Programa de concessões e privatizações é apresentado por Lucielle e Miguel em eventual governo de PE

Ex-prefeito de Petrolina e pré-candidato a governador, Miguel Coelho (UB) reuniu dezenas de aliados em um hotel na Zona Sul do Recife para apresentar as principais diretrizes do programa de governo que deve apresentar à população pernambucana quando a sua postulação ao Palácio do Campo das Princesas for confirmada. E as ideias apresentadas pelo ex-gestor municipal na manhã desta segunda-feira (13) não são tímidas. Elas vão desde a construção de oito maternidades e do arco metropolitano, passando pela conclusão de dez habitacionais, até chegar à duplicação de 300 quilômetros de estradas e à isenção de cobrança de IPVA para donos de carros com mais de dez anos.

Para tirar essas iniciativas do papel, Miguel explica que além dos R$ 4 bilhões que o Estado já possui para realizar investimentos, outros R$ 8 bilhões podem ser adquiridos através de um programa de concessões e privatizações. Neste contexto, a estrutura da Compesa seria modificada completamente, passando a distribuição de água e o tratamento de esgoto para a iniciativa privada, e ficando a cargo do Estado a construção e cuidado das barragens e a gestão dos mananciais, por exemplo.

“A gente tem hoje, na Compesa, uma empresa que arrecada mais de R$ 2 bilhões por ano e mesmo assim o Estado aporta mais de R$ 350 milhões por ano para cobrir custos administrativos. Nos últimos 8 anos, nesse governo atual, a Compesa investe cerca de R$ 400 milhões. Daqui até o limite do prazo do marco do saneamento básico, que é em 2032 ou 2034, Pernambuco precisa investir R$ 15 bilhões para universalizar o acesso à água e ao saneamento básico. No ritmo que vai, a gente chega em 2050 e não consegue fazer isso. Melhor do que colocar afilhado político na Compesa é colocar água na torneira das pessoas”, disparou o pré-candidato.

Para Lucielle Laurentino (UB), prefeita de Bezerros e coordenadora do programa de governo de Miguel, os pontos e ideias apresentados hoje seriam apenas as necessidades mais básicas do Estado, aquilo que poderia ajudar a população de forma mais urgente.

“Nós fizemos um levantamento de dados, uma curadoria de conteúdos relacionados ao Estado e um diagnóstico de como Pernambuco está após todas as catástrofes que viveu, para que a gente possa preparar um programa de governo arrojado e que case com as necessidades do povo. Não esperem grandes ousadias, pois a gente tem que consertar o básico, pois infelizmente nós perdemos o nosso protagonismo em algumas frentes. (…) Obviamente não temos todas as soluções do mundo, mas temos a pretensão de protagonizar uma verdadeira mudança e Miguel está capitaneando tudo isso”, detalhou a gestora.

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