Quando usamos todas as maneiras possíveis ao nosso alcance para trilharmos um caminho e chegarmos em um destino que planejamos, e mesmo assim, o percurso é interrompido por obstáculos e desvios imprevistos, não podemos nos permitir temer, voltar atrás ou desistir de continuar. Se muitas das coisas que buscamos alcançar não se constatam, se muitos dos projetos que desejamos realizar não se tornam possíveis, e se algumas pessoas que pretendemos manter ao nosso lado, não ficam, a gente precisa seguir mesmo assim, e continuar fazendo novas tentativas, ousando novos passos, cultivando outras pessoas, edificando novos laços, percebendo novos roteiros, e descobrindo muitas outras possibilidades. A vida está cheia de oportunidades para quem se atreve a ir procurar, e muitas vezes é o que “dá errado” hoje, que nos direciona ao que “dará certo” amanhã, por isso, quando algumas circunstâncias nos obriga a alterar o passo, modificar nossos planos, mudar as estratégias, a fazer outras escolhas, tomar decisões, a dar adeus, encerrar ciclos, e a nos desfazer de caminhos que planejávamos concluir, é porque o “desprendimento” se fará necessário para que possamos nos “prender” a novos destinos, a outros horizontes, e a novos “re-começos”. Por menor que seja uma mudança ela geralmente é desconfortável no início, ou nos acarreta uma certa insegurança, pelo medo de que será preciso deixar algo para trás. Mas, é importante nunca esquecermos, que jamais haverá “alterações sem desprendimentos”, e nem “escolhas sem renúncias”. A palavra para hoje é ABDICAÇÃO.
(Mariana Helena de Jesus)
www.marianahelenadejesus.blogspot.com.br

Diante de uma safra ruim percebe-se visivelmente que uma significativa proporção de sementes plantadas não brotou, e que a outra quantidade que conseguiu nascer, não floresceu. Assim igualmente ocorre com nossas plantações diante dos percursos de nossa vida. Vivemos como se estivéssemos em um permanente plantio, tentando cultivar vários tipos de plantas, de frutos, e de flores, constantemente semeando nossos projetos, projetando o jardim dos nossos sonhos, e articulando os planos para a colheita de um boa safra de realizações. Porém nem sempre os resultados são positivos, nem sempre colhemos flores e frutos, muitas vezes a chuva se escassa, o solo seca, as sementes ficam inférteis, e nossos esforços se vão com o vento. Mas, é importante ressaltar que após a perca de uma lavoura o agricultor não se revolta contra o tempo, não abandona sua terra, e nunca desiste de “replantar” novas sementes, o que ele muda são apenas seus métodos de precauções e de empenho com seu novo plantio, porque sabe que alguns erros na escolha e cultivo da semente não podem ser repetidos, devendo tambem ficar mais atento sobre as possíveis pragas e ervas daninhas que possam tentar estragar sua plantação. Por mais que as circunstâncias temporais e contextuais não contribuam a favor das nossas lavouras, devemos sempre persistir em nossos esforços e redobrar a nossa atenção, mediante todo o semear e desenvolvimento de nossas sementes. A palavra para hoje é DEDICAÇÃO.

Há sempre tantos obstáculos surgindo a nossa frente, e por tantas vezes quando achamos que finalmente estamos livres de problemas e de dificuldades, novos desafios aparecem, como se vivêssemos em constantes ciclos de provas. Às vezes é inevitável perguntarmos aos céus “porquê” isso nos acontece, ou, “se” seremos capazes de resolver. Mas, uma coisa é certa: Deus em sua plenitude, poder e misericórdia, observa nossos passos e determina a extensão dos nossos caminhos. Ele nos permite viver experiências e passar por circunstâncias que podem nos lapidar, e nos proporcionar grandes ensinamentos. Ele não deixa nos acontecer nada que seja para nos deixar na “metade do caminho”, ou que os desafios sejam apenas por acaso. Deus não trabalha com a “casualidade”, mas com “propósitos”, que a gente só descobre lá na frente. E é por isso que toda pedra que surge ao longo do nosso percurso, sem que tivéssemos contribuído para que ela estivesse lá, vai ter sempre uma proporção de “peso e tamanho” que vamos conseguir erguer e carregar. Uma mesma pedra nunca fica por toda vida em nosso trajeto, apenas por um “tempo de Intenção”, o qual vem para nos prover de uma experiência necessária para lidarmos com outras futuras pedras, e até mesmo com montanhas, e para compreendermos que vencer requer muitos esforços, renúncias e escolhas, e a “vitória” é só mais um passo para quem não desistir. A palavra para hoje é PERSISTÊNCIA.
(Mariana Helena de Jesus)
www.marianahelenadejesus.blogspot.com.br