Nós somos a memória da soma de um amontoado de experiências que vivemos. Em meio às experiências encontram-se inúmeras decepções, umas vividas com pessoas, outras sobre projetos, planos e expectativas que criamos diante de cada um. O fato lamentável e, por vezes doloroso, é que algumas dessas decepções nos fazem perder a expectativa por novas vivências. Quantos de nós já não perdeu a expectativa de amar de novo, de se relacionar de novo, e de abrir o coração novamente para alguém? Quantos de nós já não perdeu a inspiração de reiniciar um projeto profissional, de apostar nele de novo, se arriscando nele mais uma vez, mesmo que fazendo algumas alterações? Quantos de nós já não perdeu a confiança em uma amizade ou relacionamento e depois disso se bloqueou para não confiar de novo em outra pessoa? Em resumo, quantos de nós já não se decepcionou com o amor, com uma amizade, com o trabalho, um projeto, com a família, com a política, com a religião ou com a falta de coletividade e de empatia, ou pela falta de diálogo nas relações? A verdade é que todos nós tivemos inúmeras decepções ao longo da nossa trajetória. Mas não devemos deixar que as decepções nos aprisionem dentro de nós mesmos, e que ditem o futuro dos nossos passos, nos impedindo de continuarmos acreditando, nos inspirando e nos motivando diante de novas oportunidades de vivências. Não podemos deixar as decepções nos cegarmos diante do que está aí visível a nós, elas não podem ser o fim das nossas expectativas. Pois muitas vezes por causa das decepções passadas nós nos sentenciamos a não nos permitirmos viver de novo novas experiências, porque não acreditamos mais nas pessoas e coisas, e com esse pensamento a gente está desacreditando da vida. E desacreditar da vida, é deixar de viver. Não podemos julgar o todo por causa de uma parte ou de umas pessoas. A gente precisa sim, separar o trigo do joio, superar as decepções, e nos inspirarmos cotidianamente na perspectiva de que o melhor pode acontecer diante dos nossos olhos, mediante novas pessoas e novas oportunidades. A gente precisa continuar acreditando.
A palavra para hoje é ESPERANÇA.
(Mariana Helena de Jesus)
