Além dos bezerrenses patrimônios vivos da cultura pernambucana, do carnaval dos papangus e dos artesãos, a cidade de Bezerros vem se encorpando cada dia mais, no âmbito da literatura, e já possui um considerável número de escritores em todos os gêneros, sendo aqui inclusive a Academia de Letras, Artes e Ofícios Municipalistas de Pernambuco (ALAOMPE). A mais nova revelação da escrita em Bezerros, chama-se Patrícia Brayner, conhecida com Tita Brayner, filha do grande Lula Brayner, do famoso bloco carnavalesco, As Melindrosas.Nesta sexta feira, dia 23 de dezembro, Tita Brayner fez lançamento do seu primeiro trabalho literário, no anfiteatro da Praça da Bandeira, fazendo o evento, parte da programação do Natal Sagrado da Gerência de Cultura do município.
Um público composto de amantes da literatura acompanhou com entusiasmo o lançamento do livro “ O Reino Encantado de Cascudo”, uma produção que fala dos personagens mascarados das folias pernambucanas, contada por um menino de 10 anos, tendo como pano de fundo o carnaval dos papangus de Bezerros, e toda escrita é pautada na história oral e documental. A escritora bezerrense concluiu sua obra de literatura infantil após minuciosa pesquisa, e faz referências a Jota Borges e Lula Vassoureiro os bezerrenses que são patrimônios vivos da cultura pernambucana. O livro é artesanal uma técnica que consiste em aproveitamento de papelão, um material descartável, mas se torna capa de livros, uma técnica revolucionária chamada de Cartonera.
Tita Brayner é formada em Ciências Sociais, na FAFICA, professora de ofício, com especializações em Geografia e História, tendo mestrados concluídos recentemente, e foi a partir de suas especializações que surgiu a ideia de entrar no vasto universo literário, fechando de forma exitosa agora com o lançamento do ‘Reino Encantado do Cascudo”, incorporando também os caretas, os caiporas e os zambiapungas, outros personagens mascarados das culturas pernambucana e baiana; começou seu trabalho pelas crianças mas pretende estender até todas pessoas tidas como comuns, que desconhecem praticamente a literatura sendo que muitas das obras viram peças de bibliotecas logo após lançadas, o que ela não pretende que aconteça com seu primeiro livro, nem com outros que virão em breve.
Por Sérgio Leão
