Dos Bastidores da Política de Bezerros

100% MATUTO

O encontro de duas lideranças (Maru e Marcone) que se enfrentaram no histórico pleito de 2004.

Em 2003, quando a gestão estava nas mãos do prefeito Samuel Domingos ( que assumiu a titularidade por conta do falecimento de Lucas Cardoso), se lançava o slogan 100% matuto. O grupo político da “mocó” colocava o bloco na rua em prol de Amaro Rufino objetivando retomar ao comando do governo municipal. O então candidato da oposição, Marcone Borba, com o apoio discreto de Samuel ( rompido com o grupo) saiu vitorioso. Até hoje foram longos anos sem disputar mandatos, embora tivesse tido oportunidades de ocupar vice nas chapas vitoriosas de 2008 (Bete) e 2012 (Branquinho). O nome de Domingos, hoje na vice de Breno, é um projeto de Marcone, que pediu a anuência do seu ex-adversário político em nome do seu filho. A volta do grupo da mocó ao protagonismo político é incerta, porque o nome Domingos também não representa um indicativo de que vá tentar resgatar a tradição política da família. Seu perfil diplomático é um empecilho para alimentar um projeto em um eventual segundo governo Breno Borba. No mais, 2020 está mais para um ciclo que se fecha do que para prognóstico futuro sobre a política de Bezerros.

A IMAGEM

A imagem do encontro a cima chama atenção pelo reencontro de lideranças tão antagônicas no processo político de Bezerros. É como imaginar Lula e Bolsonaro em outro momento político brasileiro. Aqui isso se provou possível!

SILÊNCIO

Essa história de criticar as girândulas surgiu nas redes sociais por pessoas ligadas a gestão Branquinho/Breno. A igreja católica passou a ser alvo das críticas por seguir sua tradição. Essas mesmas pessoas silenciam quando os episódios acontecem nos eventos dos seus partidários. Os tempos são outros e ouvindo o público sensível ao show pirotécnico se faz necessário adotar uma nova postura. Hoje incomoda mais o silêncio dos críticos.

O 22 TÁ CABEÇA

“O 22 tá na cabeça, Bete é a prefeita”. Não há como vim à tona o jingle que fez a cabeça do eleitorado nas eleições de 2008 ao ver a presença marcante da ex-prefeita Bete no palanque do filho do seu oponente naquelas eleições. O ex-prefeito Marcone estava com a razão ao citar uma frase conhecida no meio político, que compara política a nuvens. Muda constantemente!

TRADIÇÃO

O candidato a vereador Valmir Neto (PSD) é a aposta do mais votado nas eleições. É inegável a estrutura montada em torno do jovem corredor das vaquejadas. A aptidão política será conhecida no decorrer do mandato. Apoio, como se ver, tem de sobra!

CURTAS

A candidata do DEM, Luciele Laurentino, ao dispensar os eventos em respeito aos critérios de combate à pandemia passa a sensação de está distante para uma parcela do eleitorado. Nada impediria um buzinaço na cidade.

Sandro da Uesb já foi intimado pela Justiça Eleitoral para apresentar defesa quanto ao fator da inegibilidade. Ele constava na lista do TCE.

O PSD não apresentou cotas femininas de acordo com a legislação eleitoral e deve agora adequar o número de postulantes ao cargo de vereador.

A professora Elisângela (MDB) teria perdido o prazo de desincompatibilizacão e corre o risco de não ser candidata a vereadora. Se isso ocorrer, o MDB precisa também readequar o número de postulantes.

Jarbinhas, filho do senador Jarbas, veio prestigiar a inauguração do comitê político do candidato a prefeito Gabeira (MDB).

A imprensa não é candidata, mas em dado momento durante a live do prefeito o enfrentamento se deu contra ela. O que incomoda é a perca do discurso às verdades reveladas, mesmo que isso não represente derrota eleitoral.

O candidato Lindório (PSC) sumiu do noticiário porque não atualiza suas redes sociais. Fica complicado adivinhar a agenda do candidato.

A candidata do DEM à prefeitura de Bezerros silenciou sobre o ataque do pai do prefeito a sua postulação à prefeitura de Bezerros.

Quem anda em silêncio ensurdecedor é parte da imprensa da cidade. A liberdade de imprensa no município só serve se for para afagar o ego? Sem liberdade, os canais silenciaram.

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