Adutora de Serro Azul desmatará área de preservação ambiental

Somado, o trecho que sofrerá supressão equivale a três campos de futebol e exigirá a derrubada de importantes espécies

Promessa de garantia de água para o Agreste pernambucano, uma das regiões mais castigadas pela seca, a construção da adutora de Serro Azul (Mata Sul) exigirá o desmatamento de uma área que, somada, equivale a três campos de futebol (um campo tem 1 hectare). O problema, alertam especialistas, é que a supressão será feita em brejos de altitude, distribuídos em Palmares, Bonito, Barra de Guarabira, Camocim de São Félix e Bezerros, municípios nos quais passarão os 68 quilômetros de extensão do canal adutor.

Esse tipo de ecossistema, considerado Área de Preservação Permanente (APP) pelo Código Florestal, é essencial por prestar importantes serviços ambientais e funciona como refúgio para muitas espécies endêmicas (só encontradas lá).

Algumas espécies do bioma Mata Atlântica presentes no percurso pelo qual irá passar a adutora e que estão na lista para serem suprimidas estão o araçá, carolina, embaúba, genipapo, ingá, salgueiro e ingá macaco, além de exóticas (não nativas), como o eucalipto, mangueira, jaqueira e espatódea. O edital de licitação para a construção da adutora de Serro Azul foi lançado no dia 23 pelo Governo de Pernambuco, em cerimônia no Palácio do Campo das Princesas.

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