Momento voltado à reflexão e a conscientização do Poder Público e da sociedade, para uma maior atenção cotidiana as Pessoas com Deficiência em todos os níveis e aspectos da vIda.
No Brasil, aproximadamente 24% da população, possui algum tipo de deficiência, desde as mais leves até as mais severas; logo, existem quase 46 milhões de brasileiros e brasileiras, que, em que pese possuírem alguma deficiência, são cidadãos tal qual qualquer pessoa. Em Pernambuco, e especialmente em Bezerros – PE, os percentuais são semelhantes, visto que, de uma população de aproximadamente 60 mil habitantes, Bezerros possui pouco mais de 15 mil pessoas com algum tipo de deficiência; deficiências, que de modo algum, podem excluir a cidadania das mesmas.
São consumidores, estudantes, profissionais, trabalhadores, contribuintes, eleitores, crianças, jovens, adultos, idosos, homens, mulheres, que clamam pelo reconhecimento da sua dignidade humana; que necessitam ter seus Direitos respeitados e garantidos; que buscam dioturnamente sair de uma invisibilidade, que o tempo por muito lhes fez questão de impor.
As pessoas com deficiência de um modo geral, não desejam posturas assistencialistas ou paternalistas para consigo, tão pouco querem benécies ou privilégios esacerbados. A bem da verdade, o que se busca pura e simplismente, é o reconhecimento da condição de ser humano, enquanto sujeito de direitos e obrigações que o são, é, a participação social, e a ampliação desses espaços de participação, com respeito as diferenças, e igualdade de condições e oportunidades.
Porquanto, saímos de um contexto de estermínio e segregação, hostil às pessoas com deficiência, e hoje, apesar das adversidades e contradições vividas, nos vemos envoltos em um cenário mais aberto e propício à inclusão social, onde o protagonismo e a construção de uma democracia cidadã precisam ser a tônica, e passar a serem paulatinamente consolidados em nossa sociedade.
Com efeito, semanas e dias destinados à temática da pessoa com deficiência, tem a grande missão de incultir de maneira global, uma cultura inclusiva e acessível, com vistas a eliminação das diversas barreiras que insistem em travar o processo de evolução da humanidade, sobretudo, aquelas barreiras que chamamos de “atitudinais”, que dizem respeito ao íntimo, as atitudes de cada pessoa.
Finalmente, si tivermos a capacidade de pautarmos o nosso comportamento de maneira a oportunizar uma sociedade acolhedora e saudável para as pessoas com deficiência, com toda certeza, viveremos em um mundo muito mais confortável, humano, digno e justo para todos.
Diego França, é Advogado e ativista pelos Direitos das Pessoas com Deficiência – Bezerros Pernambuco.
