Pasmem! Mas Temer declarou que a população brasileira não tem a cultura da celebração. No seu dizer, queixou-se que o seu governo está sendo incompreendido e não vem tendo o reconhecimento que deveria o que é, decerto, uma ingratidão do povo. Em seu constante devaneio, imagina ele que a população deveria estar saudando-o e a baixíssima popularidade é uma injustiça.
Ora! Em que planeta habita o postiço? Isso é algo realmente hilário! Como pode estar o mandatário tão distante da realidade? Quando vai cair a ficha? Não vai cair.
Infelizmente o tempo atua em seu favor, já estamos prestes às novas eleições e em todos os cenários discutidos a sua mantença no cargo parece cada dia mais possível. Não por falta de motivos para Cassá-lo, mas por mera acomodação e lapso temporal.
Também em função de um Congresso mais que omisso, tristemente cúmplice. Não se vislumbra alternativa. A população está inerte e parece que desistiu. Essa inércia dá-se também pela falta de credibilidade dos demais entes políticos e o povo cansou de trocar seis por meia dúzia ainda que haja diferenças pontuais.
Esse é um momento único na nossa história. Certamente o mais crítico do período democrático e o pior disso é que estamos achando normal. A exceção virou regra.
Recebi nesses dias uma mensagem no whatsApp, atribuída a Nelson Rodrigues (não sei procede), que teria dito: “ Os idiotas vão tomar conta do Brasil, não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”. Não sei se é mesmo de Nelson Rodrigues, mas faz sentido.
A política ciência e arte nobre está nivelada por baixo. A ponto de Temer Lamuriar que ao invés de ser criticado ou rejeitado deveria estar sendo aplaudido e celebrado pelos seus feitos.
Há de se recorrer ao sempre atual Francisco Buarque:
Por esse pão pra comer,
por esse chão pra dormir A certidão pra nascer
e a concessão pra sorrir Por me deixar respirar,
por me deixar existir ….Deus lhe pague!
Pronto! Está celebrado!
Nivaldo Santino é advogado
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