PINGA FOGO-POR INALDO SAMPAIO

50 anos da queda de Arraes

Muito se fala hoje no Brasil sobre os 50 anos do golpe militar de 64 que derrubou o então presidente João Goulart e o governador de Pernambuco, Miguel Arraes. Esta “Folha” deu sua parcela de colaboração para relembrar este fato histórico ao publicar uma série de reportagens alusivas ao assunto. Lançamentos de livros também estão sendo programados para assinalar a tomada do poder pelos militares, bem como o que veio depois como consequência do golpe de estado: cassação de mandatos parlamentares, supressão das eleições diretas, fechamento do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas, prisões arbitrárias, torturas, exílios, etc. Para não deixar que o assunto caia no esquecimento, o Instituto Miguel Arraes montou também uma singela programação para assinalar o cinquentenário da queda do ex-governador: palestras de dois importantes colaboradores do governo dele: Ivan Rodrigues e Fernando Coelho.

A promoção dos coroneis

Faltando 9 dias para deixar o governo, Eduardo Campos promoveu ao último posto da carreira quatro tenentes-coroneis por antiguidade (Sósthenes Maia, Arlis Gadelha, Manoel Martins e Ulysses Viana) e 13 por merecimento (José Roberto Tenório, Roberto Gomes, Adeilton Rosendo, Franklin Barbosa, Abel Ferreira, Petrônio Chagas, Ilídio Vilaça, Vanildo Neves, José Antonio da Silva, Ricardo Fentes, Marcos Campos, Denys Soares Lima, e Giovani Machado.

Petrobras – Criar uma CPI para investigar a Petrobras em ano eleitoral, como sugerem Eduardo Campos (PSB) e Mendonça Filho (DEM), pode ser um desserviço à imagem da empresa que já está abalada por má gestão. Melhor será que os órgãos de controle apurem aquilo que está errado (TCU, Ministério Público e Polícia Federal) e punam quem tiver culpa no cartório.

Parceria – Como candidato à Câmara Federal, o senador Jarbas Vasconcelos fará dobradinha em Caruaru com o deputado Tony Gel e em Olinda com o deputado Ricardo Costa (PMDB).

Violência – A ida da cúpula da Secretaria de Defesa Social para Serra Talhada, ontem, para tratar da onda de violência que existe lá, foi uma solicitação do deputado Augusto César (PTB).

Batismo – Vem aí mais um órgão público a ser batizado com o nome do ex-governador Miguel Arraes: o futuro edifício-sede da Assembleia Legislativa que deverá ficar pronto ainda este ano.

Troco – Por mais que o senador Humberto Costa (foto) negue, a suspensão da licitação do Arco Metropolitano foi mais uma retaliação do governo Dilma ao Estado de Pernambuco por conta da oposição (feroz) que ela sofre do governador Eduardo Campos.

Apelo – O ex-presidente Lula vai se esforçar para levar mais dois partidos para o palanque de Armando Monteiro Neto (PTB): o PDT e o PP. O PDT não deseja ir porque já se comprometeu com Paulo Câmara (PSB), mas o PP ainda é possível se ficar com a vaga de vice.

Posse – O vice-governador João Lyra Neto e os três senadores de Pernambuco confirmaram presença, hoje, no auditório do TCU (DF), na posse do presidente do TCE, Valdecir Pascoal, na presidência da Atricon (Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil). Esta é a primeira vez que um conselheiro pernambucano é escolhido para presidir aquela entidade.

Presídios – Durante audiência pública que se realizou na Assembleia Legislativa para discutir a questão dos presídios do Estado, a deputada Terezinha Nunes (PSDB) comparou Pernambuco ao Maranhão, o que não deixa de ser um exagero. Embora o presídio Aníbal Bruno não seja nenhum modelo de ressocialização, é reconhecidamente menos ruim que o de Pedreiras (MA).

Por Inaldo Sampaio

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