Prefeitos de Pernambuco querem esticar mandatos

Prefeitos de várias partes do Estado e 21 parlamentares pernambucanos, entre deputados federais e senadores, participaram, nesta segunda-feira (25), de uma assembleia extraordinária promovida pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) para tratar de temas de interesse dos gestores municipais relacionados à pandemia da covid-19. Na ocasião, os prefeitos pediram apoio aos congressistas para o adiamento das eleições municipais deste ano – marcadas para 4 de outubro –, com prorrogação de mandatos até 2022, solicitação que dividiu opiniões no encontro.

José Patriota (PSB), presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, explicou que, pela primeira vez, os prefeitos de Pernambuco tiveram a oportunidade de debater o pleito de 2020 com parlamentares dentro do contexto da crise criada pelo novo coronavírus. Segundo o socialista, na visão do movimento municipalista o País não teria condições sanitárias de realizar um evento tão grande quanto uma eleição em meio a uma pandemia.

“Na conjuntura atual, a maior parte dos prefeitos pernambucanos acha que a melhor opção seria adiar as eleições deste ano para 2022, unificando os pleitos. A apreensão dos gestores é muito grande. O povo sinaliza, nas pesquisas, que não quer eleições esse ano, pois não quer se contaminar. Além disso, não há segurança sanitária de que será possível fazer isso esse ano. Se der pra fazer, ótimo, o calendário tem que ser cumprido. Mas o problema não é só a data da eleição, são as etapas que a antecede”, pontuou Patriota.

Outro ponto levantado por José Patriota para defender a suspensão do pleito foi a economia gerada pelo gesto. Presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi informou que um levantamento produzido pela entidade aponta que “com o adiamento das eleições, os cofres públicos teriam uma economia de cerca de R$ 6,5 bilhões, que poderiam ser investidos para ajudar o País a se reerguer no pós-pandemia”.

NE 10

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