COMPESA PREPARA INTERVENÇÃO PARA COMEÇAR A UTILIZAR O VOLUME MORTO DE JUCAZINHO; BEZERROS JÁ ESTÁ DE FORA DO SISTEMA

barragemA Compesa iniciou, em Caruaru, uma obra emergencial para socorrer a Barragem de Jucazinho, que apresenta menos de 4% de sua capacidade, consequência da falta de chuvas na Bacia do Capibaribe.

Jucazinho atende a 15 municípios no Agreste. Para retirar Caruaru do sistema e garantir o abastecimento do município, a companhia irá permitir a inversão do fluxo de água na Estação de Tratamento de Água (ETA) do bairro de Petrópolis para a ETA Salgado, que recebia apenas água de Jucazinho. Assim, a ETA Salgado passará a receber água da barragem do Prata. Com a alteração, a cidade será abastecida exclusivamente pelo Prata. O manancial está com 67% de sua capacidade.

O objetivo é assegurar uma sobrevida a Jucazinho, para que o sistema possa ainda atender os outros 12 municípios que não dispõem de outra fonte hídrica, como explicou a gerente regional da Compesa, Nyadja Menezes. Além de Caruaru, ficarão de fora as cidades de Bezerros e Gravatá, que possuem outras fontes de abastecimento.

A previsão é que a obra seja concluída em 30 dias úteis. A expectativa é melhorar o abastecimento para os bairros do Salgado, Cedro, Cidade Jardim, Inocoop, José Antônio Liberato, Monte Sinai, além do Alto do Moura e do sítio de Lagoa de Pedra. Sem a contribuição de Jucazinho, será necessário ampliar o racionamento de água na cidade.

Desde que passou a ser utilizada para abastecimento humano, em 2004, este é o pior desempenho da barragem de Jucazinho, localizada no município de Surubim, em decorrência da seca que atinge o Agreste pelo quinto ano consecutivo. Com menos de 4% de sua capacidade, a Compesa se prepara para utilizar o volume morto do manancial, a fim de evitar o colapso do abastecimento em 12 municípios da região atendidos pelo reservatório.

Diário de Pernambuco

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