Resposta à entidade estudantil de direita da ETE Maria José de Vasconcelos do município de Bezerros

Autor: Ítalo Sampaio, Graduando Licenciatura em História. 

Em primeiro lugar gostaria de citar quem foi Olavo de Carvalho, o qual intitula a entidade estudantil. Olavo Luiz Pimentel de Carvalho é um filosofo defensor do neoconservadorismo, sua trajetória de vida se traduz em uma profunda intolerância a qualquer pensamento divergente do seu. Em sua coluna no site Mídia sem Máscara expõe todo tipo de pensamento preconceituoso, tacanho e reducionista travestido de jornalismo. Em um de seus textos ele afirma que a sua missão é atribuída na dedicação de combater o comunismo e o marxismo em todas as suas formas de manifestação. A partir desse “trabalho” que lhe fora atribuído, é notório observar que ele não leu ou não compreendeu os escritos de Marx ao qual diz que o comunismo seria a fase final do desenvolvimento da sociedade humana, pretendendo promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária. Acrescento mais, além de não ter lido Marx, também não leu Platão, Aristóteles, Sócrates e tantos outros filósofos que defendem o bem comum na virtuosidade da vida social.

Além de Olavo de Carvalho, existe outro grande defensor do conservadorismo, o nosso patriota De. Jair Bolsonaro! Está mais que explicito que Bolsonaro é uma grande figura defensora do retrocesso quando remete-se ao Brasil no período da Ditadura Militar. Recentemente vimos o discurso que ele proferiu fazendo homenagem ao Coronel Ustra que foi um dos maiores torturadores que o Brasil conheceu na época ditatorial. O Artigo 287 do Código Penal afirma que apologia a um torturador de um crime também é um crime, mas como Bolsonaro é expert na manipulação vai alegar mais uma vez a imunidade parlamentar, e continuará impune.

Em uma análise histórica em que nosso país foi governado por presidentes conservadores suas principais estratégias possuía cinco traços estruturais, presentes, com especificidades, em cada um e no conjunto dos setores que foram objeto da ação governamental entre 1964/85 – educação, previdência, assistência, saúde, suplementação alimentar, habitação, saneamento e transporte público. São eles: regressividade dos mecanismos de financiamento; centralização do processo decisório; privatização do espaço público; expansão da cobertura e da oferta de bens e serviços; e reduzido caráter redistributivo.

A partir do exposto, deixo um questionamento para esses jovens: Qual o modelo de país que vocês almejam? O modelo retrogrado da Ditadura Militar ou o modelo progressista implantado na Nova República?

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