Os preparativos para as festas de Momo não estão animados no ateliê de Anízio Severino da Silva, de 66 anos. Enquanto em 2015 ele produziu 500 máscaras, este ano foram apenas 35. A queda de 93% nas encomendas ele atribue à crise econômica. Com um espaço improvisado no quintal de casa, em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, o artesão lamenta a falta de incentivo à categoria.
Em 2015, além de vender mais, ele também teve dois trabalhos entre os vencedores no tradicional “Concurso de Papangus” do município. Na competição, são escolhidas as melhores máscaras e fantasias. Em primeiro lugar ficaram as “Negrinhas da Serra” e em segundo uma brincadeira com os petistas Lula da Silva e Dilma Rousseff – todas as máscaras foram confeccionadas por Anízio.