Jarbas votou em Lula apenas uma vez, em 1989, no segundo turno, contra Collor de Mello
Eleitor de Alckmin nessas eleições, tal qual foi de FHC em 1994/1998, de José Serra em 2002, do próprio Alckmin em 2006, de Serra de novo em 2010 e de Aécio Neves em 2014, sempre contra candidatos do PT, Jarbas Vasconcelos deverá encerrar sua vida pública como aliado de Lula e do petismo, pois, do contrário não estaria defendendo o 13º para a Bolsa Família. Como senador entre 2007 e 2014, e como deputado federal entre 2015 e janeiro deste ano, foi um dos mais implacáveis críticos de Lula e do PT, mantendo uma coerência que se iniciou em 1994 quando Lula perdeu a eleição para FHC. Jarbas votou em Lula contra Collor, em 1989, mas apenas no 2º turno. No 1º votou em Ulysses Guimarães. Agora, por.ém, aos 76 anos de idade, aliou-se ao PT por injunções da política local. Não gosta da Câmara dos Deputados e sente saudade do Senado. E o único jeito que encontrou para ser senador foi se aliar ao PT, que por sua vez se aliou ao PSB para tentar renovar o mandato de Humberto Costa na chapa encabeçada por Paulo Câmara. Portanto, independente de ser eleito ou derrotado, Jarbas não tem mais idade para trocar de lado. Tem para trocar de partido. Caso vá para o Senado, como indicam as pesquisas, estará moralmente obrigado a se juntar à bancada petista. Mas, mesmo que não seja eleito, não tem mais como desvencilhar-se de Paulo Câmara e Humberto Costa, dado que seu rompimento com Mendonça Filho e Bruno Araújo está muito recente para cicatrizar.
Lossio pediu para ser expulso
Lossio disse que, em eleição, nenhum candidato rejeita votos, venham de onde vierem, no que tem razão. Ele foi procurado por bolsonaristas de Pernambuco, querendo oferecer-lhe apoio à sua eleição para governador, e de pronto aceitou a oferta. Porém, ao permitir que sua fotografia fosse impressa junto à de Bolsonaro, deu pretexto à direção da Rede para expulsá-lo.
A defesa – Lossio foi expulso pela Rede sem o “devido processo legal”, como exige a lei, mas será defendido na Justiça Eleitoral por sua prima (em segundo grau) Luciana Lossio, que é advogada em Brasília e já pertenceu aos quadros do TSE por indicação de Dilma Rousseff.
O campeão – Mais uma vez, o deputado Cleiton Collins (PP) está pintando como campeão de votos à Assembleia Legislativa. Ocupa um espaço privilegiado no tempo do PP com aval do presidente Eduardo da Fonte. Em Jaboatão, faz “corpo a corpo” contra Manoel Ferreira (PSC).
Cinco na luta – Arcoverde lançou cinco candidatos a deputado estadual: o deputado Eduíno Brito (PP), o ex-deputado Israel Guerra, a vereador Cybele Roa (PR), o ex-vereador Luciano Pacheco (PROS) e Régis Capoteiro. A prefeita Madalena Brito apoia Waldemar Borges (PSB).
O alvo – Convicto de que Haddad (PT) está no 2º turno, Alckmin se nega a admitir o mesmo em relação a Bolsonaro (PSL), que é o 1º nas pesquisas. Seus marqueteiros acham que o capitão ainda pode cair, explorando-se a defesa que ele fez da tortura e do fuzilamento de FHC.
Sem ninguém – A tendência de Armando Monteiro (PTB), hoje, é não declarar apoio a nenhum candidato a presidente. Alega-se que sem atrelamento a nenhum candidato, sua campanha vive um bom momento e qualquer opção que fizesse agora poderia contrariar alguns aliados.
Última visita – Haddad (PT) só virá agora a Pernambuco no 2º turno. Sua passagem pelo Estado neste final de semana (Recife, Caruaru e Petrolina) foi tida como “exitosa” por seus aliados, que recomendam agora dar “carga” em SP, onde Alckmin perde para Bolsonaro.