MOTO FEST: MAIS UM CICLO ENCERRADO

Tradicionalmente os encontros motociclísticos foram criados como uma forma de união entre os seus participantes, afim de promover a interação, e, acima de tudo, dar um motivo para que se coloquem as motos na estrada. Outro ponto é a divulgação e o turismo das cidades que recebem esse eventos. Bezerros, não diferente das demais, se beneficia diretamente deste tipo de festa, que está inserida no calendário de eventos da cidade e do estado, desde a sua criação, tudo começou em 2002, quando acontece o Mini encontro de motociclistas em um domingo de agosto, reunindo motociclistas de todo o nordeste, depois do sucesso e da cobrança de todos os presentes, veio a conclusão que sim, merecíamos um evento de três dias, assim sendo, se inicia o ciclo do Bezerros Moto Fest, que neste ano completa a sua décima quarta edição, muitas dificuldades surgiram, percalços, e uma longa estrada percorrida até aqui, com a passagem de várias gestões, encontramos apoio, mas também muita resistência de alguns que acham se tratar de uma festa desnecessária, ou que não lhe traga nenhum benefício eleitoreiro ou financeiro, como costumamos dizer, independente da organização, ou de seu idealizador, a festa é da cidade, que lota seus hotéis, restaurantes, movimenta o comércio, e traz divisas ao município. Certa vez ouvimos de um gestor, quando dito ao mesmo que a expectativa de injeção na economia local, de quase 2 milhões de reais em apenas (2) dois dias, por dados, inclusive levantados através de pesquisa feita por alunos de turismo e economia de uma faculdade vizinha, a reposta foi direta: ‘me arrume esse dinheiro que a gente faz na hora’, desdenhando ou mostrando total ignorância sobre o assunto. Depois de sua décima segunda edição, por não termos mais a capacidade de investimento, com a vinda de uma atração musical de peso, decidimos reoxigenar a festa a levando para a serra Negra. Com certa resistência levamos a festa para um lugar que, por si só, já atrai inúmeras pessoas diariamente. Com elogios e críticas, pelo segundo ano, fechamos mais um ciclo, há quem diga que houve um considerável crescimento no número de participantes, sou um pouco mais realista, podemos e queremos sim melhorar, mais como diz o ditado: uma andorinha só não faz verão, muito ajuda quem não atrapalha, é preciso acreditar mais no potencial de nossa terra, e acima de tudo de nossa gente, guerreira, hospitaleira, ordeira e pacífica, que anseia por dias melhores, e que no olhar futurístico de um de seus filhos ilustres também levou nome de louco, e hoje colhemos os frutos de sua luta, enfrentando barreiras e preconceito dentro de casa, com isso hoje, podemos dizer, o turismo sempre foi o passado, presente e o futuro do nosso povo, vamos fazer mais, valorizar mais, pensar mais, mesquinharia e pequenez não salvaguarda ninguém, quando o bem comum, o coletivo é o maior interessado.

Máximo Neto é Comunicador

Último artigo:CIDADE SEM PASSADO, É CIDADE SEM PRESENTE E SEM FUTURO

Entre em contato com Máximo Neto via facebook

Share