Sindicato denuncia ao MPPE infraestrutura precária no Hospital Agamenon Magalhães

O Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem de Pernambuco (SATENPE) denunciará ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), nesta segunda-feira (04/05), a situação enfrentada pelos profissionais de saúde e pacientes com a covid-19 na UTI do Hospital Agamenon Magalhães, no Recife. Esse problema foi registrado e enviado à entidade. Nas imagens, os usuários estão descobertos e as janelas abertas por conta da falta de ar-condicionado, aumentando os riscos de contaminação. Há relatos de trabalhadores passando mal devido ao calor.

“Como o profissional fica paramentado 12 horas, é necessário oferecer um ambiente mais confortável. Dessa forma, o sofrimento é ainda maior por conta do calor, causando exaustão, além de agravar a saúde dos pacientes. Essa situação lamentável aumenta o risco de contaminação e fragiliza as condições de trabalho que já são precárias”, desabafou Francis.

Ele completou ainda que é necessário a troca dos paramentos a cada seis horas. “Tem profissional usando fralda devido ao trabalho excessivo. Isso é inadmissível. É necessário que as unidades hospitalares ofereçam um local para paramento e desparamento e EPI´s adequados. Além de não desempenharem suas funções com segurança, tem a sobrecarga dos trabalhadores devido ao grande número de profissionais infectados, que já passam mais de dois mil”, alertou.

Francis ressaltou a falta de diálogo do Governo de Pernambuco com as entidades sindicais. “Queremos que o governador nos receba para apresentarmos os problemas e que haja solução, uma vez que o Governo Federal está enviando recursos para o Estado”, completou.

LIMINAR – Nesta segunda (04), encerrará o prazo para que o Governo de Pernambuco regularize o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) para os Auxiliares e Técnicos em Enfermagem da rede estadual, de acordo com a liminar da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Com essa medida, os trabalhadores podem se recusar assumir o posto de trabalho. Em caso do não cumprimento, o Estado estará sujeito a multa diária de R$ 100 mil por unidade de saúde. 

Fonte: Blog do Mário Flávio

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