação, a impunidade dos corruptos, a crescente desilusão com políticos e partidos e o estouro do orçamento na organização da Copa do Mundo são alguns temas que foram tratados em inúmeras reportagens. E, agora, ganham as ruas na voz dos manifestantes e nos milhares de cartazes por eles exibidos.
(Veja matérias da imprensa sobre as reinvindicações dos manifestantes)
Essas manifestações mostram a relação que tem se desenvolvido entre as chamadas novas mídias, como as redes sociais, e a mídia tradicional, avalia o professor e diretor do Centro Knight para Jornalismo nas Américas, Rosental Calmon Alves:
— Apesar de o movimento ter sido articulado fora da mídia tradicional, ele se nutre não só das informações e opiniões de seus participantes, mas também, em grande medida, se nutre do jornalismo. Há uma relação simbiótica inegável entre as redes sociais e o jornalismo profissional — diz ele. — O jornalismo se torna ainda mais importante como uma instância verificadora, profissionalmente preparada para investigar e publicar os fatos de uma maneira organizada.