Ao votar LDO, Câmara mostrou reciprocidade nas relações

A Câmara de Vereadores aprovou, nesta terça-feira (21), a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) do próximo ano, mas mandou um recado para a gestão Luciele que, como já se sabe, não entende muito de diplomacia. A LDO é a indicação de onde os recursos públicos serão investidos no próximo ano. Uma vez aprovada, a gestora não pode remanejar recursos de uma área pra outra sem autorização prévia do legislativo. Por isso, o governo pediu que 20% do orçamento total do município ( 200 milhões de reais) ficasse livre para que a prefeita pudesse redirecionar sem a necessidade de pedido autorização. O Legislativo entendeu que apenas 5% do orçamento (dez milhões de reais) ficasse à disposição. Para quem conhece o seu perfil sabe que isso a contraria bastante. Mesmo sendo uma legislatura com algumas atuações parlamentares questionáveis, a Câmara acerta porque a medida responde a reciprocidade de tratamento dispensada pelo executivo. Vereadores, inclusive da base, se queixam da falta de respaldo em requerimentos básicos à gestão. Ademais, algumas atitudes do governo questionam o que é de fato prioridade em uma cidade onde serviços básicos estão à deriva, mas não faltam verbas vultosas para decoração de festas e, mais recentemente, publicidade. Tudo isso em meio a uma “alardeada” crise.

Por Flávio Melo

Share