A AMEAÇA BRANCA: OU DE COMO UM JOGO DE DOMINÓ PODE LEVAR A UM ASSASSINATO

“Eu recomendo aos jovens: envelheçam depressa.”

Nelson Rogrigues

Tenho ouvido e lido que o candidato da oposição, a prefeito, tem feito uma campanha baseada em xingamentos e ofensas das mais variadas e que o candidato da situação faz uma campanha “limpa”, sem fazer uso desse tipo de expediente. Esse é um jogo comum em política que existe de longas datas e que não me chama muita atenção.

Ou melhor, não chamava…

            No grupo de whatsapp do Bezerros Hoje, comentei sobre um evento da Juventude 40 que anunciava um campeonato de dominó para a sua respectiva juventude partidária. Achei o fato bastante engraçado, pois o evento se daria a noite na Praça dos Tamarindos. Não é preciso ser um expert para saber que o dominó é tido como um passatempo da boa idade ou um jogo de apostas, que seria realizado em uma praça de pouca iluminação e que é palco frequente de assaltos. E mesmo levando em consideração que para a realização do evento fosse montada uma “gambiarra” de luzes, os atletas e público, do “grande evento”, seriam incomodados pelas muriçocas. Como sugestão, comentei que o jogo de xadrez poderia ser muito mais interessante e teria uma conotação menos dúbia. Por se tratar de um grupo, muitos outros comentários, de outras pessoas, vieram após esse.

            Para meu espanto, poucos dias depois, comecei a ser vítima de um dos expedientes mais calhordas da política: o assassinato de reputações. Um funcionário da prefeitura, que não conheço, em sua rede social,  começou a destilar sua bile contra mim com ataques diretos e pessoais. Achei estranho, já que não me referi a ninguém e falei de forma geral  da promoção de um evento partidário.  Como não possuo facebook lhe mandei uma resposta pela mesma comunidade do Bezerros Hoje. Mas não tardou o ataque da legião.

            Vários outros funcionários, em autêntico espírito de rebanho, começaram seus ataques, não rebatendo a minha crítica ao evento, mas ,tão somente, começaram uma paulatina campanha de detração a minha pessoa. O que em retórica, na dialética erística, chamamos de falácia ad hominem. Se você não pode destruir o argumento, ataque a pessoa que fala.   É um misto de covardia, burrice e mau – caratismo.

            Instantemente somos incentivados a opinar em matéria política e a sermos conscientes do voto. Mas, o que vejo em nosso mau provincianismo bezerrense são os laços e cabrestos apontados, para nos, em típica intimidação, estigmatizando e molestando  pessoas que emitem uma simples opinião.  Há a figura “ilibada” de um candidato que reúne, em seu dorso,   uma legião de asseclas, dispostos a tudo, executando o trabalho sujo e fazendo uso da máquina pública para propósitos escusos.

            Não sei qual será o resultados destas eleições, mas venho sofrendo  com a ameaça branca dessa “onda amarela”. Se há algum jovem desta Juventude que eu ofendi com minhas palavras sinceras e não direcionadas a ninguém, peço desculpas, mas, por favor, aos demais, cresçam e parem de me agredir a chupetadas.

Noel Neder Borba

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