Frio incomum em Pernambuco; APAC não confirma 10ºC em Serra Negra

Os casacos dos pernambucanos vão passar mais tempo fora do armário neste ano. O inverno, mais rigoroso que o de 2016, tornou-se assunto na maioria das cidades do Estado, principalmente no Agreste. São temperaturas absolutas baixas combinadas com chuvas insistentes e os ventos bravios.

Até ontem, o recorde do Estado estava no termômetro de Triunfo, no Sertão, que atingiu 14,1ºC, segundo a Agência de Climas de Pernambuco (Apac). Mas moradores de outras cidades, que não têm estações meteorológicas oficiais, acusaram ter visto o medidor chegar a menos que isso, como é o caso de Bezerros, no Agreste. O distrito de Serra Negra teria apontado os 10ºC, mas estação oficial na cidade é do Instituto de Agronomia de Pernambuco e só mede níveis de chuvas. Informações repercutidas nas redes sociais dizem respeito a previsão de mínima e máxima dos institutos de meteorologia.

Em Garanhuns, os moradores comentam que não viram tanto frio nos últimos dez anos. As temperaturas variam entre 16ºC e 20ºC há cerca de um mês. “No ano passado tivemos uns 30 dias de inverno, com pouca chuva. E aí quase um ano de verão. Atualmente há uma garoa permanente que começou há mais de um mês e se mistura com a baixa temperatura. Está muito mais frio”, comentou o construtor Paulo Brasileiro.

No Recife, são os ventos, com picos de velocidade entre 40/h e 50 km/h, que baseiam as conversas sobre o tempo. Reflexos de uma mudança, não tão rara, num sistema anti-ciclone existente que chega no litoral pernambucano. “É onde o vento gira no sentido anti-horário, no sul do Oceano Atlântico. Às vezes ele sobe e aparece no nordeste brasileiro. É um movimento lento, tanto para vir quanto para ir embora. Então nós vamos sentir ele mais fraco aos poucos, não vai acabar de vez”, explicou o meteorologista da Apac, Fabiano Prestrelo.

Sobre o frio que se tornou comentário em todo o Estado, Prestrelo explicou que o inverno deste ano realmente está mais severo. “Passamos mais tempo com chuvas e isso permitiu que a temperatura baixasse. No ano passado, a falta de chuvas teve efeito contrário.”

Da redação com informações também da Folha de Pernambuco

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