As nossas festividades de final de ano não são mais as mesmas. Quem não lembra que a nossa maior festa de rua envolvia toda uma região que nos prestigiava com calor humano indescritível. Infelizmente, as tradições morrem com o passar do tempo, às vezes diante dos nossos olhos. O que fazer para que esse processo não seja tão acelerado?
O formato da nossa grandiosa festa foi totalmente modificado nos últimos anos. Um efeito que vem lá de 2012, quando a prefeita Bete Lima resolveu não realizar os shows na rua da Matriz por motivos políticos. A descontinuidade é um aperitivo para o fim das nossas tradições, por isso coube naquele ano um movimento do site e de parceiros para garantir as festividades e até a tradicional girândola da virada.
De lá para cá, infelizmente, o declínio foi perceptível ano após ano. Até o tradicional Grito de Carnaval realizado na Rua da Matriz, no dia 1° de janeiro, passou a ser realizado em trio elétrico. Um formato improvisado que só aconteceu por pressão da imprensa e da classe artística, que exigiam a realização da festa.
Em 2020, final do governo Breno, a tradicional iluminação da Igreja Matriz só foi possível porque um movimento do site provocou a sociedade no sentido de não deixar de promover as luzes tradicionais na faixada da nossa bela igreja Matriz. A então prefeita eleita, Lucielle, teria patrocinado parte dos custos sobre a liderança do pároco da época Luiz Antônio.
Depois de dois anos de eventos cancelados, por conta da pandemia da COVID-19, o governo Lucielle parece repetir o formado recebido dos antecessores deixando de lado as festividades concorridas na Rua da Matriz. Pelo menos o 1° Grito de Carnaval está garantido, mas, infelizmente, no formato totalmente desconfigurado. Sem dúvida, uma tradição ameaçada!
Por Flávio Melo
Diretor-fundador do Bezerros Hoje
