Até março, PCdoB quer apresentar nome próprio à Presidência da República

 Publicado por Giovanni Sandes – Pinga Fogo

Presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos. Foto: Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados
Presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos. Foto: Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados

O Comitê Central do PCdoB vai construir uma candidatura própria à Presidência da República para 2018. A decisão foi tomada no fim de semana e a ideia é apresentar um nome até março, afirma à coluna Pinga-Fogo a presidente nacional da legenda, a deputada federal Luciana Santos. Segundo ela, há um momento de muita fragmentação, de fim de ciclo na política brasileira os partidos querem expor seu projeto de País ao eleitorado brasileiro – a exemplo do PDT, que há meses anuncia o nome de Ciro Gomes para 2018.

O PCdoB, vale lembrar, teve um papel muito ativo em defesa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), durante o processo de impeachment. Luciana Santos inclusive assinou ela mesma a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que impediu que o rito do impeachment seguisse o desenho concebido pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), o que adiou por meses o que poderia ter sido uma derrocada rápida de Dilma.

Agora, contudo, a situação mudou muito. O PT deixou o comando do País, teve um resultado muito adverso nas urnas, em 2016, e o ex-presidente Lula foi atingido por diferentes denúncias de corrupção. Por isso toda a esquerda discute alternativas. Com a movimentação, o PCdoB expressa o desejo de não seguir novamente a reboque do PT, que segue hasteando o nome de Lula como seu candidato à Presidência, enquanto a esquerda discute renovação. “Vamos dialogar dentro do nosso campo. Há o PT, mas há o PDT com Ciro Gomes, também. E dentro do PCdoB vamos construir um nome para a Presidência”, afirma Luciana.

Entre os possíveis candidatos do PCdoB estão o governador do Maranhão, Flávio Dino, a senadora pelo Maranhão Vanessa Grazziotin, a deputada federal Jandira Feghali, o ex-ministro e ex-presidente da Câmara Aldo Rebêlo, além da própria Luciana Santos.

“Se levanta meu nome por eu ser presidente do partido, mas temos quadros, nomes nacionais. Flávio Dino tem uma gestão muito bem avaliada e sua aliança política teve um resultado excepcional nas eleições 2016, no Maranhão. Jandira Feghali é muito atuante no Congresso e teve um papel muito relevante no impeachment. E o próprio Aldo, que já foi ministro e presidente da Câmara”, afirma Luciana Santos.


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