“O Papa Francisco recebeu das mãos do Presidente Lula uma xilogravura do Patrimônio Vivo de Pernambuco J. Borges”

Sim, é sobre orgulho, sentimento de pertencimento social e celebração. Mas é também sobre respeito.

Hoje, o Papa Francisco recebeu das mãos do Presidente Lula uma xilogravura do Patrimônio Vivo de Pernambuco J. Borges. Patrimônio Vivo só pra resumir o muito que ele é, porque a biografia é extensa e só quem já sentou numa mesa de bar com ele ou visitou seu ateliê consegue ter a exata dimensão da relevância que esse artista possui para seu povo (desconfio que nem ele sabe!).

A xilogravura e a poesia em cordel são o suprassumo da expressão popular de uma gente, reconhecidas pelo povo e também formalmente, por quem entende de cultura no Estado de Pernambuco, no Brasil e até no Exterior.

Sobre o fato de hoje, as imprensas nacional e estrangeira repercutiram…
Os blogs locais repercutiram…
Os cidadãos – orgulhosos – repercutiram, mesmo porque se sentem e estão diretamente representados no gesto e na arte.
Até o Papa repercutiu!

Porém, honestamente, falta institucionalizar as homenagens em Bezerros. A arte popular (de qualquer espécie) é a máxima expressão do nosso povo. Felizmente, como tal, é viva, dinâmica e não prescinde da validação de poderes constituídos para ser gigante como é. Entretanto, o que se espera minimamente nem custa nada, só que vale muito: RECONHECIMENTO.

E antes que alguém questione se esse texto é político, eu afirmo: É SIM! Arte é política. Cultura é política. Defendê-la, valorizá-la é um gesto político de afirmação de valores e brios.

J. Borges, posso dizer que hoje o Papa se sente, como eu e tantos, orgulhosos de ter uma obra de arte sua em mãos, e nessa obra o senhor carregou a nossa gente, a nossa história e tantos outros artistas que hoje sabem que podem chegar tão longe quanto um sonho banhado de suor e talhado na madeira permita.

Parabéns, @memorialjborges !
Viva você! Viva todos!

Importante: demorei contados 6 minutos para escrever esse texto. Profissionais certamente o fariam até em menor tempo – se julgassem relevante.

Por Janaína Pereira

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