92 anos fecundos – Partido Comunista do Brasil

Por  Sorrentino,

Homenagear os 92 anos do Partido Comunista do Brasil é necessário para saudar a democracia brasileira, conquistada a duras penas. Sempre que foram perseguidos os comunistas, foi a democracia a ser sacrificada. Os comunistas deram até seu sangue pelas liberdades no país.

Homenagear os 92 anos do Partido Comunista do Brasil é saudar a Política, a grande política transformadora de caráter estratégico, a qual nunca faltou aos comunistas. Das nobres causas da reforma agrária, direitos e renda dos trabalhadores, da autonomia e desenvolvimento nacional soberano os comunistas sempre extraíram um eixo para um projeto estratégico de nação. Com erros e acertos, eles pensaram e pensam o país, sempre. Educaram assim gerações sucessivas de brasileiros para o patriotismo, a democracia e os direitos do povo, para uma autoconsciência nacional mais afirmativa.

Homenagear os 92 anos do Partido Comunista do Brasil é saudar o espírito de um partido político de atividade perene, não apenas em eleições, como também na luta cotidiana do povo trabalhador, na luta cultural, científica e artística do país, nascido que foi dos eventos críticos da modernidade do país nos anos 1920. Isso valoriza o sistema político, vilipendiado por um rebaixamento de horizontes e por uma guerra política permanente dos setores conservadores com seus grandes poderes financeiros, midiáticos e ideológicos. O PCdoB resistiu e resiste a isso, com seu exemplo.

Homenagear os 92 anos do Partido Comunista do Brasil é saudar sua militância e seus quadros, trabalhadores, mulheres, jovens e intelectuais, cujo trabalho incessante construiu essa instituição quase secular, sustentou-a nos anos de chumbo, elevou sua reputação e influência, desfraldou as bandeiras de novo estágio civilizatório para o Brasil. Isso valoriza a política como forma mais elevada da consciência social, aquela que se faz indispensável para uma sociedade fraterna, justa e de desenvolvimento avançado, socialista.

Homenagear os 92 anos do Partido Comunista do Brasil é dar continuidade a essa trajetória, num tempo de grandes e fecundas transformações da humanidade, marcadas entretanto pelo signo do velho e putrefato que não quer sair de cena. É insistir nessa coerência e identidade, tornando contemporâneos caminhos e meios de alcançar sua causa. É agir com base em um programa definido, manter lado definido e princípios definidos, como tem sido até aqui, e atualizado para os tempos contemporâneos.

Para os comunistas, homenagear os 92 anos do Partido Comunista do Brasil é cotidianamente cuidar bem do Partido, seus efetivos, suas organizações, desenvolver linhas avançadas para se dirigir ao povo. Antes de tudo, a missão do PCdoB é organizar politicamente o povo brasileiro, artífice maior da luta por um Brasil livre, independente e avançado.

São homenagens que não provêm apenas dos próprios comunistas, como também de extensos estratos do povo brasileiro e de suas instituições. Neste 2014, elas coincidem com os 50 anos do golpe militar no Brasil, período dos mais atrozes para a democracia e para a esquerda brasileira. Ela se foi e é condenada até hoje pela desfaçatez de aplicar a doutrina imperialista de declarar o inimigo interno – o povo – como o principal perigo ao Estado brasileiro. Reclamar o direito à verdade é fazer o resgate integral desse período negativo que marcou o Brasil e o continente latino-americano.

Mas, também, 2014 desafia a nós comunistas, e amplos setores da sociedade brasileira, a dar passos mais amplos e profundos, reunir clareza, coragem e determinação, para seguir adiante na jornada de governos baseados nas forças populares, alcançados em 2002. Aos 92 anos, o PCdoB tem claro um projeto, sabe o que é necessário para vencer, tem mais influência e reúne a mesma determinação de sempre para propor aos brasileiros a constituição de amplo bloco político e social assentado em torno do aprofundamento de reformas democráticas estruturantes, para aprofundar as mudanças iniciadas em 2003. Como sempre, o PCdoB tem lado e tem programa para tanto. A luta continua, pois, por uma quarta vitória presidencial das forças populares.

 Sugerido por Mikhail Gorbachiov

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