Mês: fevereiro 2016

Seguindo a observação sobre as alterações climáticas da natureza e as manifestações inerentes a cada estação do ano, podemos nos identificar perante suas características intrínsecas, e aprender cada vez mais com as lições que as mudanças do tempo pode nos ensinar. E diante de nossos dilemas e das adversidades do nosso caminho, o “outono” nos chama para uma importante reflexão: “o propósito de nossas perdas”, porque é nessafase onde ocorre as mudanças bruscas de temperatura, pois esse período encerra o clima quente do verão com a chegada de dias mais frios. Sob essas condições climáticas, as folhas das árvores modificam sua coloração e caem, mas a perda das folhagens tem um propósito crucial para a natureza, “dar adeus” àquilo que já não serve mais, para iniciar um “processo de renovação”, assim como ocorre em nossa vida. Em tantos momentos sofremos pelas “ausências”, e pelo “distanciamento” sobre coisas, situações ou pessoas das quais não queremos nos afastar. E quanto nos amarguramos, sangramos, doemos e choramos, pelas “perdas” que não imaginávamos vivenciar. Infelizmente algumas perdas são inevitáveis, não depende de nossa vontade e ação, mas da “permissão divina”, e do processo natural ou inconsequente decorrente de muitas atitudes e circunstâncias. “Perder dói”, “desprender-se machuca”, porém, saber o que fazer mediante cada perda é essencial. É necessário entender que diante da vida as mudanças ocorrem implacavelmente, e inevitavelmente nós nos modificamos juntamente com essas mudanças, por isso, precisamos nos adaptar as transformações, as perdas e distanciamentos, para passarmos pela ação de nossa própria regeneração interior, pelo fechamento de nossas feridas, pela superação de nossas dores e inconformismos, e aprendermos a nos “despedirmos” do que precisa ir embora, e assim, podermos recomeçar, seguir, e continuar renascendo sempre que for preciso. A palavra para hoje é RESTAURAÇÃO.

Perante as estações climáticas da natureza e de suas manifestações, podemos aprender diversos ensinamentos. É primordial lembrar que cada período tem a sua importância necessária, bem como riscos e excepcionalidades. A época mais temida é o inverno, pois de acordo com a sua proporção pode acarretar chuvas torrenciais, relâmpagos assustadores, estrondosos trovões, fortes ventanias, e grandes tempestades, assim como, “aquelas fases” de nossa vida, que tudo parece está sendo devastado por uma desordem de acontecimentos negativos, inesperados e incontroláveis, os quais nos enxarca de lágrimas, e nos afoga em angústias e preocupações. Porém, apesar da fúria que o inverno pode expressar, ele também é muito necessário aos campos cultivados, muito esperado pelos agricultores, pois dele depende o desenvolvimento das plantações, e a colheita de uma boa safra. Não é diferente do que ocorre conosco, diante de nossos dilemas e das adversidades, não estamos imune de enfrentar os desafios e as frias tempestades, causadas pelas fortes invernadas que atingem nosso coração e nossos percursos existenciais. Portanto, saibamos nos adaptar diante dos “nossos invernos” internos e externos, nos conduzindo conforme sua dimensão, seus riscos, e suas lições. Cada fase das estações deixa um aprendizado, e finaliza-se abrindo passagem para um novo ciclo, para novas perspectivas e possibilidades, nos permitindo explorar a nossa “capacidade de resistência”, diante das dificuldades e das situações desfavoráveis. A palavra para hoje é RESILIÊNCIA.