
O desenvolvimento econômico passa pela estrada. O anúncio da duplicação da BR-232, no trecho entre São Caetano (Agreste) e Serra Talhada (Sertão) abre caminho para a interiorização do desenvolvimento. Assim como aconteceu com a duplicação da rodovia entre Recife a Caruaru, no início dos anos 2000, a infraestrutura rodoviária vai garantir condições para atrair indústrias, movimentar o comércio e alavancar o turismo
“Uma rodovia como a 232 tem capacidade de impulsionar o desenvolvimento das regiões atendidas por ela, facilitando o transporte de cargas e pessoas e atraindo investimentos. A chegada dos empreendimentos gera emprego e renda”, destaca o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Fernando Teixeira.
“O que aconteceu na região de Caruaru até Belo Jardim é um exemplo, com várias indústrias se instalando, algumas delas satélites como a Baterias Moura”, complementa.Estudo realizado pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) analisou os impactos causados pela duplicação da BR-232 até Caruaru.
“O impacto observado com a duplicação da BR-232 não se restringiu apenas a questões de mobilidade. Um grande ganho social foi observado a partir de sua implementação. Em Caruaru, apenas entre 2001 e 2005, a quantidade de empresas instaladas nos distritos industriais cresceu 104,8% e a área ocupada, nesses locais, aumentou 139%. Em Bezerros, o crescimento registrado foi de 42%”, revela.
O trabalho também mostrou os resultados do emprego no setor industrial da região, repercutindo um incremento de 97% em Caruaru e de 23% em Bezerros, na rede hoteleira, na abertura de restaurantes, construção de condomínios, expandindo o comércio e o turismo local, e garantindo mais receita aos municípios da região.
MENOS ACIDENTES
“Outras vantagens da duplicação da BR-232 até Serra Talhada é trazer mobilidade positiva para o escoamento, porque com a duplicação o fluxo fica mais regular, tem menos mortes e acidentes. A depreciação dos veículos também diminui e a estrada vira o novo canal de escoamento aqui do Estado”, detalha Paulo Alencar.