Problemas do trânsito volta a ser o assunto do São João da Serra Negra

No texto abaixo, a redação analisa a situação, elenca soluções e chama a atenção para o mais importante: o meio ambiente.

Tempo perdido no trânsito gerou críticas nas redes oficial do evento

Quando o município resolveu proibir a subida de ônibus para o São João de Serra Negra, no governo Branquinho, os gargalos do trânsito foram resolvidos parcialmente. O tempo para percorrer o percurso foi encurtado e a queixa da demora na viagem deixou de ser o reclame principal da nossa festa junina. Este ano, no entanto, o problema volta a acontecer de forma mais intensa, agora provocado pelas vans que derrapam nas ladeiras e também pela transgressão de motoristas que provocaram filas duplas. Ficou evidenciado que a equipe de trânsito municipal é pequena diante da demanda que exige fiscalização rigorosa.

É evidente que o distrito de Serra Negra não comporta eventos de massa. Então essa ideia de incrementar a grade de programação vai na contramão da lógica. Quanto mais nomes chamativos, mais visitantes são atraídos. Já alertamos que multidão não representa necessariamente a qualidade de um evento, pois o conforto que o turista espera fica comprometido. O efeito propagado deixa de ser o que foi “visto do alto” para as situações problemáticas da logística, como, infelizmente, tem relatado os turistas nas redes sociais oficiais.

Bezerros precisa por em prática estratégias que resolvam essa situação e isso passa obrigatoriamente pela criação de mais um polo junino na cidade, onde a rica grade artística possa se revezar entre eles.

Outra situação a ser estudada seria a viabilização de área para estacionamento, onde ônibus fariam o transporte dos forrozeiros até a vila de Serra Negra. Só se permitiria a circulação de veículos de moradores, excursionistas trabalhadores e turistas que tenham casa ou que estivessem hospedados na região. Isso se daria através de um rigoroso cadastro prévio para a devida autorização de circulação.

E preciso atentar ao fato que, assim como a ilha de Fernando de Noronha, a Serra Negra ( ainda considerada um paraíso ecológico) precisa de regras quanto a capacidade de número de visitantes. Exceder essa capacidade é agredir flagrantemente o meio ambiente, o que deveria ser a maior preocupação do poder público municipal no momento. Afinal, já estamos passando do tempo de colocar em prática Plano de Manejo, o Plano Diretor e a Lei de Uso e Ocupação do Solo na Área de Proteção Ambiental.

Da redação de Política

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