INDÚSTRIA DE CALÇADOS: AD DIPER CITA BEZERROS ENTRE OS MUNICÍPIOS PRIORITÁRIOS PARA GERAÇÃO DE EMPREGOS

A indústria de calçados é um dos alvos de investimento do governo de Pernambuco para a geração de empregos. Nesta semana, o gerente de investimentos da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Alberto Russo, foi prospectar em Gramado (RS) unidades industriais do setor de calçados, além dos fornecedores, para investir no estado. Os incentivos fiscais variam de acordo com o valor dos investimentos para os municípios e da quantidade de empregos gerados.
A “caçada” por investimentos acontece no Salão Internacional do Couro e do Calçado, que termina hoje no município da Serra Gaúcha. O evento é um dos maiores no Brasil. Segundo Alberto Russo, o setor calçadista é um grande gerador de empregos e Pernambuco ainda tem muito espaço para o desenvolvimento desse tipo de atividade. De acordo com a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), são 92 indústrias instaladas no estado, que geram 1,9 mil empregos, enquanto no Brasil são 18 mil indústrias geradoras de 311,9 mil postos de trabalho.
A prospecção da agência também prevê o incremento de fornecedores, como a indústria da cartonagem (embalagem dos calçados) e de palmilhas. De acordo com o gerente de investimentos da AD Diper, alguns municípios terão prioridade nos investimentos, entre eles Limoeiro, Arcoverde, Palmares, Bezerros e Glória de Goitá. “São cidades onde há uma maior necessidade de instalação de empresas capazes de injetar empregos”, justifica. Foi realizando prospecções que Limoeiro voltou a entrar na rota da produção calçadista.
A empresa Terra&Água, que possui duas unidades industriais na cidade de Farroupilha (RS), investirá R$ 25 milhões na fábrica pernambucana, gerando 500 empregos diretos. Segundo a AD Diper, a empresa está na fase de emissão de licenças ambientais e financiamento bancário para dar início às obras da unidade. Provisoriamente, a Terra&Água opera desde 2013 em um galpão de mil metros quadrados no centro de Limoeiro. Em 2014, a empresa produziu cerca de três milhões de pares de sapatos. Um terço da produção saiu do agreste pernambucano.
Incentivos
Para atrair as empresas o governo oferece incentivos fiscais dentro do Programa de Desenvolvimento da Indústria de Calçados, Bolsas, Cintos e Bolas Esportivas (Pró-Calçados). “Os descontos sobre o ICMS variam de 75% a 95%. Depende do valor que a empresa vai investir no município onde vai se instalar e a quantidade de empregos diretos que vai gerar”, revela Alberto Russo. Essas variáveis também definirão o bônus no valor do terreno que será adquirido pela empresa. Segundo o gerente, os pequenos produtores locais, desde que formalizados, também podem pleitear incentivos fiscais para ampliação dos negócios.
DIÁRIO DE PERNAMBUCO
Share

Leave a Reply