Durante entrevista coletiva, o governador Eduardo Campos (PSB) respondeu pergunta do bezerroshoje sobre os ataques de tubarões na orla da capital, que tem virado mídia negativa para o turismo na imprensa nacional. Perguntamos a ele sobre como o governo vem encarando o fato e se já tem um plano traçado para mudar essa realidade. Em tempo, mencionamos ainda o projeto desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologia do Agreste (NTA), em 2004, que seria eficaz na resolutividade do problema.
Procurando responder a pergunta, Eduardo fez questão de narrar o fato à imprensa, destacando a rápida ação dos bombeiros no resgate das vítimas, que, em primeiro plano, estavam se afogando’, sendo que o ataque se deu posteriormente. Ele lamentou profundamente o corrido com a jovem, que não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. O governador enfatizou que a praia de Boa Viagem é considerada a mais sinalizada no mundo, com 80 placas de avisos sobre o perigo.
Quanto as medidas, o governador acabou não falando se tinha ou não conhecimento do projeto do NTA, apenas destacou que o assunto deve ser tratado de forma tranquila e não no calor da emoção. Para isso, disse ele, existe uma comissão, o Comitê Estadual de Monitoramento aos Incidentes com Tubarões (Cemit), formados por especialistas, que analisam a melhor forma de enfrentamento do problema. Eduardo ainda destacou que afogamentos matam mais que os ataques de tubarões na orla da capital. (Matéria que pode ser conferida aqui).
Para o presidente do NTA (Núcleo de Tecnologia do Agreste), Marco Luna, é notável a falta de interesse do estado ao projeto, que já foi aprovado por especialistas no assunto, como o Coronel Neffy de Souza, especialista em ataques de Tubarão. O equipamento atinge as Ampolas de Lorenzini (órgãos dos sentidos dos tubarões) sem matar. Ao se aproximar da areia, o equipamento emite um sinal que incomoda o peixe e ele se distancia da praia.
O equipamento nunca foi testado por não ter permissão para instalação nas praias pernambucanas. Lunas denuncia que o Estado tem investido pesado em ações que não resolverão o problema.