” Todo excesso precisa ser controlado e obedecer um regramento”, diz comerciante sobre decreto que proíbe som no centro.

Concordo que todo excesso precisa ser controlado e obedecer um regramento. Só não sou a favor de que as medidas partam de um “decreto”, pura imposição sem antes buscar soluções mediante um diálogo aberto com o público que frequenta tais locais e que os tem como um atrativo, com comerciantes que estão sofrendo num momento de crise no mercado financeiro tal e qual todos os demais segmentos da economia. Com a ocupação da mão-de-obra empregada nestes estabelecimentos que tendem a sofrerem uma brusca redução, com músicos locais e da região que tocavam todos os finais de semana nestes locais apresentando seus trabalhos e valorizando a cultura musical além de reforçar seus rendimentos. Atribuir aos ambientes a culpa pela bagunça, pelo consumo e venda de drogas, por um pontual homicídio é simplesmente colocar uma venda nos olhos e não admitir que tudo isso é omissão pura e aplicada das gestões públicas que não conseguem garantir aos cidadãos de bem um princípio básico e constitucional chamado “segurança pública”. Dever e obrigação de quem se elege para “servir” e não somente impor. Ainda mais quando está estampado em nossas caras situações bem mais nocivas a sociedade local e a mesma mão de ferro não age. Mais triste ainda é saber que uma Câmara: casa que deveria representar os interesses dos cidadãos fica calada e se curva a uma determinação do executivo. Iludir com promessa de futuros projetos que ficarão parados sobre um birô por falta de recursos financeiros é antecipação de campanha política. Todos os envolvidos neste processo estão precisando é de ajuda, muita ajuda, porquê para atrapalhar já existem variáveis demais.

Carlos Oliveira-Comerciante

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