A ROMANTIZAÇÃO DA MULHER GUERREIRA

Você já percebeu que quanto mais as mulheres trabalham, mais são conhecidas e chamadas de guerreiras? Isso mesmo, aquela que vive morta por dentro e não pode demonstrar canseira. Pelo contrário, é a fortaleza da família.
As pessoas, através de um processo cultural e enraizado em nossa sociedade, tendem a romantizar essas mulheres e suas vidas. Mas será que é normal romantizar: noites mal dormidas e sobrecarga de trabalho?
Mulheres que tudo suportam. Aquelas que vivem esgotadas com o fardo:
filhos/as, casa, companheiro/a e mercado;
As que não ouvem sequer um “precisa de ajuda?”
Aquelas que estão com o mundo nas costas,
cansadas, exaustas e sem respostas.
Muitas já entenderam que vivem só, sem olhares de pena ou de dó.
As guerreiras, que tornam-se símbolo de resistência. Há duras penas, sofrendo a cada dia triplas jornadas de trabalho silenciado, não remunerado e ainda aplaudido.
Mas são guerreiras pra quem? Pra quem usufrui da responsabilidade mal distribuída?
Anuladas, silenciadas e até homenageadas, elas seguem vivendo nas sombras de uma sociedade que grita:
”Ah, ser mulher é isso, é a vida”.
E que vida!
O Mulheres em Pauta de hoje te propõe refletir o seguinte: para as mulheres que convivem contigo e que certamente tu admira e as enxerga como “guerreiras”, o que tu tens oferecido?
Eu posso dividir as tarefas contigo, ou, que coisa linda tá tudo limpo que mulher guerreira?
Que Lugar Você Ocupa Nessa Luta? MULHERES!

Michelle Silvestre – Mulheres em Pauta.
81 99457-7862

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