Fogo Cruzado- por Inaldo Sampaio

Magalhães propõe a implantação do voto distrital para aprimorar o nosso sistema eleitoral

Roberto Magalhães acaba de escrever um pequeno grande livro sobre o Brasil dos séculos passados e os desafios do século XXI. Deveria ser leitura obrigatória para estudantes pernambucanos que perdem várias horas por dia se comunicando pelas redes sociais. Ele releu praticamente tudo que se publicou em nosso país sobre o descobrimento, os governos gerais, a invasão holandesa, as lutas contra a escravidão negra, o primeiro e o segundo reinados, a queda da monarquia, o início da República Velha, a Revolução de 30, a agitação nos quarteis nas décadas de 50 e 60, etc. Tudo devidamente checado com fontes da induvidosa credibilidade. Já tendo chegado aos 85 após passar pelo Governo do Estado, a Prefeitura do Recife e a Câmara Federal, imaginava-se em casa, dedicado apenas à leitura, aos netos e à sua assessoria jurídica. Mas, por ser um eterno otimista em relação ao Brasil, resolveu fazer essa releitura, focando episódios gloriosos da história pernambucana como a Confederação do Equador, a Revolução Praieira, a expulsão dos holandeses e a perda da Comarca de São Francisco para o Estado da Bahia por ato ditatorial do imperador Pedro I. Leitura fácil, leve, agradável, de quem se revela, depois de tanta idade, um apaixonado pela nossa história. Ao final, para dar contemporaneidade ao seu trabalho, apresenta várias sugestões para o aprimoramento do nosso sistema eleitoral, entre elas o voto distrital misto nos moldes do modelo alemão.

Admirador do novo ministro

Sérgio Moro já tinha um fã de carteirinha em Pernambuco antes mesmo de ser convidado por Bolsonaro para o Ministério da Justiça: Roberto Magalhães. O ex-governador ficou tão feliz com o trabalho dele na Lava Jato que transcreve em seu livro as suas 42 primeiras operações dizendo que elas constituem a “mais contundente ação contra o crime organizado” no Brasil.

Fim de mundo – A escassez de verbas de custeio no Governo do Estado começa a assustar os pernambucanos. Quem se der ao trabalho de circular pelo TIP, pelo Expresso Cidadão do Cordeiro e pela sede do Sassepe em Arcoverde se surpreenderá com o estado de degradação.

O líder – Está claro que falta um líder do Nordeste para comandar o bloco de governadores que não votou em Bolsonaro. Em passado recente tivermos Marco Maciel, Roberto Magalhães, Arraes, Eduardo Campos, ACM, Tasso Jereissati e Ciro Gomes. Hoje não há ninguém.

E nós? – Após ver o DEM de ACM Neto e Mendonça Filho ser contemplado por Bolsonaro com três ministérios, o PSL de Luciano Bivar resolveu cobrar isonomia ao presidente eleito. O problema é que os quadros do partido são fracos para ocupar cargos no primeiro escalão.

A mudança – Não será fácil para Paulo Câmara montar um “governo novo” com “peças velhas”. O problema não é a configuração da máquina e a sim falta de recursos para tocá-la. O dinheiro “azul e branco” está escasso e o do governo federal ninguém sabe se virá.

A baixa – Por não ter superado a cláusula de barreira, a Rede de Marina acaba de perder para o PPS o senador que elegeu em Sergipe: delegado Alessandro Vieira. Os depois partidos já estão conversando sobre possível fusão, que tem o apoio dos pernambucanos Roberto Freire e Daniel Coelho.

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