Classe artística de Bezerros e o silêncio diante das demandas

Lei que exigia pagamento de 50% antes da apresentação foi vetada pelo executivo municipal

Sob pedido de sigilo, músicos informaram à redação que ainda aguardam pagamentos de cachês referente ao carnaval 2019. Segundo a informação são 120 músicos de doze orquestras e algumas bandas que aguardam a liberação dos recursos. Não há uma informação quanto aos valores devidos, pois a maioria acumula algumas “tocadas” no carnaval. Uma apresentação de uma orquestra estaria no valor de dois mil reais. Em outros carnavais o município chegou a mencionar o investimento de 150 mil reais só com elas. Essa semana se desenhou uma mobilização entre os músicos objetivando chamar a atenção da prefeitura, mas a possibilidade da não contratação futura como forma de retaliação esvaziou o movimento.

A valorização da classe artística prevista nos 70% da grade dos eventos do município precisa ir além do espaço da apresentação. O Diário Oficial dos Municípios trouxe hoje exemplo claro do quanto o município precisa avançar nesse sentido. Uma banda gravataense, sucesso nos anos 2000, se apresentará no Polo Cultural por 40 mil reais, enquanto que uma atração em ascensão da cidade receberá 15 mil. Detalhe é que esse valor corresponde a três apresentações no município durante as festas juninas. Um projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores exigia que o município pagasse 50% dos cachês aos artistas antes das apresentações, mas foi vetado pelo executivo municipal. A Câmara de Vereadores também não derrubou o veto e a classe artística e pessoas ligadas a cultura e o turismo no município ficaram caladas.

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