Passaremos a exibir diariamente a coluna do jornalista Inaldo Sampaio, objetivando levar aos nossos internautas os bastidores da política de Pernambuco nesse período eleitoral.
Prefeito de Serra Talhada foi o responsável pelo lançamento da candidatura de Marília Arraes
Mais promissora liderança do PT no interior de Pernambuco, o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, reunirá hoje no Recife todas as lideranças políticas que construíram com ele a candidatura de Marília Arraes ao governo estadual para anunciar o apoio desse grupo ao candidato Armando Monteiro. Ele ficou desolado com a decisão da cúpula petista de abortar a candidatura da vereadora, mas deu a volta por cima e resolveu não ficar neutro nessas eleições. Entende que tinha que ter um candidato a governador, fosse quem fosse, e após consultar seus aliados decidiu marchar com o candidato petebista. A formalização do apoio ocorrerá às 11h no Recife Praia Hotel, no bairro do Pina. Antes, Duque foi procurado por familiares do deputado Sebastião Oliveira com a proposta de apoio a Paulo Câmara, mas de pronto a rechaçou alegando que o atual governo sempre o tratou como “inimigo” e não como adversário. Também foi procurado pelo ex-deputado Maurício Rands (PROS), pelo ex-prefeito de Petrolina, Júlio Lossio (REDE) e pelo próprio Armando, todos do campo da oposição. Contudo, fez opção pelo nome deste último por ele ter tido a preferência da maioria esmagadora do grupo que estava com Marília. E espera que o PT não lhe cobre explicações porque em 2014 apoiou a candidatura do senador, contra Paulo Câmara, a pedido de Lula e da então presidente Dilma Rousseff.
Ausência justificada
Para não constranger Marília Arraes (PT), que deverá ficar neutra na eleição de governador, o prefeito Luciano Duque (Serra Talhada) não a convidou para o ato de hoje quando deverá anunciar o seu apoio a Armando Monteiro (PTB). Duque é ligadíssimo à vereadora, mas entende que tinha que ter um candidato a governador para “marcar posição” em sua cidade.
Agora é João – Tadeu Alencar (PSB) foi o candidato a deputado federal dos familiares de Eduardo Campos em 2014. Mas agora não terá mais esse apoio porque a família está fechada com João Campos, que aliás foi um dos oradores no lançamento de sua candidatura 4 anos atrás.
E as promessas? – Correligionários de Armando Monteiro (PTB) entendem que ele ainda não está fazendo corretamente o discurso da “mudança”, nem tampouco explorando as promessas não cumpridas de Paulo Câmara, entre elas a de dobrar o salário dos professores em 4 anos.
A vitimização – À exceção de Bolsonaro (PSL), que bate no PT sem dó, todos os outros candidatos a presidente contribuíram por ação ou omissão para o processo de “vitimização” de Lula, que agora está empenhado em transferir seus votos para Fernando Haddad (PT).
A rejeição – Haddad (PT) tem tudo para vencer as eleições no Nordeste, onde tem o apoio de 8 dos 9 governadores da região, entre eles o pernambucano Paulo Câmara. Já no Sul e no Sudeste ele não terá o mesmo desempenho porque nessas duas regiões o PT é fortemente rejeitado.
Para senador – O pernambucano Marcelo da Costa Pinto Neves, professor de Direito Constitucional da UNB e irmão do diretor do Procon Recife, José Neves, é candidato a senador pelo PT do Distrito Federal. Ele se formou em Direito pela UFPE em 1980 e fez seu mestrado e doutorado na Alemanha.
