Por: Jefferson David
Depois da nomeação dos ministros para atuarem de forma a promoverem o desenvolvimento do Brasil, o que é formal o presidente nomear seus ministérios, Dilma sinaliza para qual propósito e perspectiva ela vai atender. É que a maioria dos ministros nomeados é desprovida de conhecimentos para os cargos no quais foram lhes dirigidos. Por exemplo, o Ministro do Esporte George Hilton (PRB-MG) declarou não entender muito do assunto, já outra indignação forte foi com relação ao Ministro da Educação Cid Gomes descabido totalmente do assunto, o que resultou no maior presente de grego que a presidente poderia ter dado à educação.
E não para por aí. Cortes nos ministérios ocorreram em grandes proporções, cortes no Ministério do Desenvolvimento Social de R$ 139,9 milhões, no Ministério de Ciências e Tecnologia e Inovação o corte foi de R$ 130,9 milhões, o Ministério do Desenvolvimento Agrário cortou R$ 43,9 milhões, entre outros ministérios. Achou muito? Toma esse dado: corte no Ministério da Educação R$ 7 bilhões, isso mesmo SETE BILHÕES DE REAIS. Vale ressaltar que o lema de Dilma para o ano de 2015 é “Brasil, pátria educadora”.
Mas vamos lá. Sem querer citar aqui as medidas impopulares tomadas desde o início de 2015, já conhecidas por todos, como aumento da gasolina, aumento da quantidade de álcool na gasolina, roubos da ordem de centenas de bilhões na Petrobrás, aumento do preço da conta de energia, aumento dos juros, entre outras mais que surgem a cada dia. O assunto aqui é falar das eleições ocorridas no dia 01/02/2015 para presidente da Câmara dos Deputados Federais e do Senado Federal.
No Senado Federal concorria ao cargo de presidente da Casa Luiz Henrique (PMDB-SC) e a reeleição Renan Calheiros (PMDB-AL). De um lado Renan apoiado principalmente pelo PT e maioria do próprio partido e de outro o Luiz apoiado principalmente pelo PSDB. O desfecho de tudo isso? Vitória de Renan. Mas o fato mais inusitado foi o da empresária pecuarista ligada ao agronegócio senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), aliás, senadora não, ministra. Ué! Qual dos dois? É, no dia da votação ela era senadora, antes e dali por diante ministra. Pode uma coisa dessas? A pessoa se “deslicenciar” para dar um voto a Renan, sacanagem, néh? Outro fato polêmico foi a recente declaração de Kátia “Não existe latifundiário no Brasil”, que o tem colocado em conflitos com os movimentos sociais ligados ao PT, pois a referida ministra é e atende os interesses do agronegócio. Renan chega ao seu “tetramandato” como presidente do Senado Federal, vale ressaltar que um desses mandatos ele não terminou porque foi cassado.
Na Câmara Federal dos Deputados, a briga deveria ser mais acirrada. Éh deveria! Pois foram quatro nomes concorrendo à presidência da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), Chico Alencar (Psol-RJ), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG). Maior bancada na Casa? Isso mesmo, PT! São 69 deputados federais do PT, seguido do PMDB com 66 e o PSDB com 54 deputados federais. O desfecho disso? Deu Cunha (PMDB-RJ)! Acabaram as munições do PT? Acho que não. O PT já havia gastado suas fichas numa outra manobra que deu certo, onde Dilma temendo que fosse aprovado o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, fazendo com que o governo descumprisse a meta fiscal, concedeu para cada dos 594 (513 deputados e 81 senadores) parlamentares R$ 748 mil.
Isso enfraquece Dilma? De forma alguma. Mas a presidente terá que mudar sua postura e fazer o que ela menos gosta de fazer – NEGOCIAR. Enfraquecida ela já está por agir de forma contrária e fazer tudo o que ela mais acusou como cultura da oposição “psdebista”. É, parece que a água se misturou com o óleo ou Dilma mudou da água para o vinho. As lideranças políticas com o intuito de se esquivarem da má gestão e culpa na crise hídrica atrelaram o fato a São Pedro, para justificar os cortes exacerbados em diversas áreas essenciais, culpam a crise internacional e para se anular da responsabilidade na corrupção, diz que o vai combater sem tréguas no momento em que seus aliados são os envolvidos principais.
